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Idade Média: crise do feudalismo no século XIV

  • Fome (1315-1317)
  • Peste Negra
  • Guerra dos Cem Anos (1337-1453)
  • Revoltas Camponesas - Jacqueries
  • Queda de Constantinopla (1453)
  • Guerra das Duas Rosas (1455-1485)

    A crise do feudalismo no século XIV deveu-se a vários fatores, destacamos entre eles:
  • A produção agrícola não atendia a demanda de consumo, gerando uma falta de alimentos e tensão social.
  • Crescimento desordenado das cidades, devido ao rápido crescimento populacional.
  • Estagnação da economia devido a falta de metais para cunhagem de moeda.
O Brasil Feudal | Bora Pensar?
Pirâmide social feudal
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 FOME (1315-1317)   
    Ocorreu devido a mudanças climáticas que resultaram em péssimas colheitas, nesse período as regiões mais afetadas foram as Ilhas da Grã-Bretanha, norte da França, Holanda, Alemanha, Escandinávia e parte da atual Polônia. 
Alegoria sobre a morte situa-se ao lado de um leão cuja longa cauda termina em um caldeirão flamejante (Inferno). A fome aponta para sua boca faminta.
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     As consequências foram o aumento da violência e da criminalidade, os governos medievais e até mesmo a Igreja Católica totalmente dominante na época passaram a ser questionados pela sua incapacidade de superar a crise.
Símbolo Da Igreja Católica Preto E Branco Ilustração do Vetor - Ilustração  de priest, easter: 138068987
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PESTE NEGRA
    A situação piorou ainda mais entre os anos 1347-1350 quando a miséria e a falta de higiene nas cidades europeias somou-se aos ratos infectados pela peste. O problema da peste negra teve origem no Oriente e veio para a Europa pelas rotas comerciais.
Isolamento social faz ratos saírem de esconderijos em busca de alimento  durante o dia | National Geographic
Os ratos foram 
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    Ao todo, 1/3 da população europeia veio a falecer, em torno de 30 milhões de pessoas, muitas pessoas na época defendiam que a peste negra tinha sido um “castigo divino” ou “cólera divina” devido aos pecados humanos, outros acusavam os judeus pelo flagelo, já que esse povo teria sido responsável pela crucificação de Cristo. 
CE faz alerta sobre 'peste bubônica' em municípios na divisa com Piauí
Peste Bubônica
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    Posteriormente descobriu-se que a Peste Negra na verdade era um tipo de doença vinculada a peste bubônica, transmitida pela pulga do rato.
Por que na peste bubônica médicos usavam máscaras com "bico de pássaro"? -  Revista Galileu | História
Médico durante a pandemia com uma máscara “bico de pássaro”.
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 GUERRA DOS CEM ANOS (1337-1453)  
   Ocorreu de 1337 até 1453, durou mais de cem anos, mas com períodos de trégua, sendo uma disputa entre os reinos da França e Inglaterra. O conflito iniciou-se após a morte do rei francês Carlos IV sem deixar descendentes. O rei da Inglaterra Eduardo III que era também súdito francês e sobrinho do falecido rei (linha materna) considerou-se pretendente legitimo ao trono francês, tendo como objetivo ocupar também o cargo de rei da França.
Rei inglês Eduardo III da Dinastia Plantageneta, tinha terras na França onde era Duque da Aquitânia.

Brasão da Dinastia Plantageneta.
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    A nobreza francesa não aceitava perder sua autonomia política e econômica, já que os ingleses queriam apossara-se também da região produtora de lã (Flandres). Além disso, outra questão de conflito era a Lei Sálica do século V que regulava vários aspectos sociais da época medieval, como as regras de sucessão ao trono francês, excluindo as mulheres da linha de sucessão, sendo assim o rei inglês Eduardo III não tinha direito de ascender ao poder na França.
Cópia manuscrita da Lei Sálica em pergaminho do século VIII.
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    A Lei Sálica deu suporte para a uma assembleia na França eleger Felipe de Valois parente do rei falecido como novo rei francês coroado em 1328 como rei Filipe VI.
Rei francês Filipe IV, da Dinastia de Valois.

