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Povos Africanos: África centro-ocidental

  • Povos bantos
  • Reino do Congo
  • Portugueses no Congo

     No centro-sul do continente africano outras sociedades africanas diversificadas se organizaram, destacamos na região o Reino do Congo, mas o contato e influência europeia teve papel importante no processo do comércio de escravos.
A B E N T U M B A: Bantu
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 POVOS BANTOS   
    A região da floresta tropical e equatorial era ocupada em sua maior parte por grupos de origem linguística banto que ocuparam a região por volta do século I d.C.
Bantus – Wikipédia, a enciclopédia livre
Em destaque a área ocupada por povos de origem banta.
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     A principais atividades desses povos era a agricultura e o pastoreio, a mais conhecida sociedade banto foi a do Congo.
Webquest Cultura Africana
Danças tradicionais africanas.
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REINO DO CONGO    
     No século XVI formou-se o reino com a população ambundo, com idioma bacongo, o rei detinha o título de manicongo (senhor do Congo).
CONGO: UM GRANDE REINO BANTO - ppt carregar
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    A capital do reino era Mbanza Congo, conhecida também como Banza Congo, possuindo em torno de 100 mil habitantes no final do século XV.
Reino do Congo abrange partes dos atuais países Angola e Congo. 
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    Logo o reino expandiu seu território onde atualmente temos países como Angola e Congo, o manicongo governava com poderes absolutos e dividiu seu território, indicando chefes locais de sua confiança.
Homens com presas de elefantes no sul da África por volta do ano 1900.
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    Além de atividades agrícolas e pastoris, o Congo destacou-se o comércio de sal, tecidos e metais, além disso existia uma moeda, uma espécie de concha chamada de nzimbu que somente se encontrava na ilha de Luanda (atual Angola).
Nzimbu", l'album commun de Ray Lema, Ballou Canta et Fredy Massamba
Nzimbu, moeda do Reino do Congo.
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    O exército era composto por homens a pé, armados de arcos e flechas envenenadas na maioria das vezes.
Arqueiros do Reino do Congo.
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    Na religião os congoleses, eram animistas e dedicados ao culto de ancestrais, pois acreditavam que eles viviam em outro mundo. Tinham vários deuses.
Nzambi a Mpungu deus criador para a mitologia bantu.
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    Já existia a escravidão em caráter doméstico ou de linhagem, na maioria eram prisioneiros de guerra, criminosos ou pessoas que não pagaram suas dívidas.
Anúncios da época da escravidão mostram por que o Brasil precisa acertar as  contas com o passado
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     Os filhos dos escravos eram incorporados a família do senhor, mas com um status inferior, aos escravos não se aplicava a norma de divisão sexual do trabalho, tanto homens ou mulheres faziam todas as tarefas.
Casal de Escravos em uma Fazenda” Ilustração de Johann Moritz Rugendas 1823  #brasilimperio #historia… | Women in history, African american artist,  African diaspora
Negro e negra em uma fazenda, obra de Johann Moritz Rugendas. 
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 PORTUGUESES NO CONGO  
    No século XV os portugueses iniciaram a exploração do litoral africano em busca de metais preciosos e uma nova rota comercial para as Índias, em 1483 o navegador e explorador português Diogo Cão entrou em contato com o Reino do Congo.
O cão que fuma...: Padrão criado por Diogo Cão
Diogo Cão chegando ao Congo e instalando um padrão português.
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    Vários chefes locais congoleses se aliaram aos portugueses que tinham maior poder militar e se converteram ao cristianismo. Em 1489 o manicongo (rei do Congo) se converteu ao cristianismo e estabeleceu a religião a todo o reino.
Nzinga a Nkuwu mais conhecido como rei João I do Congo, governou de 1470 até 1501, sendo o primeiro soberano cristão.
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     O contato com os portugueses provocou grandes mudanças ao longo dos próximos séculos na sociedade, política e economia congolesa. A capital mudou seu nome para São Salvador do Congo.
