Brasil Pré-Colonial ou Brasil Colonial (1500-1530)

 

  • Portugueses explorando o território
  • Exploração da madeira pau-brasil

PORTUGUESES EXPLORANDO O TERRITÓRIO    
    Quando da chegada dos portugueses ao Brasil em 22 de abril de 1500, os conquistadores liderados por Pedro Álvares Cabral deram nome ao local que encontraram de Ilha de Vera Cruz.
http://www.banknote.ws/COLLECTION/countries/AME/BRA/BRA0156co.jpg
Pedro Alvares Cabral homenageado na cédula de 1.000 cruzeiros que circulou de 1953-1959.
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    Mas logo, os portugueses viram que não era uma simples ilha, assim foi renomeada de Terra de Santa Cruz, mas o nome que pegou mesmo foi Brasil, devido a madeira (pau-brasil) que existia em abundância na nossa costa.
Cruz da Ordem de Cristo, ordem militar e religiosa administrada por nobres portugueses e símbolo da expansão colonial portuguesa no século XVI.
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    Inicialmente os portugueses lançaram a expedições policiadoras ou expedições guarda-costas, a primeira partiu de Lisboa em 1501 sob o comando de Gaspar de Lemos, um dos tripulantes era Américo Vespúcio, essa  expedição percorreu o litoral e encontrou uma grande quantidade de pau-brasil.
Pin em História de Portugal
Caravelas portuguesas.
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    A segunda expedição partiu em 1503, sob comando de Gonçalo Coelho.  Nesse momento o rei de Portugal D. Manuel I, assinou um contrato com ricos comerciantes portugueses para a exploração de pau-brasil, criando as primeiras feitorias.
Américo Vespúcio foi o primeiro a demonstrar que o Brasil e as Índias Ocidentais não representavam regiões periféricas do leste da Ásia
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    As feitorias eram entrepostos comerciais na costa brasileira, inicialmente era uma simples casa com pouca infraestrutura, mas com o tempo contaram com estruturas militares, acolhimento e manutenção de navios, armazéns, capelas, etc. 
Arte dos mapas mostra transformações do Brasil colonial aos dias de hoje |  Agência de Notícias | IBGE
Parte do mapa, em destaque o Brasil.
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    Nos anos 1520, obtém destaque as expedições policiadoras comandadas pelo navegador português Cristovão Jacques chegando a entrar em confronto com embarcações francesas, que estavam na costa brasileira explorando a madeira pau-brasil.
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EXPLORAÇÃO DA MADEIRA PAU-BRASIL
    A árvore pau-brasil que deu nome ao nosso país era conhecido pelos indígenas com uma variedade de nomes, oriundo do tupi o mais conhecido é ibirapitanga, derivados dos termos tupis ïbi'rá (pau) e pi'tãga (vermelho).
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/b/b4/Brazilwoodriobotanicgarden.jpg
Pau-brasil