Brasão da Dinastia de Valois.
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   Assim a disputa pelo trono levou ao conflito, podemos destacar quatro fases da Guerra dos Cem Anos:
  • Primeira fase (1337-1360): ocorreram sucessivas vitórias inglesas, até mesmo o rei francês Filipe VI foi capturado pelos ingleses na Batalha de Poitiers.
  • Segunda fase (1369-1415): temos um equilíbrio de forças com a chegada ao poder do rei francês Carlos V (neto de Filipe VI), os franceses conseguem algumas vitórias recuperando territórios.
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  • Terceira fase (1415-1429): o rei inglês Henrique V lança uma nova ofensiva, como a vitória inglesa na Batalha de Agincourt.
Miniatura medieval mostrando a Batalha de Poitiers.
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  • Quarta fase (1426-1453): surge a Joana D’Arc que inspirou uma retomada francesa após a vitória no cerco de Orléans (1428-1429). Mesmo após a captura e morte da Joana D’Arc os franceses retomaram várias cidades e territórios.
Joana D’Arc liderando os franceses.  O Cerco de Orléans por Jules Eugène Lenepveu, pintado em 1886-1890.
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    As principais consequências do conflito foram além dos milhares de mortos e perdas importantes na agricultura, o longo período de guerras enfraqueceu a nobreza francesa e inglesa, no plano político a dinastia francesa de Valois, apoiada pela burguesia, fortaleceu o poder real francês, abrindo caminho para o Absolutismo.
Fortaleza do Louvre, nas proximidades de Paris, França.
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 REVOLTAS CAMPONESAS  
    No século XIV ocorreram várias revoltas camponesas motivadas pela escassez de alimentos e pela exploração servil, na França os principais levantes populares foram liderados por Jacques Bonhomme (1358) e na Inglaterra por Wat Tyler e John Ball (1381). As revoltas na França ficaram conhecidas como Jacqueries.
Revolta camponesa na França.
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    Várias dessas revoltas foram violentas ocorrendo massacres de nobres, mas no final elas foram reprimidas também com muita violência, contudo por exemplo o rei inglês concordou em terminar com a servidão. Essas revoltas questionaram a exploração servil disseminando a ideia do trabalho livre e assalariado na Europa. 
Padre John Ball a frente dos rebeldes de Wat Tyler.
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QUEDA DE CONSTANTINOPLA (1453)
    A queda do Império Bizantino em 1453 para a historiografia tradicional é o marco final da Idade Média. Os turco-otomanos liderados pelo sultão Maomé II ocuparam a cidade e a transformaram em capital de seu próprio império islâmico, a cidade teve seu nome alterado para Istambul (atual Turquia). 
Maomé II entrando em Constantinopla, obra de Fausto Zonaro.

    Como um centro comercial importante, a cidade e a região de Constantinopla (agora Istambul) passou para as mãos dos islâmicos que controlaram todos os principais portos do Oriente Médio, o comércio decaiu e o interesse por novas rotas comerciais impulsionou as expedições marítimas no século XV e XVI.
Mapa do século XVII de Georg Hornius, em amarelo as fronteiras do Império Otomano, nota-se que ele controla desde os Balcãs na Europa Oriental, Anatólia e Península Arábica na Ásia, Egito e Líbia no norte da África.
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GUERRA DAS DUAS ROSAS (1455-1485)
    Essa guerra civil na Inglaterra, tem seu nome em função dos simbolos das duas famílias que disputavam a Coroa inglesa: a Casa de Lancaster (rosa vermelha) e a Casa de York (rosa Branca). O rei Henrique VI (casa de Lancaster) passou a ser questionado pela nobreza inglesa pela perda de muitas terras e da Guerra dos Cem Anos.
Rei inglês Henrique VI da Casa de Lancaster.

Casa de Lancaster.
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    Ricardo, duque de York e outros nobres exigiram a renúncia do rei Henrique VI, em contraposição o rei inglês preparou tropas para ataca-los. Nas primeiras batalhas o duque de York é morto. Mas o conflito continua e em 1461 com a vitória em Towton, é coroado um novo rei inglês, Eduardo IV da casa de York.
Rei inglês Eduardo IV de 1461 até 1470 e depois de 1471 até 1483, pertencente a Casa de York.

Casa de York
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    Mas a instabilidade continua com sucessivas trocas no cargo de rei da Inglaterra. Em 1483, Ricardo, Duque de Gloucester usurpa o poder depois da morte do irmão (rei Eduardo IV) e supostamente mandou executar seus sobrinhos, tornando-se o rei Ricardo III.
Rei inglês Ricardo III da Casa de York.

