Regimes Totalitários: Fascismo

  • Situação político-econômica da Europa 
  • Características básicas dos totalitarismos
  • Reino da Itália: situação pós-guerra e o surgimento do fascismo 
  • Mussolini no poder: Itália imperial

SITUAÇÃO POLÍTICO-ECONÔMICA DA EUROPA    
    Vários países saíram da Primeira Guerra Mundial destroçados economicamente, como o caso da derrotada Alemanha devido as exageradas cobranças de reparações no pós-guerra, mas também a vitoriosa Itália que gastou bastante, perdeu vidas e não teve retornos econômicos importantes com a vitória, esses países estavam em grave crise econômica, sendo terrenos férteis a ideologias.  
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Crianças brincando com papel-moeda alemão.
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    A Crise de 1929 favoreceu ainda mais os grupos totalitários, porque eles criticavam a economia capitalista e o sistema democrático, que na visão deles mostrou-se ultrapassado. Por outro lado e para desespero da burguesia ocorreu a consolidação do socialismo soviético sob comando Stalin, crescendo o número de simpatizantes da política socialista.
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CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DOS TOTALITARISMOS NAZI-FASCISTAS
  • Nacionalismo extremado
  • Militarismo da sociedade
  • Expansionismo territorial
  • Autoritarismo
  • Antiliberalismo
  • Anticomunismo
  • Anti-socialismo
  • Corporativismo
  • Racismo
  • Regime de partido único
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REINO DA ITÁLIA: SITUAÇÃO PÓS-GUERRA E O SURGIMENTO DO FASCISMO
    A Itália tinha lutado do lado da Triplice Entente, venceu a guerra, contudo teve 700 mil mortes, em torno de 500 mil feridos, além disso a Itália saiu do conflito devendo para bancos norte-americanos e ingleses.
Cédula de 1.000 liras italianas, viu-se grande desvalorização da moeda italiana em 1920-1921.
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    A Itália era uma monarquia constitucional, tendo o rei Vítor Emanuel III que nomeava com apoio do parlamento italiano um nome para o cargo de primeiro-ministro. Mas a grave situação econômica também afetou a estrutura política, levando a derrocada de quatro primeiros-ministros italianos entre junho de 1919 até outubro de 1922, enquanto isso o desemprego, inflação, fome e miséria aumentavam. 
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Rei italiano Vitor Emanuel III de 1900 até 1946.
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    Nas eleições de 1919 e 1921, a vitória coube ao PSI – Partido Socialista Italiano, mas o socialismo mesmo que por via democrática, não era bem vindo para grande parte da sociedade italiana, assim os socialistas não conseguiram formar nenhum governo. Em 1921, um grupo saiu do PSI e formou o PCd’I – Partido Comunista da Itália e outro grupo formou o PSU – Partido Socialista Unificado.
PSI – Partido Socialista Italiano