Catedral de São Salvador do Congo
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    Durante o século XVI a grande demanda por mão de obra escrava para ser levada para as colônias portuguesas, ampliou o comércio de pessoas escravizadas no Reino de Congo e trouxe riqueza, poder e prestígio aos chefes locais.
Portal da Cultura Afro-Brasileira
Escravos africanos sendo levados a um porão de um navio negreiro.
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    O reino passou a ser dependente economicamente e das armas fornecidas pelos portugueses, a busca por novos escravos intensificou a guerra com os povos vizinhos.
Viagem e Missão no Congo, de Fr. Rafael de Castelo de Vide (1780 – 1788)  (Fim)
Missionário católico e os povos do Congo.
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    Ainda no final do século XVI o número de escravos passou a ser maior do que de pessoas livres no Reino do Congo e praticamente toda a produção do reino estava atrelada ao sistema de escravidão.
reinodocongo
Cenas cotidianas dos escravos.
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 DECADÊNCIA DO CONGO 
    No século XVII começaram a existir conflitos e disputas por áreas de influência entre os portugueses e os congoleses que começaram ficar descontentes com a interferência lusitana sobre o reino, chegando a uma guerra declarada contra Portugal.
Diogo I do Congo, rei de 1545 até 1561, ele chegou a expulsar os portugueses.
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    Os congoleses chegaram a se aliar aos holandeses que ocuparam Angola por um pequeno período, mas com a volta dos portugueses o Reino do Congo travou uma nova guerra no século XVIII, mas foi derrotado e tornou-se vassalo do Reino de Portugal.
PORTUGUESES NO CONGO: ALIANÇA E OPRESSÃO – TOK de HISTÓRIA
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     A maioria dos escravos trazidos para o Brasil tem origem banta, da região de Angola e Congo.
Tráfico de escravos na Bacia do Congo
Tráfico de escravos pela bacia do rio Congo.
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Povos Africanos: Sudão central

  • Os hauçás
  • Os iorubás
  • Escravidão na África

    Até o século XVI as cidades do Sudão central não se constituíram como um império ou reino propriamente dito, eles foram vassalos de reinos poderosos que existiram ao norte ou se estabeleceram como cidades-Estado autônomas.
Reinos africanos - Aula de História para o Enem e vestibulares
Em destaque as cidades hauçás e iorubás.
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 OS HAUÇÁS   
    A população hauçá originou-se da integração de vários grupos étnicos africanos que eram localizados entre o rio Níger e o lago Chade, região de passagem para várias rotas comerciais.
Populações africanas as margens do rio Niger.
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    As cidades da região buscavam se organizar de maneira fortificada para defender-se de saques e pilhagem, a população camponesa que formava a maior parte da população vivia próximo a esses centros e em muitas oportunidades buscavam refúgio nas cidades-fortaleza.
Medieval Kanem-Bornu Islamic Caliphate of the Sahel.Northern Nigeria.Hausa  Durban FESTIVAL hAWAN sALLAH. | Africa, African, Horses
Festival nigeriano representando os guerreiros medievais haussas.
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    Pouco a pouco fortaleceu o poder a vários soberanos na região, as trocas comercias e atividades artesanais (tecidos, calçados e artigos de metal) movimentando a economia.
Homem hauçá com vestimentas típicas, nota-se o  turbante chamado de alasho e a roupa denominada babban riga, vestimenta que também recebe outras nomenclaturas por outros povos.
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    No século XIV a região recebe influência da religião islâmica, assim os povos hauçás se converteram ao islamismo e escrita árabe se difundiu na região. 
Gobarau minaret, Katsina. | Afrique
Minarete Gobarau, em Katsina na atual Nigéria, construída no século XIV e XV.
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    Existiram sete principais cidades hauçás, a mais conhecida foi Cano. A guerra era uma prática comum e com a chegada dos europeus a região os hauçás se envolveram no tráfico atlântico de escravos.