Os filhos de Eduardo, obra de Paul Delaroche (1830).
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    A Guerra tem seu fim em 1485, com a vitória da Casa de Lancaster e de Henrique Tudor na Batalha de Bosworth, que inclusive resultou na morte do rei Ricardo III e vários de seus aliados. Henrique Tudor se casa com a filha de Eduardo IV, Elizabeth de York, era o início da Dinastia Tudor com o rei inglês Henrique VII governando de 1485 até 1509 de forma absolutista.
Rei inglês Henrique VII da Dinastia Tudor.

Dinastia Tudor, que incorporou as duas rosas em sua simbologia
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Idade Média: renascimento comercial e urbano

  • Renascimento comercial
  • Corporações 
  • Renascimento urbano
  • Universidades

    Com o aumento de produção gerou um excedente para o comércio, transformando a sociedade medieval com a formação de uma nova classe social. Com o aumento da produtividade, não havia mais necessidade de tanta gente ocupada na agricultura, assim muitas pessoas se dedicaram ao artesanato, outros passaram a viver como mercadores ambulantes, vendendo e comprando produtos. 
Renascimento Comercial e o surgimento da burguesia - Cola da Web
Feiras medievais
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  RENASCIMENTO COMERCIAL  
    Os principais fatores que levaram a mudança de vida, ocorreu pela falta de novas terras férteis, com o aumento da população não haviam mais áreas de férteis disponíveis, assim muitos camponeses ficaram sem alternativa de trabalho ou emprego.
Feudalismo – Wikipédia, a enciclopédia livre
Servos medievais
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      Outro ponto importante foi as Cruzadas que ajudaram a expandir as atividades comerciais, sendo que os guerreiros cruzados não eram os únicos a irem às expedições, os viajantes mercadores também participavam e serviam como abastecedores dos peregrinos com seus produtos.
A Viagem na Idade Média – Difícil Caminho | Medieval Imago
Porto medieval
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    Temos três polos comerciais na Europa Ocidental medieval:
  • Primeiro polo – as cidades italianas: beneficiou as cidades de Gênova, Veneza e Pisa, devido à localização geográfica favorável (Mar Mediterrâneo) e ao fortalecimento das ligações comerciais com o Oriente durante a Quarta Cruzada, quando se obteve o controle do comércio de mercadorias orientais para o continente europeu.
Leão de São Marcos em Veneza, Itália.
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  • Segundo polo – as cidades do norte da Europa:  o comércio ampliou-se na região dos mares Báltico e do Norte, onde várias cidades comercializavam entre si de Bruges (atual Bélgica), passando por cidades alemãs, como Bremen e Hamburgo e seguindo até o leste na Rússia e à oeste em Londres, na Inglaterra. 
Selo da cidade de Hamburgo do século XIV.
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  • Terceiro polo –  rotas que ligavam o sul ao norte da Europa: havia duas rotas importantes nesse polo: uma ligando Gênova a Bruges e outra unindo Veneza a Hamburgo.
O papel das especiarias nas Grandes Navegações – parte 2/4: o comércio até  o séc. XV - Deviante
Mapa sobre as rotas comerciais
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    Existiam também as feiras que eram os locais de compra e venda de produtos. Até o século XIV as feiras mais importantes eram na região de Champanhe, na atual França e em Bruges e Flandres na região dos Flandres, na atual Bélgica.
As feiras da Champagne - Brandanismo
Feiras medievais
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    Esse comércio possibilitou o retorno das transações financeiras e o reaparecimento da moeda, ou seja, deu vida às atividades bancárias. Com isso, a terra deixava de ser a única fonte de riqueza e um novo grupo social surgia: os mercadores ou comerciantes.
Um manuscrito do século 14 retratando banqueiros em uma casa de contabilidade italiana.
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    Também surgiram as Ligas ou Hansas que defendiam os interesses dos comerciantes de várias cidades. As primeiras foram formadas no século XII e cuidavam do comércio de larga escala, a maior delas foi a Liga Hanseática que incluía comerciantes de cidades alemãs, com cerca de 80 cidades, entre elas Hamburgo e Dantzig.
Mapa mostrando os locais de atuação da Liga Hanseática.
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    CORPORAÇÕES
    Como o comércio cresceu, o artesanato também, as cidades estavam cheias de comerciantes e artesãos. Logo, essas duas categorias começaram a se organizar em corporações
