- Governo Floriano Peixoto (1891-1894)
- Segunda Revolta da Armada (1893-1894)
- Revolução Federalista (1893-1895)
- Término da República da Espada
GOVERNO FLORIANO PEIXOTO (1891-1894) Floriano Peixoto, militar alagoano, participou da Guerra do Paraguai (1864-1870). Foi indicado ainda no Império como presidente da província do Mato Grosso e ministro da Guerra durante o governo provisório de Deodoro da Fonseca. Foi eleito vice-presidente pela chapa de oposição a Deodoro, e chegou ao poder depois da renúncia do presidente da República.
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O presidente Floriano busca garantir o apoio político convidando membros do PRP – Partido Republicano Paulista, para compor o governo e ao mesmo tempo determina ações visando apoio entre as camadas mais populares.
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Adota leis protecionistas, visando a proteção a indústria nacional que pouco consegue se desenvolver. Além disso, conteve a inflação, reduzindo o preço dos alugueis e tabelou o preço de produtos básicos como o pão, feijão, etc.
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Realiza algumas reformas urbanas na capital, destruindo antigos cortiços e construindo casas populares.
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Mas a Constituição de 1891 previa que se ocorresse a renúncia do presidente da República antes de dois anos de mandado (Deodoro renunciou com 09 meses), seria obrigatória a convocação de novas eleições presidenciais. Mas o presidente Floriano Peixoto não convocou eleições e se manteve no cargo, contudo começou a sofrer grande oposição.
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A campanha “antiflorianista” cresce, em março de 1892 surge o Manifesto dos 13 Generais, nesse documento pediam novas eleições, o presidente Floriano não dá importância ao movimento e afasta os signatários do manifesto, alguns líderes são presos. No Congresso Nacional inicia um debate sobre o tema, e o presidente destaca que “Vão discutindo que eu vou mandando prender”.
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Com a agitação política que se seguiu, iniciou-se a Segunda Revolta da Armada (1893-1894) na capital Rio de Janeiro e no sul do país a Revolução Federalista (1893-1895).
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SEGUNDA REVOLTA DA ARMADA (1893-1894) Após o Manifesto dos Generais, um grupo organiza-se para deflagar uma revolta, que inicia-se em 1893, era a Segunda Revolta da Armada liderada pelos almirantes: Custódio de Melo, Saldanha da Gama e ainda teve a participação do almirante Eduardo Wandenkolk. O objetivo do movimento era forçar a convocação para novas eleições presidenciais, seguindo a Constituição da época.
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Os revoltosos ameaçaram bombardear pontos estratégicos da capital Rio de Janeiro. O presidente Floriano resiste com apoio do Exército e do PRP – Partido Repúblicano Paulista.
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Rapidamente o governo federal envia um representante aos EUA, que conseguiu financiar e adquirir uma esquadra, contratando mercenários para contrapor os revoltosos, foi a chamada “Esquadra Flint”.
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Com o equilíbrio de forças no mar e sem apoio em terra, a Segunda Revolta da Armada é derrotada e é desmobilizada em março de 1894, os últimos revoltosos fugiram para Desterro (capital catarinense) onde se juntaram a Revolução Federalista.
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REVOLUÇÃO FEDERALISTA (1893-1895) No início do Brasil República, ocorram pelo país várias mudanças políticas, no Rio Grande do Sul a disputa política levou ao fortalecimento do PRR – Partido Republicano Rio-Grandense liderado por Júlio de Castilhos, que venceu as primeiras eleições em 1891, mas a instabilidade política continua e o Rio Grande do Sul tem sete trocas de poder entre 1891 a 1893.
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Em 1893, Júlio de Castilhos (PRR) vence a eleição para governador do Rio Grande do Sul. Diante do fato, a oposição não aceita o resultado e o partido denominado de Partido Federalista liderado por Gaspar da Silveira Martins inicia uma revolta violenta contra o governador eleito, a chamada Revolução Federalista, que exigia a renúncia de Júlio de Castilhos, alegando fraude no pleito eleitoral.
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De um lado, o governador (presidente) do estado Júlio de Castilhos que recebeu o apoio do presidente Floriano Peixoto, esse grupo era chamado de castilhista ou pica-paus e utilizavam o lenço branco. A oposição liderada por Silveira Martins (Federalistas) era apoiada por Gumercindo Saraiva que organizou os rebeldes a partir do Uruguai, eles eram chamados de maragatos e utilizavam o lenço vermelho.
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A guerra civil chegou até a fronteira do estado de São Paulo, contudo os federalistas não conseguiram manter a ofensiva e tiveram que recuar. Tivemos uma batalha na região, a Batalha do Pulador (1894), que ocorreu em Passo Fundo e a vitória governista foi fundamental para o término do conflito.
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O conflito também ficou marcado pelos atos de selvageria como as degolas. Morreram em torno de dez mil pessoas. A paz foi assinada em 23 de agosto de 1895, na cidade de Pelotas, e selou a derrota dos federalistas e a vitória do governador Júlio de Castilhos.
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TÉRMINO DA REPÚBLICA DA ESPADA O presidente Floriano Peixoto derrotou a Segunda Revolta da Armada e os revoltosos no sul já estavam enfraquecidos. Por seus feitos políticos e militares o Marechal Floriano Peixoto ficou conhecido como “Marechal de Ferro” e também como o Consolidador da República.
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Na política externa, o governo de Floriano Peixoto esteve envolvido em uma disputa territorial, chamada de Questão de Palmas ou Missões, onde a região do oeste catarinense e paranaense estava em disputa com a Argentina. Ficou decidido que um árbitro internacional decidiria a questão, para representar o Brasil foi enviado o ministro das Relações Exteriores, o Barão do Rio Branco.
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Em comum acordo o árbitro escolhido foi o presidente dos Estado Unidos Grover Cleveland, que deu ganho de causa ao Brasil em 1895, diante da documentação e a argumentação do Barão do Rio Branco.
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Em 1894, temos a primeira eleição presidencial direta, marcada pelo voto aberto, era o início da política do café-com-leite, sendo eleito como presidente do Brasil, Prudente de Morais, o primeiro presidente civil, próximo a elite cafeicultora paulista e ao PRP.
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