- Belle Époque
- Paz Armada
- Política de Alianças
- Ideologias e nacionalismo
- Conflitos nos Balcãs
- Estopim da Grande Guerra
As rivalidades entre as principais nações europeias, nacionalismo exacerbado e um política de alianças levou ao mundo a uma guerra total, nunca antes vista, na sua época foi chamada de Grande Guerra, posteriormente ficou conhecida como Primeira Guerra Mundial que ocorreu de 1914 até 1918, mas nesta aula vamos conhecer a situação do mundo antes do conflito armado.
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BELLE ÉPOQUE Foi um período que se iniciou em 1871, após a vitória alemã na Guerra Franco-Prussiana até o início da Primeira Guerra Mundial em 1914. Foi uma fase de grande otimismo entre a população europeia, devido ao desenvolvimento industrial, que trouxe para grande parte da população um conforto nunca antes imaginado ou experimentado.
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A ciência e a tecnologia se desenvolveram rapidamente, possibilitando maior rapidez nos transportes e na comunicação.
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Mas esses avanços também trouxeram disputas entre as principais potências mundiais da época, principalmente pela busca de matérias-primas e o controle de um mercado consumidor, originando o neocolonialismo. Naquele momento tínhamos as potências já consolidadas com vastos territórios pelo mundo como Reino Unido e França, e outras potências que buscavam seu espaço, como Alemanha e Itália.
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PAZ ARMADA Nesse contexto, a Alemanha governada pelo imperador (kaiser) Guilherme II se desenvolveu rapidamente no século XIX e início do século XX, crescendo em termos industriais, além da marinha e seu exército. A Alemanha vivia no que chamava-se de II Reich (II Império).
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Com isso a Alemanha exigia uma “redivisão” dos territórios coloniais na África e uma participação mais lucrativa no sistema capitalista mundial, assim realizou-se a Conferência de Berlim (1884-1885). Essas reivindicações eram refutadas pelos maiores impérios daquela época, como o Império Britânico e o Império Francês, juntando-se a eles o Império Russo que é o maior país do mundo em extensão territorial.
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Essa instabilidade constante levou aos países iniciarem uma grande produção de armas, das mais variadas, era uma verdadeira corrida armamentista. Assim no início do século XX “pairava no ar” a sensação de uma guerra eminente e muitos defendiam que seria a “a guerra que iria acabar com todas as guerras”.
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POLÍTICA DE ALIANÇAS Após a unificação da Alemanha em 1871, a nova nação seguiu uma política desenvolvimentista e expansionista agindo contra os interesses das grandes potências da época. Gradativamente vai surgir alianças militares através dessas rivalidades políticas e econômicas.
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Em 1882, a Alemanha sob comando do chanceler (primeiro-ministro) Otto von Bismark inaugura a política internacional de alianças, firmando um acordo defensivo, chamado de Tríplice Aliança (Alemanha, Itália e Império Austro-Húngaro).
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Com a posse do kaiser Guilherme II em 1888, a Alemanha adota a política de expansão pela força, assim incentiva a produção naval alemã com o objetivo de disputar com a Inglaterra a hegemonia nos mares. No final, a euforia militarista vivida pela Alemanha favoreceu a circulação de ideias de superioridade racial e cultural do povo alemão.
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Do outro lado, o Reino Unido que era a maior potência colonial, faria de tudo para manter sua hegemonia. Para se ter ideia, os britânicos tinha um império onde "o sol nunca se punha", devido possuírem territórios em todos os continentes como a Índia, Egito, África do Sul, Canadá, Austrália e Nova Zelândia.
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Na França, a derrota na Guerra Franco-prussiana (1871) e a perda da região da Alsácia e de Lorena, criou no povo francês um sentimento de revanche. E assim, França e Inglaterra firmaram uma aliança chamada de Entente Cordiale em 1904.
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Enquanto isso na Europa Oriental, o Império Russo buscava dominar estreitos no Mar Negro, buscando controlar a navegação e influenciar a região. Para justificar tal expansionismo os russos defendiam o pan-eslavismo, teoria segundo a qual a Rússia tinha o direito de proteger as nações de origem eslava dos Balcãs, como a Sérvia.
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Mas nos Balcãs, o povo eslavo estava em sua maioria subjugada ao Império Austro-Húngaro e ao Império Turco-Otomano. Assim, a Rússia que era rival desses países na região passa a fazer parte da Entente Cordiale no ano de 1907, dando origem a Tríplice Entente (Reino Unido, França e Rússia).
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IDEOLOGIAS E O NACIONALISMO Temos duas principais correntes ideológicas ligadas ao nacionalismo que elevaram a tensão na Europa:
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CONFLITOS NOS BALCÃS Em 1912, é formada a Liga Balcânica por Sérvia, Montenegro, Grécia e Bulgária que tinham como objetivo conquistar áreas territoriais do Império Turco Otomano na Europa. Durante a Primeira Guerra Balcânica (1912-1913), a Liga sai vitoriosa e os territórios europeus do Império Otomano, que foram divididos entre sérvios, gregos e búlgaros.
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Contudo disputas territoriais entre os membros da Liga Balcânica levaram a uma Segunda Guerra Balcânica (1913), o conflito colocou de lados opostos a Bulgária contra a Sérvia. No final, a Sérvia com seus aliados foram os vencedores do conflito e ocorreu uma nova divisão dos territórios.
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Com essa nova divisão, a Sérvia sai como grande vencedora e passa a defender uma política expansionista na região, apoiada pela Rússia, visando a criação da Grande Sérvia. Essa ideia prejudicava os interesses do Império Austro-Húngaro, assim a tensão política na Europa Oriental aumentava. 18 | ||||||
ESTOPIM DA GRANDE GUERRA O arquiduque Francisco Ferdinando herdeiro do Império Austro-Húngaro, planejava a construção de um tríplice coroa Austríaca, Húngara e Eslava, o que ameaçava os anseios nacionalistas e a independência da Sérvia, bem como a política expansionista impulsionada pela Rússia. Nesse momento Francisco Ferdinando realiza uma viagem de visita a Sarajevo, capital da Bósnia, região com população majoritariamente de eslavos.
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Em 28 de junho de 1914, um estudante chamado Gavrilo Princip, da organização secreta Mão Negra, que desejava a formação da Grande Sérvia, promoveu um atentado em Sarajevo que levou a morte do arquiduque Francisco Ferdinando e sua esposa. Mesmo com a prisão do assassino, a Sérvia negou participação no ocorrido e de colaborar com prisão dos demais membros envolvidos no atentado. O Império Austro-Húngaro acusou o governo sérvio de ser o mandante do crime e declarou guerra à Sérvia.
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