Corporações de Ofício - Funcionamento e organização
Padeiro
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    A primeira era a Corporação de Mercadores ou Guildas: representava os comerciantes e tinha por objetivo garantir o monopólio do comércio e controlar os preços das mercadorias, podendo ser local ou regional.
Burguesia Medieval: Surgimento e Características - Cola da Web
Mercadores medievais em um burgo.
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    A segunda e a Corporação de Ofício ou Guildas de Artesãos: representava os artesãos e sua função era controlar a produção, juntamente com a qualidade dos produtos comercializados nas cidades, defender os interesses dos artesãos frente ao governo da cidade, além de garantir o monopólio de uma determinada atividade profissional.
O ofício de ourives, ourives, D. Manuel, prata, ouro, contrastarias, Rua do  Ouro, Rua da Prata, lojas de ouro, feiras onde vendiam ouro e prata,  escravos, aprendizes, Mestre
Ourives medievais.
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    A abertura de novas oficinas de produção só era permitida com a autorização da guilda responsável da cidade. O ensino da técnica de produção era monopólio dos mestres de oficio ou mestre artesão que era o proprietário de tudo, ferramentas, matéria-prima e do produto final.
Maçonaria e o Sistema de Corporações - Loja Maçônica Liberdade e Amor -  Cássia (MG)
Sapateiro medieval.
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    Abaixo do mestre, estavam os oficiais ou companheiros, ou seja, os trabalhadores contratados por um salário, depois dele vinha o aprendiz, que estava na base da escala hierárquica. Este último era subordinado ao mestre e estava trabalhando para aprender o ofício, por isso não era pagos por seu trabalho.
Gente do Medievo – O Difícil Cotidiano de um Ferreiro do Século XI. |  Medieval Imago
Ferreiros medievais
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RENASCIMENTO URBANO    
     Na época do feudalismo as cidades serviam apenas como centros religiosos e militares, além disso eram ligadas a um feudo e o crescimento das cidades só começou quando o comércio se expandiu. No começo a maioria das cidades eram cercadas por altas muralhas, formando assim um núcleo urbano, chamado burgo. 
Carcassone na França.
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    A partir do século XI, quando as cidades começaram a crescer, os burgueses se fortaleceram e a situação mudou, porque agora as cidades tinham ganhado prestígio econômico e poder.  Os burgueses começaram à procurar autonomia em relação ao feudo esse movimento de independência das cidades é chamado de Movimento Comunal.
Carcassonne , destino medieval na França | Passeios e Roteiros
Muralha de defesa medieval
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    O processo de emancipação das cidades ocorreu de duas formas: via pacífica indenizando o senhor feudal diante da concessão de autonomia da cidade por meio de uma Carta de Franquia ou pela via agressiva com o uso das armas diante de uma guerra.
Sociedade medieval, já com os mercadores, responsáveis pelo desenvolvimento do comércio.
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    As cidades independentes (as comunas) começaram a planejar uma forma de governo - com a eleição de prefeitos e magistrados - que se encarregava de administrar e defender tanto as cidades como seus interesses. Os burgueses de maior riqueza e poder ocupavam os principais cargos, elaboravam leis, controlavam os impostos, etc, logo a burguesia se aliaria aos reis para a formação dos Estados Nacionais Modernos.
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 UNIVERSIDADES
    Apesar de todas as mudanças, a Igreja Católica ainda exercia grande poder e a partir do século XII surgiram vários centros de estudos chamados de universidades, que na sua grande maioria tinham influência direta da Igreja. As principais áreas de estudo eram: teologia (filosofia), artes (ciências e letras), direito e medicina.
A UNIVERSIDADE MEDIEVAL
Universidade medieval.
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     Entre as primeiras universidades destacamos Bolonha (ITA), Paris (FRA), Oxford (ING), Cambridge (ING), Nápoles (ITA), Roma (ITA) e Coimbra (POR).
Manuscrito medieval mostrando uma reunião de doutores na Universidade de Paris.
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Idade Média: expansão econômica e as cruzadas

  • Duas fases da Baixa Idade Média
  • Processo de expansão econômica e populacional
  • Tensão política e econômica
  • As Cruzadas