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PCd’I – Partido Comunista da Itália
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    Nesse momento, Benito Mussolini jornalista e escritor, além ex-combatente da Primeira Guerra e ex-socialista, funda em 1919 na cidade de Milão, os Fasci italiani di combattimento (Fasces Italianos de Combate) e seu grupo paramilitar, os Camisas Negras. Em novembro de 1921, era criado em Roma definitivamente o PNF – Partido Nacional Fascista, contando com 300 mil membros.
Símbolo do PNF – Partido Nacional Fascista.
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    Os fascistas era um movimento nacionalista extremado, antiliberal, anticomunista, anti-socialista que atuava por meio de uma organização paramilitar dotada de esquadrões armados, liderados por ex-oficiais e integrados até por membros da elite italiana.
Tropas fascistas nas portas de Roma durante a Marcha sobre Roma (1922).
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    A palavra fascismo é de origem romana e vem de “Fasci di Combattimento” (Esquadra de Combate). “Fascio”, em italiano, significa “feixe de varas”. O feixe de varas significava união, força e as varas unidas ilustravam o povo italiano, enquanto a machadinha ilustrava o poder do “Duce” (comandante) e a repressão.
Símbolo do Fascismo, o fasces lictoris símbolo de origem etrusca utilizada pelos romanos simbolizando a autoridade.
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    Desde o início o movimento fascista trocou o diálogo pela violência física, humilhando, intimidando e até matando seus adversários políticos. Eles atacavam representantes sindicalistas, políticos de partidos da esquerda, mas também políticos liberais, além é claro jornalistas e veículos de imprensa.
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Jornal criado por Mussolini em 1914, Il Popolo d'Italia (O Povo da Itália) era a voz oficial do fascismo.
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    Benito Mussolini parecia uma solução adequada para conter o avanço socialista nas urnas, acabar com a anarquia e defender a propriedade privada. Por isso contou com o apoio das classes altas, burguesia e grandes latifundiários da Itália, além de ter o apoio de ex-combatentes de guerra, desempregados e camponeses.
Durante a Marcha sobre Roma: Mussolini ao centro.
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    Aproveitando-se da crise, Mussolini liderou um movimento chamado de Marcha sobre Roma, em outubro de 1922, uma manifestação política fascista com 50 mil Camisas Negras para pressionar o rei italiano a nomear Mussolini como primeiro-ministro. O rei Vítor Emanuel III pressionado pelos fascistas, pela elite e com medo do socialismo/comunismo, nomeia Benito Mussolini primeiro-ministro da Itália.
A esquerda o rei Vítor Emmanuel III cumprimenta Mussolini em novembro de 1922.
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MUSSOLINI NO PODER: ITÁLIA IMPERIAL
    Nomeado pelo rei italiano, Benito Mussolini na primeira fase do seu governo (1922-1924), foi marcado pela existência de um parlamento italiano e da oposição. Mas Mussolini organizou ainda mais a estrutura das milicias fascistas, que amedrontavam e realizavam atentados a opositores buscando controlar a imprensa.
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  Benito Mussolini nos anos 1920. Ele foi primeiro-ministro italiano de 1922 até 1943.
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    Os camisas negras, foram transformados na MVSN - Milícia Voluntária para a Segurança Nacional uma organização paramilitar que foi fundamental para intimidar a oposição, que juntamente com fraudes levou a vitória esmagadora nas eleições parlamentares de 1924, quando o Partido Fascista conquistou 64% das cadeiras da Câmara dos Deputados.
Resultado das eleições de 1924, uma ampla vitória fascista.
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    Nas eleições de 1924 os socialistas foram derrotados de forma esmagadora, mas o líder do PSU – Partido Socialista Unitário, Giacomo Matteoti em discurso no parlamento denunciou com provas as fraudes eleitorais. Como represália Matteoti foi assassinado por pessoas favoráveis ao fascismo.
Deputado italiano Giacomo Matteoti (PSU)
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     Com a vitória nas eleições, inicia-se a segunda fase (1925-1943) quando é instalada a ditadura fascista, decretando as Leis Fascistíssimas (1925-1926):
  • Dissolução de todos os partidos, associações, deixando o Partido Fascista como o único partido admitido.
  • Controle de associações, sindicatos e proibição das greves.
  • O “Duce” (Mussolini) passa a decretar leis, sem necessidade a aprovação legislativa.
  • Nomeação de fascistas para cargos municipais e provinciais.
  • Criação da OVRA - Organização para a Vigilância e a Repressão do Antifascismo, uma polícia secreta de perseguição política.
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    Na economia o governo lançou as batalhas econômicas, buscando o aumento da produção agrícola e industrial, passando a interferir mais diretamente. Após a Crise de 1929, o governo fascista criou a IRI – Instituto pela Reconstrução Industrial investindo diretamente em setores considerados estratégicos.
Benito Mussolini durante a campanha da Batalha pelo Trigo.
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    Na questão trabalhista, Mussolini defendia o corporativismo, com o fim da luta de classes e uma associação entre patrões e operários tutelados pelo Estado. Em 1927, foi criada a Carta del Lavoro que estabelecia direitos e deveres e as relações entre trabalhador, empresários e o Estado. Os sindicatos eram mantidos sob controle do governo, passaram a ser proibidas as greves e definia os benefícios para o trabalhador.
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Carta do Trabalho, promulgada durante a Itália Fascista em 1927.
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   A educação e a propaganda foram setores bem importantes para o fascismo, destacaram-se lemas como “Crer, obedecer e combater” e “Tudo no Estado, nada contra o Estado, e nada fora do Estado”. Foram criadas organizações juvenis como meio de difundir o ideal fascista juntamente com a escola pública, além de livros, desfiles e a militarização do meio escolar.
O Duce “líder” italiano Benito Mussolini por volta de 1940.

