- Guerra Civil Libanesa (1975-1990)
- Revolução Iraniana (1979)
- Guerra Irã-Iraque (1980-1988)
- Primeira Guerra do Golfo (1990-1991)
- As crises do preço do petróleo
GUERRA CIVIL LIBANESA (1975-1990) O Líbano sofreu muito com os conflitos nas regiões vizinhas, com a derrota dos árabes e a formação de Israel o território libanês recebeu em torno de 170 mil refugiados em 1949, além disso nos anos 1950, os movimentos nacionalistas árabes também ganham força no país. Os conflitos se iniciaram com tropas paramilitares do Kaeteb (cristãos) contra a OLP - Organização para a Libertação da Palestina formada por árabes palestinos refugiados.
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O Líbano tem uma população heterogênea tanto em etnias quanto em religião, assim existe um pacto nacional em torno de uma república parlamentarista: onde o chefe de Estado (presidente) caberia a um cristão maronita e a chefia do governo (primeiro-ministro) a um muçulmano sunita. Contudo disputas políticas foram constantes e se agravaram com uma nova derrota árabe levando o país a receber mais refugiados.
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Expulsos pelo rei da Jordânia, acusados de tramar um golpe de Estado, a OLP – Organização para a Libertação da Palestina se estabelece na capital libanesa Beirute e inicia ataques a Israel pela fronteira libanesa. Isso rompe com o tenso e frágil equilíbrio resultando em uma guerra civil e vários massacres, na sequencia viu-se o as forças do governo se esfacelar, enquanto a Síria entrou no conflito apoiado o governo no ano de 1976 até 1978.
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Apesar dessas facções oficialmente não serem especificas de um grupo, a maioria dos membros recrutados era maciçamente de uma determinada etnia ou religião, as principais foram:
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Em 1982, o presidente eleito Bashir Gemayel (cristão) sofre um atentado e falece, nesse mesmo ano ocorrem constantes ataques na fronteira entre Líbano e Israel, tropas israelenses lançam um ataque sobre o país que estava em guerra civil e chega até Beirute, forçando a OLP a sair do Líbano. Após, os israelenses recuam e permanecem apenas no sul do Líbano, em 1985 os três principais grupos libaneses rivais assinam um cessar-fogo.
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Mas no sul do país, um novo grupo guerrilheiro, o Hezbollah que significa “Partido de Deus” formado e liderado por muçulmanos xiitas continua a guerra, agora com apoio da Síria de Hafez Al-Assad que envia tropas para o Líbano controlando várias instituições e desarmando todas as milícias, exceto o Hezbollah. A Guerra Civil termina em 1990, mas no sul os conflitos continuam até o ano de 2000.
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REVOLUÇÃO IRANIANA (1979) O Irã era governado por uma monarquia autocrática nas mãos do Xá Reza Pahlavi, mas cada vez mais apareciam críticas ao autoritarismo, acusação de corrupção e contra a Revolução Branca principalmente nos costumes. Assim surgiu um movimento muçulmano tradicionalista xiita liderado pelo aiatolá Ruhollah Khomeini.
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Assim durante o ano de 1978 ocorrem vários protestos na capital Teerã, até o massacre da Sexta-feira Negra onde o Exército do Xá (imperador) entrou em confronto com os manifestantes, chegando a morte de alguns manifestantes o que fez o inflar ainda mais o movimento opositor. Em 1979, o Exército Iraniano se desintegra e o Xá Reza Pahlavi, sem condições de resistir acaba fugindo do país.
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Na sequência a ala mais radical toma conta do processo fundando a República Islâmica do Irã, tendo como líder supremo o aiatolá Ruhollah Khomeini, ele passa a representar o país. Ocorreu uma mudança significativa na questão dos costumes, proibição de vestuários ocidentais, maquiagem, e muitos dos defensores do Xá, prostitutas e marxistas passam a ser condenados à morte.