DUAS FASES DA BAIXA IDADE MÉDIA   
     A Baixa Idade Média de acordo com muitos historiadores, pode ser dividido em duas grandes fases:
  • Processo de expansão (século IX até o XIII) - de diversos setores da vida da Europa Ocidental. Entre as transformações que revelam essa expansão, podemos citar: ampliação das culturas agrícolas, renascimento comercial e urbano e fortalecimento da burguesia.
  • Processo de depressão (século XIV-XV) - na Europa Ocidental, decorrente das crises econômica, política e religiosa.
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  PROCESSO DE EXPANSÃO ECONÔMICA E POPULACIONAL  
    No século X as invasões de povos bárbaros cessaram, os últimos foram os normandos no norte da França e os eslavos na atual Hungria. Além disso, a Igreja Católica promoveu a Trégua de Deus, que limitou número de dias de combate a 90 por ano, proibiu o combate de sexta a segunda-feira e em dias de festa.
Os Torneios Medievais: Condenação Espiritual e Ordem Social | Medieval Imago
Torneios medievais.
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     Nesse momento histórico temos o desenvolvimento agrícola e nas novas técnicas proporcionaram um aumento de produção.
O desenvolvimento económico do século XIII | Sports and School
Agricultura medieval.
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    As principais inovações da Revolução Agrícola foram:
  • Charrua: máquina de revolver a terra, um arado grande, puxada por bois ou cavalos.
  • Peitoral: instrumento feito de madeira, que permitia a utilização do cavalo para puxar a charrua.
  • Ferradura: peça de ferro moldada, utilizada para proteger o casco do cavalo em terrenos ásperos.
  • Moinho d’Água: equipamento movido a água, usado para moer cereais, etc.
  • Sistema trienal de cultivo e a rotação de culturas.
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    A maior produção no campo resultou em mudanças significativas, melhorando as condições de vida da população, aumentando a expectativa de vida e diminui a mortalidade, assim o resultado foi positivo na Europa Ocidental onde notou-se um aumento populacional significativo entre o ano 1000 até 1300.
Veja o gráfico abaixo: O quadro acima demonstra o acelerado crescimento da  população europeia - Brainly.com.br
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    Também outras atividades foram retomadas com grande ênfase, devido o aumento da produção, ocorre também o crescimento do comércio, mas devido à falta de terras, alguns indivíduos passaram a se dedicar integralmente ao comércio e ao artesanato.
13.876 – Renascimento comercial na Europa medieval | ☻Mega Arquivo
Comércio em cidade medieval.
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    Nesse momento surge uma nova classe social, a burguesia - classe que dedicada principalmente ao comércio e que passou a viver fora das dependências dos feudos. Eles viviam inicialmente nos burgos, muito irão crescer e se transformar em importantes cidades.
Burgo - Dicio, Dicionário Online de Português
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TENSÃO POLÍTICA E ECONÔMICA
    Com o crescimento do comércio, as cidades italianas estavam interessadas em abrir rotas na costa do Mar Mediterrâneo, onde os árabes controlavam a grande maioria das principais rotas, além disso o crescimento populacional levou a uma tensão no campo e a nobreza começou a ter novos objetivos: conquistar de territórios bizantinos e do Oriente Médio para criar novos feudos.
Nóis das História : Renascimento Cultural e Artístico (SÉCULOS XIV-XVI)
Rotas medievais.
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     Como resposta a essa situação e devido a todas as transformações que ocorreram na Europa, a partir dos séculos X e XI, a Igreja e a nobreza, detentoras do poder social e político, incentivaram as Cruzadas, que libertariam a Europa e o Oriente do domínio islâmico e dariam conta dos interesses econômicos e políticos da burguesia e da nobreza medieval.
ϟ○• História e Sociedade •○ϟ: A sociedade feudal: "Alguns rezam, outros  combatem e outros trabalham..."
Clero, Nobreza e os Servos.
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 AS CRUZADAS  
    De 1096 a 1270, expedições foram formadas sob o comando da Igreja, a fim de recuperar Jerusalém para os cristãos (que naquele momento se encontrava sob domínio dos turcos seljúcidas) e reunificar o mundo cristão, dividido com a “Cisma do Oriente”. Na época eles chamavam o movimento de expressões como "peregrinação" e "guerra santa".
Igreja do Santo Sepulcro em Jerusalém.
