Brasil Colonial: expansão do território

 

  • A conquista do interior
  • Expedições Militares 
  • Pecuária 
  • Jesuítas 
  • Bandeirantes 

A CONQUISTA DO INTERIOR    
    Até o final do século XVI, a colonização portuguesa esteve basicamente no litoral, mas vários motivos levaram a expansão do sertão como a suspensão do Tratado de Tordesilhas durante o período da União Ibérica, além disso Expedições Militares, a Pecuária, os Jesuítas e os Bandeirantes aproveitaram e avançaram pelo sertão.
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EXPEDIÇÕES MILITARES
    Desde o início, piratas e corsários europeus assaltavam a costa da América em busca de riquezas, com a União Ibérica esses ataques aumentaram. O governo luso-espanhol na busca de defender o território enviou expedições militares e ergueu fortes em pontos estratégicos do Brasil Colonial.
Forte dos Reis Magos: Herança e história de Natal RN
Forte dos Reis Magos em Natal/RN.
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    Os principais fortes construídos durante o período foram:
  • Forte de Felipéia de Nossa Senhora das Neves, fundado em 1584, no em torno desenvolveu-se o povoado de João Pessoa/PB.
  • Forte dos Reis Magos, criado em 1598, próximo cresceu a cidade Natal/RN.
    Canhões do Forte do Presépio
    Canhão do Forte do Presépio.
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  • Forte do Presépio, fundado em 1616 na foz do rio Amazonas, construído para defender o pequeno povoado português  Feliz Lusitânia que deu origem a cidade de Belém/PA.
Belém é uma das capitais que tiveram crescimento na população, segundo IBGE  | Pará | G1
Forte do Presépio, defendendo a cidade de Belém/PA.
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PECUÁRIA
    O papel da pecuária era de grande importância para  a economia colonial, fornecendo alimentos (carne seca ou charque), força motriz e meio de transporte. Essa atividade buscava atender o mercado interno e por esse motivo não tinha incentivo da metrópole (Portugal), mas desenvolvia-se conforme o avanço do mercado colonia. 
Plano estratégico do convento franciscano de Serinhaém | Notícias
O carro de bois, obra de Franz Post (1638).
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    Para incentivar a produção de cana de açúcar, a pecuária chegou a ser proibida no litoral, somente a partir de 80 km afastado da costa, que poderia ser praticada a criação de gado bovino, muar ou equino (cavalos).
Mula, um animal híbrido originário do cruzamento do asno (jumento, burro) macho com a égua. Sendo um animal em grande resistência.
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    A região da Caatinga no Nordeste foi uma das primeiras regiões criadoras de gado, avançou pelo sertão seguindo os rios, em destaque o rio São Francisco. A expansão ocorria, muitas vezes, pela invasão de territórios indígenas, levando a inúmeros conflitos.
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Área de criação de gado no século XVIII.
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    As Campinas do Sul foram um segundo polo de criação de gado, servindo inicialmente apenas na retirada do couro, mas logo instalou-se no atual Rio Grande do Sul uma indústria rudimentar de charque destacando-se a partir de 1780. Além disso, os tropeiros conduziam grandes caravanas de muares e bovinos para o mercado consumidor em São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.
Pouso noturno dos tropeiros, obra de Joaquim da Rocha Ferreira.
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JESUÍTAS
    A Companhia de Jesus ou Ordem Jesuítica foi fundada em 1534, tinha como objetivo expandir o catolicismo pelo mundo. O primeiro grupo de jesuítas que chegou ao Brasil em 1549, liderados por Manuel da Nóbrega, seguiram-se José de Anchieta, Antônio Vieira, entre tantos outros padres.
Inácio de Loyola, fundador da Companhia de Jesus em 1534, autodenominados os “soldados de Cristo”.

