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Povos Asiáticos: Índia Antiga

  • Civilização do Vale do Indo
  • Período Védico: fusão de culturas 
  • Período dos Impérios: Máuria, Gupta, Deli e Mogol

CIVILIZAÇÃO DO VALE DO INDO  
    Os rios Indo e Ganges foram muito importantes para o desenvolvimento da civilização indiana, ambos tem suas nascentes na cordilheira do Himalaia, sendo que o rio Indo deságua no mar Arábico e o rio Ganges no golfo de Bengala. A região atualmente compõe a Índia, Paquistão, Bangladesh e Nepal.
Mapa destacando os vales dos rios Ganges e Indo.
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      Por volta de 8.000 a.C. temos os primeiros registros arqueológicos que se fixaram no vale do rio Indo. Com a sedentarização esses grupos praticavam a agricultura, produzindo trigo, cevada, algodão, gergelim, construindo também canais de irrigação. 
Indus Valley Civilization agriculture was based... | Sutori
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    Duas cidades se destacaram: Harappa e Mohenjo-Daro que passaram a ser dominantes e formaram o primeiro Estado indiano, essa primeira civilização indiana, é chamada de dravidiana ou harappeana. Eles comercializavam madeiras, marfim, ouro, pérolas em troca de produtos como prata, estanho, tecidos e grãos.
Ruinas de Mohenjo-Daro no atual Paquistão.
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PERÍODO VÉDICO: FUSÃO DE CULTURAS    
    Por volta de 1500 a.C, grupos de povos indo-europeus, os árias ou arianos, invadiram o vale do rio Indo e dominaram a região. Nesse momento o povo ariano se aliou a alguns povos locais conquistando grande área do subcontinente indiano, formando o Império Magadha.
Mapa da Índia no Período Védico.
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    Foi nesse momento que a cultura dos antigos povos indianos e dos povos arianos fundiu-se, desenvolvendo-se a religiosidade e a sociedade de castas, em parte existente até a atualidade.
Roda do Dharma, símbolo importante nas religiões indianas com poucas alterações é apresentado no hinduísmo, budismo e jainismo.
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    O idioma também foi parte dessa fusão de cultura, sendo o sânscrito ou língua sânscrita atualmente uma língua “morta”, mas ainda utilizada para os rituais religiosos hindus. O hinduísmo surgiu por volta 1.500 a.C., também dessa fusão cultural, uma religião politeísta que continua até hoje a mais praticada na Índia.
Rigue Veda manuscrito em sânscrito mais antigo, com mais de mil hinos, rituais e oferendas as divindades, é o mais antigo registro da literatura hindu.
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    De acordo com a tradição hindu, O Universo é constantemente destruído e reconstruído, essa constante renovação é obra de uma trindade de deuses: o deus Brahma (o criador), o deus Vishnu (o preservador) e o deus Shiva (que é de forma simultânea destruidor e criador). Shiva constitui a “família divina”, junto com sua esposa Parvati e seus filhos Ganesha e Skanda.
Brahma em hamsa (momento espiritual hindu).
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    Ainda no hinduísmo acredita-se na doutrina da reencarnação, assim após a morte renascemos para outra vida. Nesse sentido a alma imortal passa por diversas vidas, em sucessivas reencarnações. O que você faz de bom ou de ruim define como será sua reencarnação seguinte. Quando a alma evolui e atinge a purificação, que é denominada de Nirvana.
Estátua de Shiva nas Ilhas Maurício.
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    A sociedade védica estava dividida em castas (camadas sociais), nesse sistema social, a pessoa nasce já tendo determinada sua posição na sociedade. Não existem mobilidade entre uma casta e outra. Não existia casamentos entre pessoas de castas diferentes e cada casta desempenhava funções bem especificas na sociedade:
Mesmo com proibição por lei, sistema de castas continua a existir na Índia  - Portal Ternura FM de Ibitinga
Castas na Índia
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  • Brâmanes: poderosos sacerdotes, dominavam o conhecimento e o poder político.
  • Xátrias: guerreiros.
  • Vaixás: comerciantes e artesãos.
  • Sudras: trabalhadores que servem as castas superiores pagando impostos.
Ritual ao redor do fogo sagrado sendo organizado por sacerdotes hindus.
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  • Párias: os “sem casta” dedicados a trabalhos considerados mais degradantes, tais como limpar latrinas ou a queima de cadáveres. Também são conhecidos como dalits ou impuros.
Protesto dalit na Índia.
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    No século VI a.C. a Índia também foi o local de desenvolvimento da doutrina budista que está ligada ao príncipe Sidarta Gautama, que vivia cercado de luxo e riquezas, mas ele abandonou tudo em busca de conhecimento. Após anos de meditação ele alcançou a “iluminação espiritual” e tornou-se Buda que significa “o iluminado” e passou a pregar sua doutrina, o budismo.
Uma estátua representando Buda feita em Sarnath, Uttar Pradesh no século IV.
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    O budismo foi contrário à sociedade de castas, Buda pregava a igualdade entre os seres humanos e defendia que cada pessoa deveria buscar da purificação moral e espiritual. Na Índia o budismo recebeu uma grande adesão de pessoas de castas inferiores, nos seguintes séculos o budismo se espalhou para a China, Japão, Laos, Camboja e Vietnã, etc. 
Primeiro sermão de Buda.
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    Ainda se destaca o jainismo, que tem por base os ensinamentos de Mahavira (599 a.C-527 a.C.), acredita-se que nasceu em uma família xátria e que largou tudo para dedicar-se ao estudo e aos ensinamentos espirituais, que remontam era pré-védica. Revivendo o jainismo que defende o Universo composto por cinco tipos de mundos diferentes, habitados por seres de tipos diferentes. Acreditam também na eternidade do Universo, que sempre existiu e não foi criado por nenhum deus ou ser divino. 
Estátua de Mahavira ou Vardhamana.