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Lema fascista: "Crer, obedecer e combater".
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    Também na política interna aproxima-se da Igreja Católica por meio do Tratado de Latrão (1929), que concede à Igreja o estado do Vaticano e uma indenização de 2 bilhões de liras italianas. Na política externa, volta-se a conquista da Etiópia, aliando-se a Hitler, apoiando o general Francisco Franco na Espanha, além de assinar o tratado do Eixo Roma-Berlin e o Pacto de Aço.
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Mussolini (esq.) e a direta Hitler.
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Anos 1930 nos EUA: consequências da quebra e a recuperação econômica


  • Motivos que levaram a Crise de 1929
  • Consequências da crise econômica 
  • Saída da crise: Roosevelt e a New Deal

MOTIVOS QUE LEVARAM A CRISE DE 1929   
    Buscou-se entender o que deu de errado na economia dos EUA e resultou na quebra da Bolsa de Valores de Nova York, que teve como consequência a falência de empresas, deixando muitas pessoas na miséria.  
Desempregados fazem fila para receber comida de graça em restaurante público em Chicago em 1931, durante a recessão
Desempregados fazem fila para receber comida de graça em restaurante público em Chicago em 1931, durante a recessão.
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    Os principais motivos foram:
  • Recuperação da economia europeia.
  • Diminuição das exportações norte-americanas.
  • Concentração de riqueza e o restringido consumo.
  • Superprodução agrícola, diminuição do consumo e livre mercado.
  • Falta de regras no mercado de ações.
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Concentração de patrimônio nos EUA de 1913 até 2013.
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    Destacamos a superprodução, que está ligada a concentração de renda nas mãos de poucos e uma compressão dos salários o que diminuiu o poder de compra dos trabalhadores. Associado a isso nota-se um aumento da produção devido as novas tecnologias e a nível externo uma concorrência dos países europeus, resultado final: muita produção e redução no consumo.
Desempregados em uma fila à espera de receber alimento em Nova Iorque, em 1930
Fila para receber alimentos em Nova York (1930).
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    CONSEQUÊNCIAS DA CRISE ECONÔMICA
    Nos EUA, 85 mil empresas faliram e em torno de 5 mil empresas financeiras e bancos também fecharam. O resultado foram milhões de pessoas que pararam de pagar as prestações das compras realizadas durante a euforia econômica.
Parte da obra Califórnia: cenas industriais, obra de John Langley Howard. Drama dos trabalhadores que ficaram sem emprego após a Crise de 1929.
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    Assim ocorreu uma falta de investimento e o desemprego atingiu na faixa de 27% da população ativa norte-americana. Queda de 45% da produção industrial, queda de 60% na produção de aço e diminuição de 70% da indústria de automóveis. 
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Um investidor oferece seu carro por 100 dólares em dinheiro, pois perdeu tudo na Bolsa de Valores.
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    Para o mundo as consequências foram desastrosas:
  • Se alastrou pelo mundo, dando destaque a Europa.
  • Desemprego e medidas restritivas sobre o comércio e o capital.
  • Não pagamento de dívidas internacionais.
  • Países onde a democracia estava fragilizada, facilitou a formação ou consolidação de governos totalitários/autoritários.
Fascismo na Itália

