- Inconfidência ou Conjuração
- Inconfidência Mineira ou Conjuração Mineira (1789)
- Conjuração Carioca (1794)
- Conjuração Baiana (1798)
- Conspiração dos Suassunas (1801)
INCONFIDÊNCIA OU CONJURAÇÃO 01 | ||
INCONFIDÊNCIA MINEIRA OU CONJURAÇÃO MINEIRA (1789) A região mineradora já estava em decadência e muitos membros da sociedade mineradora estavam descontentes com o controle rígido da Coroa portuguesa. Em 1788, tomou posse o novo governador português de Minas Gerais, Luís António Furtado de Castro do Rio de Mendonça e Faro, o Visconde de Barbacena tendo objetivo a cobrança de impostos atrasados de uma vez só, ou seja, a decretação de uma derrama.
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Nesse momento a situação em Minas Gerais era tensa, já que muitos mineradores ou contratadores deviam uma grande soma de impostos para a Real Fazenda e os responsáveis pela fiscalização pouco tinham feito até então, mas com a chegada do novo governador, as coisas podiam mudar.
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Acontecimentos do século XVIII como a expansão dos ideais Iluministas e a Independência dos EUA, levaram a vários homens, muitos formados na Universidade de Coimbra, a formar grupos para debater a situação do Brasil Colônia. Se destacou o grupo de Vila Rica (atual Ouro Preto) composto por intelectuais, grandes comerciantes, mineradores, membros da administração e do clero.
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Os principais membros do grupo de Vila Rica foram:
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Os integrantes do grupo debateram alguns planos que incluía:
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Nenhuma intenção foi escrita, para não configurar prova de traição e todos deveriam negar a existência desses planos, caso fossem presos. Em relação a participação popular ficou em segundo plano e a questão da escravidão não havia consenso entre os membros do movimento da necessidade da abolição da escravidão.
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Mas o movimento se desencadearia quando começasse a derrama, contudo os inconfidentes foram denunciados pelo coronel Joaquim Silvério dos Reis ao governador de Minas Gerais, o Visconde de Barbacena. Informado sobre a trama dos Inconfidentes, o governador português suspendeu a derrama e organizou rapidamente as tropas para prender os envolvidos.
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O objetivo de Silvério dos Reis foi conseguir o perdão para suas dívidas junto a Fazenda Real, o que ele obteve e ainda ganhou um cargo no Rio de Janeiro, contudo ele sofreu atentados durante o resto da vida. O restante dos inconfidentes, foram presos e os processos correram até por volta de 1791.
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No final, a penalidade foi duríssima, os 11 réus foram condenados à morte pela forca e outros 7 réus ao desterro (exílio) na África. Mas no ano seguinte, a rainha D. Maria I modificou as penas e 17 réus passaram a ter como pena o degredo perpétuo, mas apenas Tiradentes teve sua pena de morte mantida. Isso deveu-se a ele divulgar abertamente suas ideais, mantendo-se fiel as suas crenças, apesar de não ser o principal líder do movimento.
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No dia 21 de abril de 1792, Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, foi executado na forca na cidade do Rio de Janeiro e depois ele foi esquartejado, a cabeça foi exposta em Vila Rica e as demais partes foram fixadas no caminho do Rio de Janeiro até Vila Rica.
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CONJURAÇÃO CARIOCA (1794) Foi um movimento que ocorreu no Rio de Janeiro, mas ficou basicamente no campo das ideias, já que os membros se reuniam em torno da Sociedade Literária do Rio de Janeiro fundada em 1786. Os intelectuais discutiam assuntos filosóficos e políticos, baseados nos ideais iluministas da Revolução Francesa.
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O vice-rei português do Brasil, José Luís de Castro, Conde de Resende, com medo dos ideais políticos e filosóficos desses intelectuais, extinguiu a Sociedade Literária em 1794. Vários de seus membros da sociedade foram presos acusados pelo crime de conjuração, com destaque para Manuel Inácio de Souza Alvarenga (professor e poeta), mas sem provas todos foram liberados.
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CONJURAÇÃO BAIANA (1798) Em 1798, foi a vez de Salvador na Bahia sediar outro movimento com ideais separatistas, a Conjuração Baiana que também é conhecida como Conjuração ou Revolução dos Alfaiates e até de Revolta de Búzios, já que o movimento teve pouca adesão entre membros da elite, mas a maioria eram pessoas pobres letradas, padres, pequenos comerciantes, escravos e ex-escravos. O movimento chegou a elaborar uma bandeira.
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Os motivos principais eram: o abandono da região da Bahia após a mudança da capital para o Rio de Janeiro, falta de abastecimento e o elevado preço das mercadorias. A revolta teve grande influência de ideias Iluministas, que ganharam força com a Revolução Francesa, da independência dos Estados Unidos e do Haiti. Membros da loja maçônica Cavaleiros da Luz sediada em Salvador também debatiam o tema sobre a independência.
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As principais lideranças foram Cipriano Barata médico dos pobres, o padre Agostinho Gomes, os alfaiates Manuel Faustino, João de Deus e os soldados Luís Gonzaga e Lucas Dantas. Assim em 12 de agosto de 1798 foram colados panfletos em diversos locais proclamando a República Bahiense, abolição da escravatura, diminuição de impostos, abertura dos portos, fim do preconceito racial e aumento salarial.
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O movimento assustou a elite baiana e o governo português na Bahia reprimiu de forma violenta o conflito, acrescido a isso o ferreiro José da Veiga delatou os integrantes da conjuração. No fim em torno de 50 pessoas foram presas, mas em 1799 apenas lideranças populares foram condenadas à morte pela forca: Lucas Dantas, Luiz Gonzaga, Manuel Faustino dos Santos e João de Deus. 18 | ||
CONSPIRAÇÃO DOS SUASSUNAS (1801) Novamente sob as ideias Iluministas e da Revolução Francesa, foi formado em Olinda/PE, o Areópago de Itambé uma loja maçônica onde os debates evoluíram para uma conjuração contra o domínio português no Brasil. A ideia era a independência e a formação de uma república em Pernambuco, sob tutela de Napoleão Bonaparte.
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Integravam o grupo os irmãos Cavalcanti – Luís Francisco de Paula, José Francisco de Paula Cavalcanti de Albuquerque. Um membro do grupo delatou o movimento em 1801, resultando na prisão dos envolvidos e o Areópago foi extinto. Mas no final, pela falta de provas todos foram liberados. A chama revolucionária voltaria com a Revolução Pernambucana em 1817 (estudaremos mais adiante). 20 |
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