- No Brasil: primeiras descobertas
- Caçadores e coletores
- Agricultores: povos tupis
Como o surgimento e desenvolvimento da nossa espécie na África, os primeiros povoadores que chegaram a América tiveram duas hipóteses mais prováveis: a primeira delas atravessaram no norte da Ásia (Sibéria) para o Alasca pelo Estreito de Bering, que estava totalmente congelado e a segunda opção foi passagem de ilha em ilha (Polinésia) no Oceano Pacífico, que na época seu nível estava mais baixo. Isso ocorreu entre 10.000 a.C. e 15.000 a.C.  01 | ||
NO BRASIL: PRIMEIRAS DESCOBERTAS As pesquisas dirigidas pela arqueóloga brasileira Niedè Guidon em 1971, trouxeram ao conhecimento público, que no município em São Raimundo Nonato/PI, os homens pré-históricos habitavam regiões do Brasil há aproximadamente 50 mil anos atrás.
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Essas estimativas baseavam-se nos achados da região como a pintura rupestre encontrada na gruta do Boqueirão da Pedra Furada, “fogões pré-históricos”, junto a esses locais e pedaços de instrumentos de pedra lascada (facas, machados). Calcula-se que viviam em bando de caçadores e coletores, se refugiando nas grutas e dominavam o fogo.
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CAÇADORES E COLETORES Entre 11 mil até 6 mil anos atras, diversos povos pertencentes a diversas culturas espalharam-se pelo território do atual Brasil, vestígios arqueológicos indicam que eles ainda não praticavam a agricultura, mas viviam apenas da caça, pesca e coleta, para isso desenvolveram diversos instrumentos, o principal era o arco e flecha. 04 | ||
Ainda em 1840, o pesquisador dinamarquês Peter Wilhem Lund encontrou na gruta do Sumidouro, na região mineira de Lagoa Santa fósseis de 30 indivíduos pré-históricos entre crianças e adultos, com aproximadamente 11 mil anos de idade.
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O Homem de Lagoa Santa tinha estatura baixa e cabeça alongada e abrigava-se em grutas da região realizando pinturas rupestres de peixes, figuras humanas, aves, etc.
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Novamente em Lagoa Santa no ano de 1975 foi encontrado pela bioespeleóloga Lília Senna Horta um fóssil com aproximadamente 11.500 anos atrás, estudos revelam que o individuo tinha de 20 a 25 anos, eles também buscaram identificar se era um homem ou era uma mulher, muitos defendem que era um a mulher e por isso a batizaram de Luzia.
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Outros importantes sítios arqueológicos do Brasil são datados de 6 mil anos atrás e estão localizados na costa do Espirito Santo até o Rio Grande do Sul, eram povos seminômades que tinham características culturais ligadas ao ambiente que viviam, o litoral.  08 | ||
Deixaram como vestígios de sua presença os sambaquis, uma palavra de origem tupi que significa “monte de mariscos”. Os sambaquis são montes artificias onde esses povos foram depositando conchas de moluscos e restos de outros animais. Por esse motivo esses povos do litoral são lembrados como sambaquis.
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Os povos sambaquieiros costumavam também construir suas habitações em cima dessas conchas, eles enterravam os mortos com seus objetos pessoais, isso demostra que tinham uma preocupação religiosa ou crença relacionada a cerimônia fúnebre.
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Pesquisas sugerem que esses povos pré-históricos formavam aldeias de 150 habitantes, viviam da coleta, da caça e principalmente da pesca. Utilizavam instrumentos feitos de pedra (enfeites, facas, flechas e machados) e de ossos (arpões, agulhas e anzóis. Tinham domínio do fogo e assavam os alimentos.  11 | ||
AGRICULTORES: OS TUPIS Por volta de 4.000 anos atrás, alguns povos indígenas começaram a praticar a agricultura e a cerâmica, contudo esse processo não foi simultâneo em todas as aldeias. Destacamos o povo tupi que se expandiu e foi encontrado pelos portugueses na costa brasileira no século XVI.  12 | ||
O desenvolvimento da agricultura como principal atividade produtiva juntou-se com as atividades de coleta e de caça e diminuiu a mobilidade espacial, afetando as populações indígenas em tempos diferentes e dependendo da região em que viviam.
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A necessidade de cozinhar e armazenar alimentos levou a muitos povos confeccionar os primeiros utensílios cerâmicos como potes, vasos, panelas e tigelas. 14 | ||
A cultura tupi chegou até a atualidade devido relatos de muitos missionários, segundo eles os tupis praticavam a agricultura de subsistência cultivando mandioca, milho, batata-doce, feijão, amendoim, tabaco, pimenta, abacaxi, mamão, erva-mate, guaraná e muitas outras plantas, dependendo muito de cada região do Brasil.    15 | ||
A preparação do solo começava quando os homens abriam clareiras, derrubando arvores e limpando o terreno com queimadas, logo as mulheres se dedicavam ao plantio. Mesmo agricultores os povos tupis não se fixavam permanentemente e ocorriam mudanças de lugar devido ao desgaste do solo, diminuição de animais para caça, disputas internas, etc.  16 | ||
Apesar de certa unidade linguística e cultural, os tupis não formaram uma única sociedade, frequentemente eram também tribos rivais recebendo várias denominações: tupinambás, tupiniquins, guaranis, caetés, potiguares, etc. A guerra era muito importante além disso algumas aldeias praticavam a antropofagia em rituais com prisioneiros de guerra.
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Além dos alimentos, a cultura indígena deixou como herança até hoje: plantas medicinais (copaíba – cicatrizante, quinino – antimalárico, etc), objetos e utensílios (rede de dormir, jangada, canoa, armadilhas de caça e pesca, etc) e técnicas (cerâmicas, preparo da farinha mandioca e de milho, etc).
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A língua tupi foi importante na formação do Brasil, formando a chamada “língua brasílica” que depois de modificações passou a ser chamada de “língua geral” muito utilizada no interior do Brasil, longe dos grandes centros. Essa língua foi proibida em 1758 por Marquês de Pombal e a língua portuguesa passou a ser a única que devia ser utilizada.  19 | ||
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