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O governo coube a um presidente que podia ser eleito pelo voto popular, mas após seu nome ser aprovado pelo aiatolá, assim foi eleito em 1981, Ali Khamenei que permaneceu no cargo até 1989. Quando Ruhollah Khomeini faleceu em 1989, o aiatolá Ali Khamenei passou a ser o novo líder supremo do Irã, cargo que ocupa até hoje.
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GUERRA IRÃ-IRAQUE (1980-1988) Os dois países tinham disputas fronteiriças desde os anos 1930, principalmente o canal navegável de Chatt al-Arab praticamente na foz do rio Eufrates (sul do Iraque), assim aproveitando-se dos conflitos internos no Irã, o presidente iraquiano Saddam Hussein começou uma invasão contra o território iraniano.
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O Iraque inicialmente conseguiu alguns avanços, recebendo apoio de material bélico da URSS e dos EUA. Os norte-americanos eram contra a Revolução Islâmica do Irã, já que sua embaixada tinha sido ocupada e muitos cidadãos estadunidenses tinham sido expulsos ou permaneceram reféns, por isso a guerra foi vista como uma possibilidade de desestabilizar e tirar do poder o aiatolá Ruhollah Khomeini.
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Além disso, o Exército Iraniano tinha sofrido com expurgos de antigos oficiais leais ao Xá Reza Pahlavi, assim era um exército comandado por jovens oficiais. Apesar disso, o Irã consegue deter o avanço iraquiano e empurrar o exército invasor de volta a suas fronteiras, assim em 1982-1983, o Irã é que tomava a iniciativa.
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A partir de 1984 a guerra é feita de pequenos avanços e retiradas. Em 1986, surge à tona o Caso Irã-Contras onde o governo dos EUA de Ronald Reagam negociava armas de forma secreta com o Irã em troca de prisioneiros estadunidenses e de um repasse posterior de armas para o movimento guerrilheiro conhecido como Contras que lutava na Guerra Civil da Nicarágua, contra o governo do socialista Daniel Ortega.
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No ano de 1988, o governo iraquiano utilizou armas químicas, proibidas pela convenção internacional contra os guerrilheiros separatistas do Curdistão, no norte do país. Desgastados, nesse mesmo ano os dois países aceitam um cessar-fogo, terminando quase oito anos de guerra e as fronteiras permaneceram inalteradas.
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PRIMEIRA GUERRA DO GOLFO (1990-1991) Em 1990, o presidente iraquiano Saddam Hussein promove um novo conflito no Oriente Médio, a chamada Guerra do Golfo, quando invade o Kuwait, um pequeno país do Oriente Médio, mas riquíssimo devido as grandes reservas de petróleo. Saddam acusa o Kuwait pela baixa do preço do petróleo, por vender mais que o estipulado pela OPEP.
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O Iraque sofre pressão de países do Ocidente e do Oriente Médio para desistir da anexação, contudo Saddam Hussein cobra uma dívida bilionária e uma indenização por explorar de forma “ilegal” em campos iraquianos, por fim ele anexa o território como uma província iraquiana em 1991.
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Com autorização da ONU - Organização das Nações Unidas é formada uma força de coalizão liderada por EUA, Reino Unido e França, recebendo o apoio de Arábia Saudita, Egito, Síria, etc, para libertar o Kuwait. A Operação Tempestade no Deserto atacou pontos estratégicos do Iraque, derrotando rapidamente as forças iraquianas no Kuwait.
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As tropas da coalizão avançaram até o sul do Iraque, posteriormente saíram do território, deixando que Saddam Hussein continuasse como presidente do Iraque, mas criaram duas zona de exclusão aérea, onde os iraquianos não podiam sobrevoar, apenas forças militares dos EUA, França e Reino Unido. Saddam Hussein somente será destituído do poder em 2003, na Segunda Guerra do Golfo.
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AS CRISES NO PREÇO DO PETRÓLEO Os principais “choques” do petróleo foram:
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