- Imperialismo sobre a África
- Pan-africanismo e o movimento da negritude
- Ex-colônias britânicas: África do Sul, Egito, Gana, Nigéria e Quênia
- Ex-colônias francesas: Guiné, Senegal, Congo e Argélia
- Ex-colônia belga: Congo/Zaire
- A Etiópia independente
EX-COLÔNIAS FRANCESAS: GUINÉ, SENEGAL, CONGO E ARGÉLIA Na colônia francesa da Guiné, destacou-se Ahmed Sékou Touré, ele liderou a campanha no plebiscito pela autonomia total, com a vitória no pleito foi declarada a independência da Guiné e Sékou Touré foi eleito presidente da Guiné, ocupando o cargo de 1958 até 1984, ele instalou um governo alinhado ao bloco comunista.
11 | ||||||||||
No Senegal, após a vitória pela autonomia no plebiscito em 1958, o Senegal participou de uma federação juntamente com o Mali. Mas em 1960, ocorrem disputas políticas e militares que levam a separação, o Senegal declara a independência tendo como presidente o líder senegalês Léopold Sédar Senghor que governou o país de 1960 até 1980, inspirado nos ideais do socialismo africano.
12 | ||||||||||
No Congo se destacou o movimento nacionalista UDDIA - União Democrática pela Defesa dos Interesses Africanos liderada pelo padre nacionalista congolês Fulbert Youlou que gradativamente chegou a chefia do governo e depois com a declaração de independência em 1960, Youlou tornou-se presidente da nova República do Congo, até ser deposto em 1963.
Depois de certa instabilidade política, em 1969 um golpe de Estado organizado por militares de esquerda, leva ao poder Marien Ngouabi que proclama oficialmente o primeiro país comunista da África, a República Popular do Congo mantendo relações próximas a União Soviética e a França, Ngouabi governa até 1977, quando sofre uma tentativa de golpe de Estado, ele acaba falecendo, mas o regime comunista permanece até 1992, quando reformas na tentativa de democratizar o país ocorrem.
13 | ||||||||||
A Argélia era a mais importante colônia francesa, representando 60% da produção agrícola da França e uma grande produtora de petróleo. Entre os habitantes, os franceses representavam apenas 10% e subjugavam o restante que eram árabes-berberes. Em 1954, iniciavam uma série de atentados marcando o início da luta armada pela independência da Argélia (Revolução Argelina). | ||||||||||
A Guerra de Independência Argelina (1954-1962) foi marcada por massacres e ataques a bombas em centros urbanos, o principal grupo nacionalista argelino, foi a FLN – Frente de Libertação Nacional de inspiração socialista e pan-árabe liderada por Ahmed Ben Bella.
Após longos anos de conflito e impasses, o presidente francês Charles de Gaulle determina um referendo em 1961 para decidir sobre a autonomia da Argélia, tanto a votação na França e também na Argélia foram maciçamente favoráveis a autodeterminação dos argelinos, assim o governo francês iniciou as tratativas para a concessão da independência do país africano. Os acordos entre a FLN e o governo francês, além de um plebiscito definiram a independência da Argélia em 1962, e nas primeiras eleições argelinas, foi eleito presidente Ahmed Ben Bella da FLN. O novo país passa a ser governado por um partido único, um regime autoritário sob comando da FLN - Frente de Libertação Nacional.
Em 1965, Ben Bella sofre um golpe de Estado, de seu ex-ministro da Defesa Houari Boumédiène governa o país até 1978, ele adota um política socialista mais intensa nacionalizando empresas estrangeiras, apoiando movimento de independências e socialistas pela África e movimentos pan-árabes, tornando-se até secretário-geral do Movimento dos Países Não-Alinhados de 1973 até 1976.
15 | ||||||||||
EX-COLÔNIA BELGA: CONGO/ZAIRE O Congo Belga era uma importante colônia na região central da África, sofrendo uma grande exploração dos colonizadores, sendo uma região com várias riquezas agrícolas e minerais. Em 1960 é declarada a independência da República do Congo com capital em Léopoldville, o novo país também era conhecido como Congo-Léopoldville . O mais ativo grupo político pela independência foi o Movimento Nacional Congolês (MNC) liderado por Patrice Lumumba.