Nazismo na Alemanha

Comunismo na União Soviética.
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    O comércio internacional reduziu 25% e a produção industrial sofreu uma queda de 39%. A América Latina que fornecia basicamente produtos agrícolas, sofreu grande impacto, porque os maiores compradores eram os EUA e a Europa em crise.
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A Argentina por exemplo, era conhecida pela exportação de carne bovina, por isso tinha em seu território vários frigoríficos de capital britânico.
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    O Brasil também sofreu impacto com a Crise de 1929, já que o café que era o principal produto de exportação brasileiro, correspondendo a quase 80% das exportações, tendo como grandes compradores os EUA e os países da Europa Ocidental que estavam em crise econômica. Politicamente a crise enfraqueceu o poder da República do Café com Leite (República Oligárquica) levando a Revolução de 1930.
Secagem do café em um terreiro na Fazenda Conceição, em São Pedro (SP) em 1909.
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    SAÍDA DA CRISE: ROOSEVELT E A NEW DEAL
    Nas eleições presidenciais norte-americanas de 1932, o presidente republicano Herbert Hoover buscou a reeleição, contudo sua política econômica (liberalismo econômico) defendia que as leis da oferta e da procura e o princípio da livre-iniciativa resolveriam a crise. Contudo a crise continuava com números estrondosos.
Charge criticando os efeitos de uma crise econômica.
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    Assim a oposição venceu, sendo eleito presidente dos EUA, Franklin Delano Roosevelt do Partido Democrata com 472 votos no Colégio Eleitoral, contra 59 votos do candidato republicano. Quando Roosevelt foi empossado no cargo em 1933, a crise econômica atingiu seu apogeu.
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Franklin D. Roosevelt, presidente dos EUA de 1933 até 1945.
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    Logo em 1933, o presidente Roosevelt lançou um plano de recuperação econômica chamado de New Deal (Novo Acordo), o plano elaborado por economistas estadunidenses inspirados na obra filosófica político-econômica do britânico John Maynard Keynes.
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Henry Morgenthau, Jr., secretário do Tesouro dos EUA (esq.) ao lado do economista John M. Keynes.
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    As principais ações do New Deal foram:
  • Intervenção do Estado nos setores econômico e financeiro.
  • O governo investiu 4 bilhões de dólares na construção de hidrelétricas, hospitais, escolas, portos, estradas, estádios, aeroportos e represas, etc.
Cartaz da WPA promovendo o projeto do Aeroporto LaGuardia (1937).
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  • Contratação de empregados pelo Estado com a criação de frentes de trabalho (obras públicas).
  • Criação de várias agências federais e de empresas estatais para desenvolver setores da economia dos EUA.
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Trabalhadores durante os anos 1930 construindo uma estrada.

A maior agência norte-americana foi a WPA em português Administração de Projetos de Trabalhos (1935-1943).
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  • Apoio aos pequenos proprietários agrícolas e aos empresários das indústrias.
  • Destruição de parte da produção agrícola e industrial para a recuperação dos preços.
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Poster da Administração do Ajuste Agrícola – “América tem bastante comida”.
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  • Limitação da produção industrial às necessidades reais dos consumidores.
  • Controle sobre os preços e da produção para evitar a superprodução na agricultura e na indústria. 
Criada em 1933, a NRA em português Administração de Recuperação Nacional, que tinha objetivo: reduzir a competição predatória e para ajudar os trabalhadores, com uma renda mínima e um máximo de horas de trabalho semanais. Essa agência foi considerada inconstitucional e extinta em 1935.
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  • Na questão trabalhista foi fixado um salário mínimo e ocorreu uma redução da jornada de trabalho para 35 ou 40 horas semanais, o objetivo foi abrir mais vagas de emprego.
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  Presidente Roosevelt ao centro assinando a Lei Nacional de Relações Trabalhistas de 1935.
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  • Criado o seguro desemprego, previdência social e seguro para pessoas acima de 65 anos.

Pôster de propaganda do Conselho da Previdência Social – “Mais segurança para a família americana”.
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  • A Lei Bancária de 1933, buscou garantir aos investidores os depósitos bancários do país, com rígida fiscalização sobre as instituições financeiras.
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   O objetivo das medidas era que a população novamente tivesse dinheiro para consumir, permitindo a retomada da produção e do consumo. Contudo, Roosevelt enfrentou forte resistência da classe empresarial liberal, mas os opositores diminuíram com o tempo, pois essas medidas ajudaram os EUA a sair da crise econômica.
Mapa da eleição presidencial dos EUA (1936), Franklin D. Roosevelt obteve 523 votos no Colégio Eleitoral contra apenas 08 votos do rival republicano.
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    As medidas da New Deal funcionaram, em 1934 a economia dos EUA cresceu 20% e Franklin Roosevelt se reelegeu presidente dos EUA em 1936, 1940 e 1944. As medidas intervencionistas na economia recuperam os EUA e acabaram sendo modelo adotado por vários países até os anos 1970, chamado também de capitalismo de bem-estar (Welfare State).
Bóton da candidatura de Roosevelt "For a New Deal", favorável a política econômica do governo.
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Anos 1920 nos EUA: do auge até a crise de 1929

