- Eleição presidencial de 1989
- Governo Fernando Collor (1990-1992)
- Governo Itamar Franco (1992-1994)
ELEIÇÃO PRESIDENCIAL DE 1989 Com a redemocratização do Brasil, a eleição presidencial de 1989 marcou a volta da eleição direta para presidente da República, a última eleição nesse formato para presidente tinha ocorrido em 1960. Na eleição de 1989 candidataram-se 23 pessoas ao cargo de presidente do Brasil.
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A maioria dos partidos queria se firmar no cenário nacional, os principais candidatos foram:
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Quem despontou na liderança das pesquisas foi Fernando Collor de Mello conhecido por ser o “Caçador de Marajás” em alusão a altos funcionários públicos que ele combateu estrategicamente no estado de Alagoas. Passou uma visão de jovem, dinâmico e capaz de moralizar e modernizar o Brasil. Em segundo lugar estava Lula do PT - Partido dos Trabalhadores que apesar de grande apelo popular era visto por certos setores como radical, principalmente pelos latifundiários devido ao apoio na época a reforma agrária.
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GOVERNO FERNANDO COLLOR (1990-1992) Fernando Collor de Mello, deputado federal e governador de Alagoas pelo PMDB. Migrou para o inexpressivo PRN – Partido da Reconstrução Nacional para se candidatar a presidente, no primeiro turno ficou em primeiro lugar com 30% dos votos, vencendo a eleição no segundo turno com 53% dos votos, contra Lula/PT que obteve 46,9% dos votos válidos.
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Em 16 de março de 1990, dia seguinte à posse, o presidente Fernando Collor juntamente com a ministra da Fazenda Zélia Cardoso de Mello lançou um novo plano econômico para conter a hiperinflação, o Plano Brasil Novo, que ficou conhecido como Plano Collor.
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Destacamos as principais medidas do Plano Collor:
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O objetivo era estabilizar a economia retirando o dinheiro do mercado, contudo várias pessoas da noite para o dia ficaram sem suas reservas que possuíam nos bancos, nos anos seguintes seguiu-se várias disputas judiciais levando a indenizações as pessoas lesadas com o confisco das poupanças do Governo Collor.
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O plano causou um tremendo impacto, com pouco dinheiro no mercado, os preços desabaram, ocorreu uma queda brusca no consumo e nas vendas, várias empresas entraram em falência e a perda do poder aquisitivo dos salários, demissões e desemprego agravaram a situação dos trabalhadores. Mas a inflação continuou, em 1990 a inflação anual chegou a 1.476,5%.
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Ainda foram implementados novos choques na economia, como o Plano Collor 2 (1991) com novo congelamento de preços, aumento na taxa de juros e redução de tarifas de importação, além de buscar um empréstimo junto ao FMI – Fundo Monetário Internacional, mas as taxas inflação continuaram altas.
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Com a assinatura do Tratado de Assunção em março de 1991 é criado o Mercosul – Mercado Comum do Sul formado por Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai com objetivo de livre circulação de bens e serviços, eliminação de tarifas aduaneiras, alíquota externa comum, políticas macroeconômicas unificadas, etc.
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Além do fracasso político-econômico para tentar conter a inflação, em maio de 1992 seu irmão Pedro Collor deu uma entrevista denunciando o Esquema PC Farias, onde o tesoureiro da campanha de Fernando Collor a presidência, Paulo Cesar Farias (PC Farias) foi acusado de chefiar um esquema de corrupção onde arrecadava-se dinheiro de empresas beneficiadas em contratos com o governo, o dinheiro pagava as despesas pessoais do presidente Collor.
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O Congresso Nacional formou uma CPI – Comissão Parlamentar de Inquérito para averiguar as denúncias. Nas ruas cresceram rapidamente manifestações contra o presidente, o movimento estudantil teve protagonismo vestindo-se de preto e os rostos pintados nas cores da bandeira, o movimento dos “caras-pintadas” passou a exigir o impeachment do presidente Fernando Collor.
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Sem apoio político, em setembro de 1992 a Câmara dos Deputados aprovou o afastamento do presidente Collor até o que o Senado julgasse o caso, mas em dezembro Collor renunciou ao cargo de presidente da República com objetivo de não perder seus direitos políticos, contudo o Senado deu continuidade ao processo e Collor sofreu mesmo assim o impeachment, sendo condenado por crime de responsabilidade e teve seus direitos políticos suspensos por oito anos.
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GOVERNO ITAMAR FRANCO (1992-1994) Itamar Franco, mineiro, chegando ao posto de senador entre (1975-1990) sendo filiado ao PMDB, mas em 1988 uniu-se a Fernando Collor e ao PRN para ser candidato a vice-presidente do Brasil. Com a crise política de 1992 que levou ao impeachment de Collor, Itamar Franco politicamente voltou para o PMDB e assumiu de forma definitiva o cargo de presidente da República em dezembro de 1992.
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Em um momento de instabilidade econômica (alta inflação), o governo Itamar lança incentivos fiscais para a produção de carros populares reduzindo para 0,1% o IPI - Imposto sobre Produtos Industrializados, sendo que o motor do veículo não poderia ter mais que 1.000 cm³. Assim surgiram o Uno Mille, Gol 1000, Escort Hobby, etc. Itamar Franco chegou a incentivar o relançamento do Fusca, que voltou a ser produzido de 1993 até 1996.
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Em abril de 1993, como o previsto na Constituição de 1988, realizou-se o plebiscito sobre a forma e o sistema de governo no Brasil, onde os eleitores deviam escolher entre Monarquia e República (formas de governo) e entre Presidencialismo e Parlamentarismo (sistemas de governo). Com 66% dos votos a República venceu e o Presidencialismo foi a escolha de 55% dos votantes.
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Na economia, o governo Itamar teve vários ministros da Fazenda entre 1992-1993, até uma troca de moeda onde o Cruzeiro era substituído pelo Cruzeiro Real (Cr$ 1.000 = CR$ 1,00). A situação vai mudar em maio de 1993, quando assumiu o comando do ministério da Fazenda Fernando Henrique Cardoso, contudo a inflação anual daquele ano chegou a 2.780,6%, foi nesse contexto que foi lançado o Plano Real.
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As principais características do Plano Real foram:
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Em 1º de julho de 1994 entra a segunda fase do Plano Real, implantado pelo ministro da Fazenda Rubens Ricupero, quando foi instituída a nova moeda forte do Brasil, o Real, sendo que 1 real equivalia a 2.750 cruzeiros reais. A nova moeda foi atrelada o dólar (R$ 1,00 = $ 1,00) era o fim da alta constante e acelerada dos preços, a inflação de julho a dezembro de 1994 ficou em torno de 20%.
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