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    No Médio Oriente, as cruzadas foram chamadas de "Invasões Francas", já que os povos locais viam esses movimentos armados como invasões e porque a maioria dos cruzados vinha dos territórios do antigo Império Carolíngio e se autodenominavam francos.
Cruzadas: Fé, Violência e Amor durante a Guerra Santa - Saber Atualizado
Mapa com Europa, Oriente Médio e norte da África e as três principais religiões em 1095.
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    O termo Cruzada surgiu porque seus participantes se consideravam soldados de Cristo, distinguidos pela cruz nas suas roupas. Muitos participavam do movimento como uma forma de pagamento, promessa ou uma forma de pedir alguma graça, sendo considerada uma penitência.
Aventuras na História · Qual a diferença entre Cavaleiros Templários,  Teutônicos e Hospitalários?
Soldados de Cristo (Cruzados).
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    Por volta do ano 1000, aumentou muito a peregrinação de cristãos para Jerusalém, pois corria a crença de que, o fim dos tempos estava próximo, contudo em 1076 os turco-otomanos tomaram a cidade de Jerusalém e passaram a proibir peregrinação de cristãos para a cidade, além disso o imperador bizantino apesar das diferenças solicitou ajuda ao Papa Urbano II devido as ameaças militares muçulmanas.
Pedra da Unção, em Jerusalém local onde segundo a tradição, o corpo de Jesus teria sido depositado após a crucificação no Santo Sepulcro.
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     O Papa Urbano II organizou o Concílio de Clermont na França em 1095, no qual conclamou toda a população Ocidental a libertar Jerusalém e lutar pela fé cristã. O Papa concedeu a indulgência plena aos que fossem ao Oriente para defender os peregrinos, passando a pregar e prometer a salvação a todos os que morressem em combate contra os pagãos.
Papa Urbano II em Clermont-Ferrand.
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    O espírito religioso medieval foi um fator fundamental para a articulação do movimento cruzadista (fator estimulador-mental). 
Cruz de Lotário do século X.
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    No total ocorreram oito cruzadas, vamos destacar as principais:
  • Primeira Cruzada (1095-1099): Essa cruzada se desdobrou em duas expedições A Cruzada dos Mendigos e a Cruzada dos Senhores. Obtiveram sucesso, conquistaram a Terra Santa e outras áreas do Oriente Médio.
Miniatura do Cerco de Jerusalém (1099). Godofredo de Bulhão está usando uma torre de cerco para assaltar as muralhas de Jerusalém.
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  • Segunda Cruzada (1147-1149): Foi estimulada por São Bernardo. O fracasso só não pôde ser considerado pleno, porque Lisboa acabou sendo conquistada pelos soldados cruzados que saíram de Flandres e da Inglaterra em direção à Palestina. Mas o sultão islâmico Saladino conquistou Jerusalém.
Fortaleza dos Cavaleiros da Ordem dos Hospitalários na Síria.
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  • Terceira Cruzada (1189-1192): a Cruzada dos Reis, incentivada pelo Papa Gregório VIII, que obteve o apoio de Ricardo Coração de Leão, rei da Inglaterra; do imperador germânico Frederico Barbarossa e de Filipe Augusto, rei de França. Não conseguiram reconquistar Jerusalém, mas no final os cristãos puderam peregrinar com segurança devido a um acordo com os islâmicos.
Batalha de Hattin, vitória decisiva do exército muçulmano.
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    Um importante impacto das Cruzadas foi a criação de ordens militares e religiosas como a dos Ordem dos Templários encarregados de defender as propriedades e as terras dos nobres católicos no Oriente e a Ordem dos Hospitalários (Malta) encarregados de acomodar os peregrinos cristãos em Jerusalém, ao longo das Cruzadas as ordens religiosas foram essenciais durante as Cruzadas no combate aos muçulmanos e também se fortaleceram economicamente.
BLOG DE CAVALARIA : CHIVALRY BLOG: Agosto 2016
Membros da ordens militares e religiosas, a esquerda Ordem do Santo Sepulcro de Jerusalém, ao lado a Ordem de Malta ou Cavaleiros Hospitalários, ao centro a Ordem dos Templários e a direita a Ordem Teutónica.
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   Entre as consequências das Cruzadas podemos destacar:
  • Em relação aos objetivos foram um fracasso, seu custo foi muito caro em vidas e em bens.
  • Não conquistaram de modo permanente a Terra Santa e não seguraram o avanço islâmico na região.
  • Fator positivo foi o renascimento do comércio na Europa com a reabertura do mar Mediterrâneo.
  • Fortalecimento do poder real em virtude do empobrecimento dos senhores feudais, muitos envolvidos com as Cruzadas.
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