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PERÍODO DOS IMPÉRIOS: MÁURIA, GUPTA, DELI E MOGOL    
    A Índia sofreu algumas invasões que ocuparam parte do território durante algumas décadas, como foi o caso dos persas sob comando do rei Dario I que conquistaram o vale do rio Indo, mas em 336 a.C. foi o exército macedônico liderado por Alexandre, o Grande que conquistou parte da Índia, mas a presença greco-macedônica foi efêmera. 
Mapa do império macedônico de Alexandre, o Grande.
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    Por volta de 322 a.C, o reino hindu da Dinastia Máuria que expulsou os macedônicos e reunificou grandes áreas, formou-se o chamado Império Máuria que sob comando de Chandragupta Máuria, considerado o primeiro imperador da Índia. 
  Estátua de Chandragupta Máuria em Delhi, Índia.
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    Em 185 a.C. o Império Máuria se fragmenta formando vários reinos autônomos. Na maioria das regiões da Índia os soberanos eram conhecidos como marajás ou rajás, eles estavam no topo na pirâmide social, enquanto os camponeses apesar de ter a posse da terra eram obrigados a enviar o excedente da produção agrícola aos soberanos.
Marajá Duleep Singh, último marajá do Império Sique, em um momento que os britânicos já subjugavam vários Estados indianos. (século XIX).
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    A unificação da Índia somente volta a ocorrer em 320 d.C. sob comando da Dinastia Gupta (Império Gupta) quando o hinduísmo é restabelecido e a economia ganha grande impulso com a agricultura, criação de gado e tecidos, expande-se o comércio até com o Império Romano. Mas novas mudanças ocorrem no século VIII quando temos as invasões dos povos islâmicos a Índia Antiga. 
Máxima extensão do Império Gupta.
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    Existiram vários reinos hindus ou islâmicos, sendo o maior deles o Sultanato de Delhi (1206-1526) um reino islâmico, que chegou a controlar quase todo subcontinente indiano. No século XVI o povo mongol invadiu a região da Índia, criando o Império Mogol que existiu até o século XIX.
Mesquita Makkah Masjid em Hiderabad na Índia.
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    Foi no Império Mogol, que foi construído o mausoléu Taj Mahal na capital imperial de Agra, a mando do imperador Shah Jahan foi construído em memória de sua esposa favorita, Aryumand Banu Begam, a quem chamava de "A joia do palácio" e que faleceu ao dar à luz a um de seus filhos.
Índia desiste de reabertura do Taj Mahal por risco de contágio | Poder360
Taj Mahal, localizado na atual cidade de Agra, Índia.
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