16 | ||||||||||
O novo país tem como primeiro presidente Joseph Kasavubu e como primeiro-ministro (chefe de governo) Patrice Lumumba, contudo ocorrem disputas políticas e militares e o governo é acusado de se aproximar ao bloco soviético. Lumumba é deposto e acaba assassinado em 1961.
Assim inicia-se a Crise do Congo (1960-1965) que foi uma guerra civil em que várias lutas e conflitos ocorriam, alguns dos principais pontos era a luta anti-colonial, conflitos tribais, uma guerra separatista em uma província, além de disputas entre congoleses favoráveis a aproximação com os EUA e outros alinhados a URSS. Depois de tantos conflitos foi aprovada uma força de manutenção da paz das Nações Unidas no Congo que atuou de 1960 até 1964. 17 | ||||||||||
Em 1965, o general Joseph-Désiré Mobutu promove um segundo golpe de Estado, tornando-se novo presidente do Congo. Mobutu promove reformas alinhado ao capitalismo e uma política estatal para extinguir os resquícios do colonialismo, tornando um importante aliado aos Estados Unidos na África. Visando por fim a influência externa e até a ocidentalização, o governo autoritário de Mobuto promoveu a partir do final dos anos 1960 uma política de autenticidade, alterando nomes de cidades, a capital Leopoldville, nome em homenagem ao rei belga Leopoldo, passa a ser chamada de Kinshasa, em 1971 o nome do país deixa de ser Congo para a ser Zaire, que significa "o rio que traga todos os rios", até o presidente Mobutu para a ser chamado de Mobutu Sese Seko. Em 1996, o governo de Mobutu passa a sofrer a oposição de guerrilhas, na chamada Primeira Guerra do Congo, com crise econômica e questionado politicamente, ele acaba se exilando fora do país, assume a presidência o líder guerrilheiro Laurent-Désiré Kabila em 1997, uma das primeiras medidas foi alterar novamente o nome do país, agora República Democrática do Congo. Contudo, revoltas e conflitos continuaram como a Segunda Guerra do Congo e mais sete conflitos entre 2000 até a atualidade. 18 | ||||||||||
A ETIÓPIA INDEPENDENTE A Etiópia manteve sua independência apesar dos avanços imperialistas sobre a África até 1935, quando a Itália invade a região e derrota as forças do imperador etíope Haile Selassie, que no exílio busca ajuda da Liga das Nações para reaver seu trono, o que vai ocorrer apenas em 1941 quando os italianos são expulsos da Etiópia por tropas Aliadas. | ||||||||||
O imperador Haile Selassie voltou a Etiópia com poder absoluto, alinhado aos países Ocidentais e muito ligado aos interesses religiosos da Igreja Ortodoxa Etíope, apesar de governar um país com uma importante parcela de muçulmanos, teve que enfrentar grupos separatistas que visavam a independência da região da Eritreia. O imperador Selassie governou a Etiópia até 1974 quando sofreu um golpe de Estado organizado por militares comunistas, apesar disso o imperador etíope desde os anos 1930 é venerado pelo movimento rastafári que tem um grande número de seguidores na Jamaica, eles consideram Haile Selassie como a reencarnação de Jesus Cristo ou como a própria representação de Deus. Em 1974, a Etiópia foi governada por um regime militar, autoritário de orientação comunista, aliando-se a União Soviética, o país passa a ser comandado por Mengistu Haile Mariam chefe de Estado de 1974 até 1991. Outro destaque negativo foi a Guerra de Ogaden (1977-1978), quando os etíopes tiveram de se defender de um ataque somali a região de Ogaden, em disputa entre os dois países, a Etiópia com ajuda soviética e até cubana venceu o conflito, Outro conflito que ocorria de forma concomitante era a Guerra Civil da Etiópia (1974-1991) que culminou com a derrocada do regime comunista e a fuga de Mariam em 1991, o líder guerrilheiro Meles Zenawi torna-se presidente de transição. 20 |
historiaemquadrinhos
Vídeos - CLIQUE AQUI
Esquema resumido - CLIQUE AQUI