  • EUA: maior nação capitalista do mundo
  • Prosperidade dos anos 1920
  • Problemas dos anos 1920
  • A Quebra (Crash) da Bolsa de Valores de Nova York

EUA: MAIOR NAÇÃO CAPITALISTA DO MUNDO   
    A Primeira Guerra Mundial foi economicamente vantajosa para os Estado Unidos, já que não teve conflito em seu próprio território, sendo o grande fornecedor de alimentos e produtos industrializados que necessitavam os aliados europeus. Assim, a produção industrial estadunidense cresceu muito durante esse período.
Bandeira dos Estados Unidos
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    De um país devedor, os EUA passaram a ser um país credor de vários países aliados, tendo a maior economia industrial do planeta, mais de 40% da produção de mercadorias do mundo. Na contramão desse otimismo vários países europeus sofriam com a alta inflação e um alto desemprego como Alemanha, Áustria, Itália, etc.
Centro de Nova York, ao centro Edifício Chrysler o mais alto do mundo entre 1930-1931.
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   PROSPERIDADE DOS ANOS 1920
    A produção agrícola por exemplo tendia a aumentar ainda mais, com a eletrificação rural e a mecanização no trabalho do campo.
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Fordson, trator fabricado em 1916.
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    Ainda nos anos 1920, os EUA eram um polo atrativo de imigrantes oriundos da Europa, principalmente britânicos, irlandeses, poloneses, alemães, italianos, etc. De 1820 até 1930, cerca de 33 milhões de pessoas desembarcaram nos portos estadunidenses, essa força de trabalho foi fundamental para o crescimento do país.
A revista de domingo do New York World apelou aos Imigrantes com esta página de capa de 1906 celebrando sua chegada à Ilha Ellis.
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   O progresso tecnológico e o crescimento da produção econômica levou parte da sociedade norte-americana a viver em clima de euforia. Nesse momento surgiu a ideia do American way of life, o estilo de vida estadunidense, caracterizado pelo consumo de inúmeros produtos, do automóvel aos eletrodomésticos. “Viver bem torna-se sinônimo de consumir sempre mais”. 
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Propaganda norte-americana.
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    Os pilares do desenvolvimento eram os rendimentos com a exportação, o aumento do consumo interno, que resultou em um maior crescimento industrial e também dos rendimentos das aplicações na Bolsa de Valores.
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Pregão na Bolsa de Valores de Nova York, nos anos 1920.
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    Ocorreu também uma revolução na produção industrial, denominado Taylorismo, criado pelo engenheiro Frederick Taylor que aprofundava a divisão do trabalho, criando a chamada linha de montagem (ou produção) onde cada trabalhador especializava-se em apenas uma parte do processo produtivo.
Frederick Taylor (1856-1915).
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    O Taylorismo ficou conhecido também de Fordismo, já que foi Henry Ford que introduziu com sucesso a ideia da linha de montagem para a produção de seus veículos, diminuindo o tempo gasto na produção de um produto.
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Linha de montagem da Ford dos anos 1920-1930.
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    Ford implementou outras novidades para época como a criação de vilas operárias para ter um maior controle e vigiar os trabalhadores. Até mesmo os empregados deveriam ser casados e não deviam ingerir bebidas alcoólicas. Henry Ford foi um dos grandes defensores da Lei Seca.
Henry Ford e o automóvel Ford T.
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    Várias empresas dos EUA começaram a seguir o Taylorismo/Fordismo e como consequência a esse controle rígido, várias greves e manifestações surgiram nos anos 1910-1920.
Desenho de 1922, do American Federationist (AFL). A legenda diz: Todo trabalhador organizado carrega um trabalhador desorganizado "amarrado às costas".

