- Portugueses explorando o território
- Exploração da madeira pau-brasil
PORTUGUESES EXPLORANDO O TERRITÓRIO Quando da chegada dos portugueses ao Brasil em 22 de abril de 1500, os conquistadores liderados por Pedro Álvares Cabral deram nome ao local que encontraram de Ilha de Vera Cruz.
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Mas logo, os portugueses viram que não era uma simples ilha, assim foi renomeada de Terra de Santa Cruz, mas o nome que pegou mesmo foi Brasil, devido a madeira (pau-brasil) que existia em abundância na nossa costa.
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Inicialmente os portugueses lançaram a expedições policiadoras ou expedições guarda-costas, a primeira partiu de Lisboa em 1501 sob o comando de Gaspar de Lemos, um dos tripulantes era Américo Vespúcio, essa expedição percorreu o litoral e encontrou uma grande quantidade de pau-brasil.
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A segunda expedição partiu em 1503, sob comando de Gonçalo Coelho. Nesse momento o rei de Portugal D. Manuel I, assinou um contrato com ricos comerciantes portugueses para a exploração de pau-brasil, criando as primeiras feitorias.
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As feitorias eram entrepostos comerciais na costa brasileira, inicialmente era uma simples casa com pouca infraestrutura, mas com o tempo contaram com estruturas militares, acolhimento e manutenção de navios, armazéns, capelas, etc.
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Nos anos 1520, obtém destaque as expedições policiadoras comandadas pelo navegador português Cristovão Jacques chegando a entrar em confronto com embarcações francesas, que estavam na costa brasileira explorando a madeira pau-brasil. 06 | ||||
EXPLORAÇÃO DA MADEIRA PAU-BRASIL A árvore pau-brasil que deu nome ao nosso país era conhecido pelos indígenas com uma variedade de nomes, oriundo do tupi o mais conhecido é ibirapitanga, derivados dos termos tupis ïbi'rá (pau) e pi'tãga (vermelho).
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O pau-brasil tinha em torno de 15 metros de altura, existindo árvores de aproximadamente 300 anos. Há registros de árvores podiam atingir 30 metros ou mais. Essa árvore já era conhecida pelo países europeus desde a Idade Média, levada para a Europa no comércio com a Ásia.
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A árvore ganhou importância para os portugueses por conta da sua madeira, que poderia ser utilizada na construção de inúmeros objetos (como móveis e caixas), já a resina da madeira era utilizada para produzir um corante vermelho utilizado para tingir tecidos.
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A área onde tinha maior ocorrência da árvore pau-brasil era em uma extensa faixa litorânea que abrigava a Mata Atlântica.
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Ocorreu nesse momento o que chamamos de extrativismo, naquela época uma busca por um determinado produto na natureza, sem a conscientização que ele podia se extinguir. Não havia a preocupação do replantio ou um corte mantendo as árvores mais jovens, visando manter a espécie. 11 | ||
A mão de obra indígena foi que cortou, transportou e carregou nos navios as toras de pau-brasil.
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Os portugueses instalaram algumas feitorias ao longo da costa brasileira e por meio do escambo (troca de mercadorias), os portugueses ofertavam facas, anzóis, machados, tesouras, espelhos, agulhas, etc, em troca do serviço de extração de toras de pau-brasil por parte dos indígenas. 13 | ||
Para a exploração de pau-brasil, o governo de Portugal concedia o direito a comerciantes interessados nesse comércio, em troca cobrava um imposto chamado “quinto”, ou seja, 20% do pau-brasil extraído ficava para a Coroa portuguesa.
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Essa atividade de exploração do pau-brasil passou a ser monopolizada pelo rei português, gerando grande lucro para a Coroa portuguesa, esse controle foi chamado de estanco. Mas o rei passou a arrendar esse privilégio para particulares, como Fernando de Noronha, primeiro contratante em 1502.
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Um exemplo dessa exploração foi a viagem da nau Bretoa em 1511, na região de Cabo Frio onde existia uma feitoria, o lucro da viagem foi extraordinário, a embarcação levou para Portugal cinco mil toras de pau-brasil, em torno de 100 toneladas. 16 | ||
Essa madeira trouxe os franceses, que por meio de feitorias estabelecidas ao longo da costa brasileira também exploraram o pau-brasil.
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Segundo o relato do francês Jean de Léry em seu livro de 1558, os indígenas não entendiam por que os brancos (europeus) precisavam levar tanta madeira, segundo a dúvida de um índio, “Seria para leva-la a algum deus?”. O branco explicou que a madeira seria levada para um homem do outro lado do oceano. Esse homem ia fazer tinta com ela para tingir muitos tecidos e depois vendê-los. O índio, porém, não entendeu para que vender tanto tecido e acumular tantos bens. "Esse homem não morre?" Indagou novamente o índio.
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O branco respondeu que sim, morria, mas que acumulava bens para deixá-los aos seus descendentes. O índio então concluiu, perplexo: "Sois grandes loucos [...] trabalhais tanto para amontoar riquezas para vossos filhos ou para aqueles que vos sobrevivem! Não será a terra que os nutriu suficiente para alientá-los também? Temos pais, mães e filhos a quem amamos; mas estamos certos de que, depois de nossa morte, a terra que nos nutriu também os nutrirá, por isso descansamos sem maiores cuidados". 19 | ||
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