Idade Média: renascimento comercial e urbano

  • Renascimento comercial
  • Corporações 
  • Renascimento urbano
  • Universidades

    Com o aumento de produção gerou um excedente para o comércio, transformando a sociedade medieval com a formação de uma nova classe social. Com o aumento da produtividade, não havia mais necessidade de tanta gente ocupada na agricultura, assim muitas pessoas se dedicaram ao artesanato, outros passaram a viver como mercadores ambulantes, vendendo e comprando produtos. 
Renascimento Comercial e o surgimento da burguesia - Cola da Web
Feiras medievais
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  RENASCIMENTO COMERCIAL  
    Os principais fatores que levaram a mudança de vida, ocorreu pela falta de novas terras férteis, com o aumento da população não haviam mais áreas de férteis disponíveis, assim muitos camponeses ficaram sem alternativa de trabalho ou emprego.
Feudalismo – Wikipédia, a enciclopédia livre
Servos medievais
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      Outro ponto importante foi as Cruzadas que ajudaram a expandir as atividades comerciais, sendo que os guerreiros cruzados não eram os únicos a irem às expedições, os viajantes mercadores também participavam e serviam como abastecedores dos peregrinos com seus produtos.
A Viagem na Idade Média – Difícil Caminho | Medieval Imago
Porto medieval
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    Temos três polos comerciais na Europa Ocidental medieval:
  • Primeiro polo – as cidades italianas: beneficiou as cidades de Gênova, Veneza e Pisa, devido à localização geográfica favorável (Mar Mediterrâneo) e ao fortalecimento das ligações comerciais com o Oriente durante a Quarta Cruzada, quando se obteve o controle do comércio de mercadorias orientais para o continente europeu.
Leão de São Marcos em Veneza, Itália.
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  • Segundo polo – as cidades do norte da Europa:  o comércio ampliou-se na região dos mares Báltico e do Norte, onde várias cidades comercializavam entre si de Bruges (atual Bélgica), passando por cidades alemãs, como Bremen e Hamburgo e seguindo até o leste na Rússia e à oeste em Londres, na Inglaterra. 
Selo da cidade de Hamburgo do século XIV.
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  • Terceiro polo –  rotas que ligavam o sul ao norte da Europa: havia duas rotas importantes nesse polo: uma ligando Gênova a Bruges e outra unindo Veneza a Hamburgo.
O papel das especiarias nas Grandes Navegações – parte 2/4: o comércio até  o séc. XV - Deviante
Mapa sobre as rotas comerciais
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    Existiam também as feiras que eram os locais de compra e venda de produtos. Até o século XIV as feiras mais importantes eram na região de Champanhe, na atual França e em Bruges e Flandres na região dos Flandres, na atual Bélgica.
As feiras da Champagne - Brandanismo
Feiras medievais
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    Esse comércio possibilitou o retorno das transações financeiras e o reaparecimento da moeda, ou seja, deu vida às atividades bancárias. Com isso, a terra deixava de ser a única fonte de riqueza e um novo grupo social surgia: os mercadores ou comerciantes.
Um manuscrito do século 14 retratando banqueiros em uma casa de contabilidade italiana.
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    Também surgiram as Ligas ou Hansas que defendiam os interesses dos comerciantes de várias cidades. As primeiras foram formadas no século XII e cuidavam do comércio de larga escala, a maior delas foi a Liga Hanseática que incluía comerciantes de cidades alemãs, com cerca de 80 cidades, entre elas Hamburgo e Dantzig.
Mapa mostrando os locais de atuação da Liga Hanseática.
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    CORPORAÇÕES
    Como o comércio cresceu, o artesanato também, as cidades estavam cheias de comerciantes e artesãos. Logo, essas duas categorias começaram a se organizar em corporações
Corporações de Ofício - Funcionamento e organização
Padeiro
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    A primeira era a Corporação de Mercadores ou Guildas: representava os comerciantes e tinha por objetivo garantir o monopólio do comércio e controlar os preços das mercadorias, podendo ser local ou regional.
Burguesia Medieval: Surgimento e Características - Cola da Web
Mercadores medievais em um burgo.
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    A segunda e a Corporação de Ofício ou Guildas de Artesãos: representava os artesãos e sua função era controlar a produção, juntamente com a qualidade dos produtos comercializados nas cidades, defender os interesses dos artesãos frente ao governo da cidade, além de garantir o monopólio de uma determinada atividade profissional.
O ofício de ourives, ourives, D. Manuel, prata, ouro, contrastarias, Rua do  Ouro, Rua da Prata, lojas de ouro, feiras onde vendiam ouro e prata,  escravos, aprendizes, Mestre
Ourives medievais.
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    A abertura de novas oficinas de produção só era permitida com a autorização da guilda responsável da cidade. O ensino da técnica de produção era monopólio dos mestres de oficio ou mestre artesão que era o proprietário de tudo, ferramentas, matéria-prima e do produto final.
Maçonaria e o Sistema de Corporações - Loja Maçônica Liberdade e Amor -  Cássia (MG)
Sapateiro medieval.
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    Abaixo do mestre, estavam os oficiais ou companheiros, ou seja, os trabalhadores contratados por um salário, depois dele vinha o aprendiz, que estava na base da escala hierárquica. Este último era subordinado ao mestre e estava trabalhando para aprender o ofício, por isso não era pagos por seu trabalho.
Gente do Medievo – O Difícil Cotidiano de um Ferreiro do Século XI. |  Medieval Imago
Ferreiros medievais
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RENASCIMENTO URBANO    
     Na época do feudalismo as cidades serviam apenas como centros religiosos e militares, além disso eram ligadas a um feudo e o crescimento das cidades só começou quando o comércio se expandiu. No começo a maioria das cidades eram cercadas por altas muralhas, formando assim um núcleo urbano, chamado burgo. 
Carcassone na França.
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    A partir do século XI, quando as cidades começaram a crescer, os burgueses se fortaleceram e a situação mudou, porque agora as cidades tinham ganhado prestígio econômico e poder.  Os burgueses começaram à procurar autonomia em relação ao feudo esse movimento de independência das cidades é chamado de Movimento Comunal.
Carcassonne , destino medieval na França | Passeios e Roteiros
Muralha de defesa medieval
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    O processo de emancipação das cidades ocorreu de duas formas: via pacífica indenizando o senhor feudal diante da concessão de autonomia da cidade por meio de uma Carta de Franquia ou pela via agressiva com o uso das armas diante de uma guerra.
Sociedade medieval, já com os mercadores, responsáveis pelo desenvolvimento do comércio.
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    As cidades independentes (as comunas) começaram a planejar uma forma de governo - com a eleição de prefeitos e magistrados - que se encarregava de administrar e defender tanto as cidades como seus interesses. Os burgueses de maior riqueza e poder ocupavam os principais cargos, elaboravam leis, controlavam os impostos, etc, logo a burguesia se aliaria aos reis para a formação dos Estados Nacionais Modernos.
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 UNIVERSIDADES
    Apesar de todas as mudanças, a Igreja Católica ainda exercia grande poder e a partir do século XII surgiram vários centros de estudos chamados de universidades, que na sua grande maioria tinham influência direta da Igreja. As principais áreas de estudo eram: teologia (filosofia), artes (ciências e letras), direito e medicina.
A UNIVERSIDADE MEDIEVAL
Universidade medieval.
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     Entre as primeiras universidades destacamos Bolonha (ITA), Paris (FRA), Oxford (ING), Cambridge (ING), Nápoles (ITA), Roma (ITA) e Coimbra (POR).
Manuscrito medieval mostrando uma reunião de doutores na Universidade de Paris.
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