183 anos da Revolta dos Malês | Revista Movimento
No final do século XVIII vários hauçás foram trazidos para o Brasil como escravos, eles organizaram a Revolta do Malês na Bahia em 1835, mas foram derrotados.
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OS IORUBÁS  
    Um pouco mais a oeste da atual Nigéria encontravam-se a maior parte dos povos de língua iorubá, apesar de terem a mesma língua e várias afinidades culturais formaram sociedades independentes.
Agogô, um instrumento musical formado por um único ou múltiplos sinos originado da música iorubá.
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    As origens desse povo remontam a suas traduções orais, tem como antepassado Olodumaré, cujos descendentes reinaram sobre sete cidades, sendo as mais importantes: Benin, Ilé Ifé e Oyo.
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     Apesar de não ter uma unidade política, os iorubás tinham um centro espiritual, a cidade de Ilé Ifé era governada por um oni (grande sacerdote), que tinha a sua volta um conselho de Estado que governava por um tempo determinado. 
Cabeça de bronze de Ifé, referente ao século XIV aproximadamente, a cabeça estuda-se que foi de uma rainha de Ilé Ifé.
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    Desse modo os chefes tribais, na verdade em um conselho de anciãos eram responsáveis pela defesa da cidade e pela preservação dos costumes.
Os Iorubás -Contexto geográfico, origem, organização social e política –  Babá Ojeleke Ayinla
Povo africano em momento de confraternização.
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    O reino do Benim que foi criado em torno do século XII tinha um líder com poder absoluto conhecido como obá, ele era observado de perto pelo conselho de notáveis (anciãos). O obá também era o grande sacerdote e comandava os rituais que podiam incluir sacrifícios humanos, normalmente escravos.
Placa de bronze do antigo Reino do Benim.
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    As descobertas arqueológicas revelaram um grande desenvolvimento artístico com trabalhos em bronze, terracota, marfim, ferro e madeira. A principal fonte de riqueza do povo iorubá, era o comércio.
Bronze Leopard Sculpture by the Benin Tribe | 1stdibs.com | Sculpture,  Bronze, Benin
Escultura de Leopardo da região do Benim.
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    Muitos homens e mulheres haussás (hauçás) e iorubás foram trazidos para o Brasil como escravos entre os séculos XVI e XIX. Isso se deve a disputa local entre o reino de Daomé e os povos de língua iorubá que saíram em desvantagem e foram vendidos como escravos.
Navio negreiro, obra de Johann Moritz Rugendas.
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     No Brasil temos exemplo do sincretismo religioso, onde a influência africana é grande, em especial do povo iorubá e o candomblé.
Tombamento da Casa Branca completa 30 anos
Casa Branca do Engenho Velho, templo de candomblé localizado em Salvador na Bahia.
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    Os orixás são as principais entidades e se relacionam com a noção de família que engloba vivos e mortos, basicamente é um antepassado divinizado que estabeleceu algum controle sobre algum fenômeno da natureza como trovão, vento, mar, rio, etc. 
Iemenjá em uma galeria de arte na Nigéria.
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    Abaixo alguns orixás de origem iorubá:
  • Olodumaré: deus - ser supremo, criador dos orixás e do homem, do universo.
  • Iemanjá: deusa relacionada a fertilidade, maternidade, a água, rios e pescadores.
  • Oxum: deusa da beleza, fertilidade, riqueza espiritual e material.
Estátua Orixá Oxum do Ouro com Filá 28cm no Elo7 | Cima Artes Orixás  (124022F)
Estátua de Oxum
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ESCRAVIDÃO NA ÁFRICA  
    A escravidão existiu em praticamente todas as sociedades africanas, nas pequenas sociedades agrícolas e pastoris ocorria a chamada escravidão de linhagem, muitos ainda se tornavam escravos por não conseguir pagar suas dívidas ou castigo por algum crime.