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 Os jesuítas dedicaram-se a criação de colégios e a catequização, combatendo os costumes e tradições indígenas. Com a expulsão dos indígenas para o sertão, o trabalho dos jesuítas também foi para o interior criando Missões ou Reduções.
Fundação da Cidade de São Paulo, obra de Oscar Pereira da Silva.
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   As principais Missões eram localizadas na região Amazônica, organizadas por jesuítas portugueses. No sul do Brasil existiram Missões organizadas por jesuítas espanhóis. Os jesuítas ganhavam sesmarias dos governantes para formar esses aldeamentos e promover a catequização e aculturação (a doutrina católica, ofícios e costumes da cultura europeia).
Missões jesuíticas no Brasil
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    Os índios nessas Missões trabalhavam na agricultura, artesanato e na pecuária, na região norte exploravam o trabalho indígena na extração das “drogas” do sertão, cuja venda proporcionava grandes lucros.  Os jesuítas eram contrários a escravidão dos índios, o que levou a vários conflitos com os colonos, como a Revolta de Beckman no Maranhão.
Anchieta e Nóbrega na cabana de Pindobuçu”, por Benedito Calixto (1927).  Acervo do Museu do Ipiranga. A… | Cultura de santa catarina, Geografia,  História do brasil
Anchieta e Nóbrega na cabana de Pindobuçu obra de Benedito Calixto.
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     Os bandeirantes também entraram em conflito com os jesuítas, as Missões eram alvo das bandeiras de apresamento, pois os bandeirantes capturavam o índio ladino para escravidão, já que este estava com sua cultura descaracterizada e já era conhecedor das técnicas na agricultura.
Índios Atravessando um Riacho (O Caçador de Escravos), obra de Jean-Baptiste Debret.
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BANDEIRANTES
    Bandeirantes é como são chamados os sertanistas que adentraram no interior do território em busca de riquezas minerais, indígenas para escravização ou extermínio de quilombos. Os principais bandeirantes eram descendentes de primeira e segunda geração de portugueses de São Paulo, mas também contavam com mamelucos ou caboclos que eram descendentes de brancos com índios e até índios aliados aos portugueses, podiam participar.
Ciclo da Caça ao Índio, obra de Henrique Bernardelli.
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    Existiram dois tipos básicos de expedições:
  • Entradas: eram expedições oficiais organizadas pelo governo, tendo como finalidade buscar riquezas e reconhecer o interior da colônia.
  • Bandeiras: eram expedições particulares, partiam inicialmente de São Paulo e adentravam o interior da colônia buscando atividades econômicas que lhes dessem lucros. 
Estátua de Manuel de Borba Gato, em Santo Amaro/SP.
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    Havia três tipos de bandeiras:
  • Bandeirismo apresador: dedicava-se a captura de índios para vende-los como escravos. Foram responsáveis pela destruição de grande parte das aldeias do interior. As principais bandeiras de apresamento foram chefiadas por Manuel Preto e Antônio Raposo Tavares.
Bandeirante | Sala 19
Antônio Raposo Tavares (1598-1656) foi um bandeirante paulista.
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  • Bandeirismo de contrato ou sertanismo de contrato: os bandeirantes colocavam-se a serviço dos grandes latifundiários. Se dedicavam a combater os índios e a captura de escravos africanos fugitivos. O maior sertanista de contrato foi Domingos Jorge Velho que massacrou vários grupos indígenas e quilombolas.
    Domingos Jorge Velho, obra de Benedito Calixto.
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  • Bandeirismo prospector: era a atividade mais importante e a que poderia dar mais lucros, dedicava-se à procura de metais preciosos. O bandeirante Fernão Dias Paes Leme encontrou na região de Minas Gerais, turmalina em 1674, anos depois outro bandeirante Antônio Rodrigo Arzão encontra ouro “nas gerais” em 1693.
Acervo | Museu Paulista
Estátua do bandeirante Fernão Dias Pais Leme no Museu do Ipiranga, São Paulo.
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    Com a descoberta de ouro no centro da colônia tem início uma verdadeira corrida do ouro, onde milhares de pessoas foram para essa região, assim desenvolveu-se as Monções que eram expedições de comércio para atender às necessidades de abastecimento dessas pessoas. Em canoas carregadas de mercadorias as monções subiam e desciam os rios de São Paulo, Mato Grosso e Goiás.
Partida da Monção, obra de Almeida Júnior.
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    As consequências do bandeirismo foram:
  • Alargamento das fronteiras da América portuguesa.
  • Fundação de vilas e povoados no interior (Cuiabá, Goiás, etc).
  • Descoberta de ouro em Minas Gerais, Mato Grosso e Goiás.
  • Expansão e desenvolvimento da pecuária no sul do Brasil, no final do século XVII.
Monumento às Bandeiras, em São Paulo.
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