Federação Americana do Trabalho 
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    No campo dos direitos civis, as mulheres diante do cenário da Primeira Guerra Mundial conseguiram após muitos conflitos entrar no mercado de trabalho, o que fortaleceu sua posição social para conseguir uma reivindicação que vinha desde o século XIX, os direitos políticos. No ano de 1919 foi instituído o voto feminino nos Estados Unidos.
Desfile a favor do sufrágio feminino em Nova York, ano de 1912.
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PROBLEMAS NOS ANOS 1920
    Com base em uma sociedade conservadora socialmente, politicamente e economicamente muitos eram defensores da necessidade de impor restrições as bebidas alcoólicas, assim em 1918 o Congresso norte-americano aprovou a chamada Lei Seca que impedia a produção e comercialização de bebidas alcoólicas
Fiscalização e polícia jogando fora bebida alcoólica durante a Lei Seca.
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   Ao contrário do que se imaginava, a proibição levou a corrupção, violência e expansão do crime organizado, já que a atividade produtiva de bebidas alcoólicas passou para a mão de contrabandistas e mafiosos (gangsters). O mais conhecido foi Al Capone que liderou um grupo criminoso que geria atividades criminosas: apostas, agiotagem, prostituição e principalmente, comércio e contrabando de bebidas durante a era da Lei Seca. A Lei Seca foi revogada em 1933.
Foto de Al Capone preso pela polícia de Miami em 1930.
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    Outro grupo que ganhou espaço foi a KKK – Ku Klux Klan, a organização racista que era oriunda do século XIX, mas foi nessa segunda onda a partir de 1915 que ganhou força na sociedade estadunidense. Uma organização xenófoba baseada em um radicalismo racista, cristão, puritano e nacionalista.
A queima da cruz foi introduzida por William J. Simmons, o fundador da segunda Klan em 1915.
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    Estimativas levam a crer que 15% da população dos EUA ingressaram na KKK nos anos 1920, o movimento passou a perseguir líderes afro-americanos que lutavam por seus direitos, mas também teve ataques a imigrantes, judeus e comunistas. Na metade dos anos 1940, a KKK perdeu força.
Desfile da KKK em Washington em 1926.
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     A QUEBRA (CRASH) DA BOLSA DE VALORES DE NOVA YORK
    O boom econômico dos anos 1920 foi acompanhado por uma febre de especulação na Bolsa de Valores. A Bolsa de Valores de Nova York era o pulmão econômico do planeta, nesse período vários pequenos, médio e grandes investidores passaram a aplicar suas economias ou sobras em ações, já que as mesmas estavam se valorizando.
Nota de US$ 1,00, homenageando o primeiro presidente dos EUA, George Washington.
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    Contagiados pela febre do lucro fácil, muitos empresários especulavam aumentando artificialmente o preço das ações de suas empresas, estimulando com isso, uma corrida à Bolsa de Valores. A oferta de crédito incentiva ao endividamento para o consumo e para perspectiva de ganhos fáceis na Bolsa, nesse momento o mundo vivia o auge do liberalismo econômico.
Presidente dos EUA Herbert Hoover (1929-1933) do Partido Republicano.
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    Diante da inexistência de mecanismo de controle e fiscalização por parte do Estado, permitiu-se a grande especulação de ações na Bolsa de Valores. Até que, em um dado momento percebendo que o valor das suas ações tinha subido exageradamente, milhares de investidores começaram a vender suas ações.
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Desempenho da Bolsa de Valores de Nova York de 1927 até 1933.
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   Como não havia compradores em número suficiente, os preços desabaram no dia 24 de outubro de 1929, a Quinta Feira Negra. Os preços de várias ações viraram pó e deixaram os investidores sem nenhum dinheiro.
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Capa do jornal The Daily News.
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    A quebra (crash) da Bolsa de Valores de Nova York foi sentida por toda a sociedade norte-americana, porque seguiu nos dias seguintes com a falência de várias indústrias, bancos, etc. Sem emprego e sem seus investimentos, vários norte-americanos não conseguiam arcar com suas prestações (dívidas), era o fim do “sonho de vida americano”.
Multidão no American Union Bank (Nova York) durante uma corrida ao banco no início da Grande Depressão.
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