O leilão de escravos vindos da África | Museu de Imagens
Africanos aprisionados e escravizados.
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    A maioria das sociedades escravistas era já organizada mais ou menos em reinos como uma estrutura hierarquizada. Os escravos trabalhavam nas lavouras, mineração, no exército e até no trabalho doméstico.
Africanos escravizados sendo transportados.
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    Os povos e reinos islamizados do norte da África buscavam cativos nos reinos africanos do sul do deserto do Saara, pelas leis islâmicas, um muçulmano não poderia ser escravo de outro muçulmano, assim era necessário adquirir escravos de povos que não eram islâmicos.
Principais redes de tráfico árabe de escravos em África na Idade Média.
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    A escravidão masculina se expandiu e milhares de escravos foram levados anualmente em caravanas, mas os muçulmanos também adquiriam escravas femininas para transforma-las em concubinas, além disso existia os eunucos que era um homens castrados, cuja uma das suas funções era tomar conta de um harém e por serem poucos, tinham um alto valor para aquisição.
Eunuco do sultão Abdulamide II do Império Otomano em frente ao Palácio Imperial (1912).
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Povos Africanos: Gana e Mali

  • Em torno do Saara
  • Gana: um grande império
  • O poderoso Império do Mali

    A África é um continente que abriga populações, sociedades e histórias diversificadas e complexas, assim estudos arqueológicos, linguísticos e  de história oral podem desvendar o passado desses diversos povos.
África - História, características do continente, países, população e  idiomas
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 EM TORNO DO SAARA   
    Até pelo menos 3.000 a.C., o Saara era uma região habitada por povos pastores e agricultores, mas constantes secas levaram a desertificação e por volta do ano 1.000 a.C. a região tornou-se um grande deserto.
Deserto do Saara: localização e características - Toda Matéria
Deserto do Saara e as caravanas de camelo.
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    O sul do Deserto do Saara recebeu várias nomenclaturas durante os séculos, a partir do século VII a região passou a ser chamada de Sahel palavra árabe que significa costa ou fronteira.
Mapa Político De Maghreb E De Sahel Ilustração do Vetor - Ilustração de  maghreb, sahel: 47920053
Mapa africano destacando o Magreb (norte da África) e o Sahel.
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    No século XV conforme relatos de viajantes, os árabes passaram a designar o sul do Saara habitada por africanos negros de Bilad Al-sudan que significa “terras dos negros” – Sudão – assim sudaneses eram um grupo de povos com etnia ou língua e sociedade bem diversificada.
Eleições 2020: Partidos refletem baixa representação de negros
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    Na região do Saara ainda temos a revolução do camelo, introduzido pelos egípcios como animal de carga e de montaria nas regiões desérticas pelos povos bérberes, que se transformaram em grandes comerciantes na região. 
AS DUNAS DE ERG CHEBBI NO DESERTO DO SAARA - Um Pouquinho de Cada Lugar
Povos berberes
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GANA: UM GRANDE IMPÉRIO
    Na parte ocidental do Sudão formou-se um dos maiores impérios negro-africanos como Gana que começou a surgir no século IV como um Estado centralizado, com a capital de mesmo nome e o título do soberano absoluto também se denominava Gana que significa “senhor da guerra”.
Reinos africanos - Aula de História para o Enem e vestibulares
Império de Gana
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    O Reino de Gana se organizou para defender-se de povos do deserto que atacavam a região e ficou conhecido como um reino que controlava o comércio de ouro na região do Saara.
Gana ultrapassa a África do Sul como maior produtor de ouro de África
Ouro
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    Controlando o comércio de ouro o Império de Gana empreendeu ataques conquistando populações, cidades, aldeias e reinos vizinhos, impondo o pagamento de tributos e controlando entrepostos comerciais importantes.
Grupos étnicos do Sahel.