Por que o pau-brasil se chama pau-brasil? | Super
Madeira da árvore pau-brasil.
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    O pau-brasil tinha em torno de 15 metros de altura, existindo árvores de aproximadamente 300 anos. Há registros de árvores podiam atingir 30 metros ou mais.  Essa árvore já era conhecida pelo países europeus desde a Idade Média, levada para a Europa no comércio com a Ásia.
Economia-Brasil Colonia
Tintura vermelha retirada da árvore pau-brasil.
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    A árvore ganhou importância para os portugueses por conta da sua madeira, que poderia ser utilizada na construção de inúmeros objetos (como móveis e caixas), já a resina da madeira era utilizada para produzir um corante vermelho utilizado para tingir tecidos.
3 de maio: “DIA NACIONAL DO PAU-BRASIL” | Colégio Amadeus - Educação para a  vida.
  Em 1978 foi o pau-brasil passou a ser a Árvore Nacional do Brasil.
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    A área onde tinha maior ocorrência da árvore pau-brasil era em uma extensa faixa litorânea que abrigava a Mata Atlântica.
Ameaças a mata atlantoca | Biomas, Bioma brasileiro, Desmatamento na  amazonia
Mata Atlântica em 1500 e 2014, a exploração levou a quase extinção do pau-brasil.
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    Ocorreu nesse momento o que chamamos de extrativismo, naquela época uma busca por um determinado produto na natureza, sem a conscientização que ele podia se extinguir. Não havia a preocupação do replantio ou um corte mantendo as árvores mais jovens, visando manter a espécie. 
9 curiosidades sobre o pau-brasil, a árvore que dá nome ao nosso país -  Mega Curioso
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    A mão de obra indígena foi que cortou, transportou e carregou nos navios as toras de pau-brasil.
Enterrem o Meu Coração na Curva do Rio Maracanã: Indígenas: Os ...
Indígenas e a exploração da árvore pau-brasil.
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     Os portugueses instalaram algumas feitorias ao longo da costa brasileira e por meio do escambo (troca de mercadorias), os portugueses ofertavam facas, anzóis, machados, tesouras, espelhos, agulhas, etc, em troca do serviço de extração de toras de pau-brasil por parte dos indígenas. 
Primeiro contato com os índios – Segundo IST
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    Para a exploração de pau-brasil, o governo de Portugal concedia o direito a comerciantes interessados nesse comércio, em troca cobrava um imposto chamado “quinto”, ou seja, 20% do pau-brasil extraído ficava para a Coroa portuguesa.
Concurso Brasileiro de Enredos: Enredo 11- O Carnaval Tributário – A Folia  dos Tributos
Cobrança de impostos
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    Essa atividade de exploração do pau-brasil passou a ser monopolizada pelo rei português, gerando grande lucro para a Coroa portuguesa, esse controle foi chamado de estanco. Mas o rei passou a arrendar esse privilégio para particulares, como Fernando de Noronha, primeiro contratante em 1502.
Fernão de Noronha (Fernando de Noronha) ou Fernão de Loronha, cristão-novo português, rico comerciante.
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    Um exemplo dessa exploração foi a viagem da nau Bretoa em 1511, na região de Cabo Frio onde existia uma feitoria, o lucro da viagem foi extraordinário, a embarcação levou para Portugal cinco mil toras de pau-brasil, em torno de 100 toneladas.
INSTRUMENTOS NÁUTICOS | Descobrimentos portugueses, Descobrimento ...
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    Essa madeira trouxe os franceses, que por meio de feitorias estabelecidas ao longo da costa brasileira também exploraram o pau-brasil.
Família de índios do Brasil imagem do livro História de uma viagem feita a terra do Brasil de 1611, do escritor Jean de Lery que veio até a França Antártica.
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    Segundo o relato do francês Jean de Léry em seu livro de 1558, os indígenas não entendiam por que os brancos (europeus) precisavam levar tanta madeira, segundo a dúvida de um índio, “Seria para leva-la a algum deus?”. O branco explicou que a madeira seria levada para um homem do outro lado do oceano. Esse homem ia fazer tinta com ela para tingir muitos tecidos e depois vendê-los. O índio, porém, não entendeu para que vender tanto tecido e acumular tantos bens. "Esse homem não morre?" Indagou novamente o índio.
O Tupinambás na obra de Hans Staden no século XVI.
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    O branco respondeu que sim, morria, mas que acumulava bens para deixá-los aos seus descendentes. O índio então concluiu, perplexo: "Sois grandes loucos [...] trabalhais tanto para amontoar riquezas para vossos filhos ou para aqueles que vos sobrevivem! Não será a terra que os nutriu suficiente para alientá-los também? Temos pais, mães e filhos a quem amamos; mas estamos certos de que, depois de nossa morte, a terra que nos nutriu também os nutrirá, por isso descansamos sem maiores cuidados".
A Sabedoria indígena | Wicca & Bruxaria Amino
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Atlas Miller – Wikipédia, a enciclopédia livre
"Terra Brasilis", 1519, mapa por Pedro Reinel e Lopo Homem, Atlas Miller.
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