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    No processo de fortalecimento do Império de Gana outra mercadoria ganhou também destaque e valor, o comércio de escravos, principalmente após a ocupação muçulmana na África ocidental. O auge do poder de Gana ocorreu entre os séculos IX e X.
Escravidão Africana – contexto, como ocorreu e o destino dos cativos
Escravos sendo transportados na África.
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    A expansão muçulmana no norte da África foi avassaladora e os povos berberes que habitavam as regiões do Saara também se converteram ao islamismo e passaram a ser chamados de almorávidas (berberes islamizados).
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Povos berberes são conhecidos como grandes artesãos de tapetes.
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    Os almorávidas conquistaram todo o Magreb (norte da África) e grandes áreas da Península Ibérica, conquistando grandes cidades como Sevilha e Granada.
O Reino dos Almorávidas tinha a capital em Marraquexe no atual Marrocos. 
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    Contingentes islâmicos juntaram-se com almorávidas e atacaram o Império de Gana que já fragilizado foi derrotado, a capital foi tomada e saqueada por volta em 1077 e os almorávidas ocuparam a região.
Moeda de ouro dos almorávidas (dinar) do século XIII.
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 O PODEROSO IMPÉRIO DO MALI    
    O reino ficou conhecido como Mandinga ou Mali e localizava-se ao sul de Gana, no início era composto por povos caçadores que trabalhavam em terras comunitárias. Os primeiros lideres tinham o título de simbon que significa mestre-caçador.
O Império Mali | Impérios africanos, Ilustração de guerreiros, História da  áfrica
Líder do povo malinês.
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    No Mali a produção aurífera era grande, gerando grande riqueza ao rei local, em pouco tempo também ocorreu uma expansão territorial dos malineses esse fato deu-se de forma simultânea com a islamização do reino por volta do século XIII e sua vinculação a rotas comercias do Saara.
Sankoré Mosque, Timbuktu photo - Brian McMorrow photos at pbase.com
Universidade de Sankore, também considerada uma mesquita ou madraça (um centro de estudos islâmicos).
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    O Império Mali teve um longo período de duração e hegemonia regional entre os séculos XIII e XV.
África Medieval - 7º Ano (2017)
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    Foi no Mali que estudiosos revelam que viveu o homem mais rico de todos os tempos, o rei Mansa Mussa que governou Mali de 1312 até 1337. Ele fez uma caravana até Meca e por onde passava distribuía ouro, um exemplo que Mussa doou tanto ouro para as pessoas pobres no Egito, que resultou em uma inflação que durou vários anos, estima-se sua fortuna entrasse na casa dos trilhões de dólares atuais.
Iluminura do Atlas Catalão representando Muça I (Mussa).
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    No século XVI diante de disputas internas pela sucessão ao trono fragilizam o Império do Mali, no século seguinte o império acabou fragmentado.
Aventuras na História · Mansa Musa: a pessoa mais rica que já existiu na  história
A forma de sucessão não era bem clara no Mali, o que resultava em conflitos internos.
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      Ainda no século XV surgiu um novo reino, o Reino de Songhai que acabou se fortalecendo na região e impôs sua hegemonia, lembrando que esse novo império era governado por uma elite que seguia com rigor os preceitos islâmicos.
Império Songai – Wikipédia, a enciclopédia livre
Mapa em verde o Império Songai.
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    Songhai foi o último Estado mercantil negro do Sudão Ocidental e devido aos governos autoritários e muitas vezes hostis entrou em conflito com os povos muçulmanos que viviam na região do atual Marrocos.
Ascensão e queda do Império africano de Songhai
Guerreiros songhais
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    Além disso, com as Grandes Navegações os portugueses começaram abrir rotas comerciais na costa africana como em Arguim (atual Mauritânia), tudo isso contribuiu para sua queda em importância e seu fim em 1591. Os principais produtos comercializados nessa época eram ouro, marfim e cada vez mais escravos.
Lenda de Arguim
Caravela portuguesa
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