Egito Antigo: localização, formação histórica, social e política

 

  • Egito: localização e geografia
  • Formação histórica e política
  • Sociedade e economia egípcia
  • Cultura e religião

EGITO: LOCALIZAÇÃO E GEOGRAFIA    
    O Egito localiza-se no norte da África, destacamos a presença do rio Nilo e o seu vale com uma estreita faixa de terras férteis que comportaram a antiga civilização egípcia.
Egito - Só História | Egito, Rio nilo egito antigo, Egito antigo
Mapa do Egito Antigo
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    O Nilo durante as cheias promovia um processo de enchentes, que alagam uma grande área de terra próxima ao rio Nilo, a terra torna-se extremamente fértil e propícia à agricultura.
Rio Nilo – Uma Dádiva - Antigo Egito
Rio Nilo, imagem atual.
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    O Vale do Nilo, é uma planície no Egito de aproximadamente 1.500 km de extensão, e sua largura é de no mínimo 16 km e no máximo 50 km. Ocupa desde as nascentes do Nilo, nas atuais regiões que pertencem a Etiópia, Sudão e Uganda (Alto Egito) até o delta que deságua no Mar Mediterrâneo (Baixo Egito). 
Colegio 12 de maio - Turma 105: Egito Antigo
Alto Egito (coroa branca) e Baixo Egito (coroa vermelha).
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FORMAÇÃO HISTÓRICA E POLÍTICA
    Inicialmente o Egito tinha em seu território várias comunidades autônomas chamadas de “nomos”, governadas por um “nomarca” que organizava a construção de obras hidráulicas como, diques, barragens, represas e canais de irrigação.
Nomarca - Dicio, Dicionário Online de Português
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    Esses trabalhos eram feitos pela comunidade de forma gratuita através do imposto chamado corvéia. Aos poucos o “nomarca” passa a deter mais poder e cria o aparato do Estado. Por volta de 3.500 a.C. diversas lutas e conquistas levaram a existência de dois reinos no Egito Antigo, o Alto Egito localizado ao sul e o Baixo Egito localizado ao norte
Economia no Egito Antigo – Amigo Pai
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    Por volta de 3.100 a.C. o rei Menés do Alto Egito conquistou o Baixo Egito e unificou a região, fundando o império egípcio. Menés se tornou o primeiro faraó e o fundador da primeira dinastia. Outras fontes revelam que foi Narmer o primeiro faraó, muitos ainda defendem que Menés e Narmer são a mesma pessoa.
Lista Real de Abidos, onde consta o nome dos primeiros 76 faraós.

Faraó Narmer
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    Ocorria a centralização do poder na pessoa do Faraó, baseado em uma monarquia teocrática e fortemente intervencionista na esfera econômica. O Faraó era o dono da maioria das terras do país, administrador máximo, o chefe do exército, o primeiro magistrado e o sacerdote supremo do Egito, por isso passava a ter um caráter divino.
Faraó Miquerinos e sua esposa Camerernebeti II.
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    A história do Egito Antigo é dividida em quatro momentos:
  • Período Pré-Dinástico (4.000 a.C. – 3.100 a.C.) é o período anterior ao processo de unificação dos nomos realizados por Menés.
  • Com a unificação do Alto e Baixo Egito iniciou-se o Período Dinástico ou faraônico (3.100 a.C. – 525 a.C.) dividido em três períodos que estudaremos na próxima aula:
    • Antigo Império (3.100 a.C. – 2.400 a.C.)
    • Médio Império (2.400 a.C. – 1.788 a.C.)
    • Novo Império (1580a.C.-525a.C.)
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SOCIEDADE E ECONÔMIA EGIPCÍA
    Tínhamos uma sociedade onde o indivíduo nascia e morria dentro do mesmo grupo social, era uma sociedade rigidamente estratificada e pouco móvel.
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    No topo da sociedade estava o Faraó, considerado o deus vivo, era a maior autoridade e acumulava várias funções. Além de ser dono de quase todas as terras, possuía muitos funcionários e recebia enorme quantidade de impostos. Os seus súditos não podiam olhar diretamente para ele ou chama-lo pelo nome assim o chamavam de Faraó, o que significa dizer Casa Grande ou Casa Real.
Marble Bust of Thutmose III This bust was found... | Ancient egypt art,  Egyptian history, Egypt museum
Busto do faraó Tutemés III que governou o Egito de 1.479 a.C.–1425 a.C.
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    Logo abaixo estava a elite egípcia composta por:
  • Vizir: supervisiona a polícia, a justiça e a cobrança de impostos.
  • Escribas: faziam os registros contábeis – impostos, volume da colheita e áreas cultivadas.
  • Sacerdotes: grupo poderoso e rico, cuidavam dos templos, além de serem proprietários de terras e com grande influência no poder central.
O Escriba sentado, escultura datada de 2.620 a.C. a 2500 a.C
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    Em um nível intermediário tínhamos:
  • Artesãos: faziam vidros, calçados, cordas, esteiras, armas ferramentas, instrumentos de trabalho, joias e móveis.
  • Comerciantes: de trigo, linho, papiro, além de trocas de vários produtos.
  • Militares: o exército se fortalece a partir dos períodos de expansão, onde maioria deles lutava por terras ou riquezas saqueadas. 
Na carruagem o Faraó Ramsés II conduzindo seu exército contra os núbios.
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     Mais abaixo, sendo a maioria da população eram os camponeses, também chamados de felás, era a mão de obra barata do Egito Antigo, faziam todo o tipo de serviço. Eram periodicamente convocados a trabalhar em obras públicas no que chamamos de servidão coletiva pela corveia. Por fim, ainda existiam escravos, que na maioria das vezes conquistados nas guerras (prisioneiros de guerra)
Camponês arando a terra, pintura encontrada em tumba de um artesão importante.
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    Na economia a propriedade estatal da terra configurou a submissão dos camponeses (felás) à servidão coletiva, através da corveia trabalhando para o Faraó e tendo uma pequena área para subsistência. Algumas pessoas da elite egípcia tinham grandes áreas de terra e tinham que pagar impostos.
Cena mostrando a apresentação de gado egípcio ao escriba Nebamun.
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    A produção de cereais com a utilização de arados movidos por tração animal possibilitou o crescimento da produção e até a exportação de cereais. No artesanato destacou-se a fiação de algodão, a ourivesaria e derivados artesanais do papiro. O excedente de produção até incentivou o comércio, principalmente no Novo Império. 
Produzia-se trigo, cevada, aveia e sorgo.
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CULTURA E RELIGIÃO
    A religião egípcia era politeísta e antropozoomorfismo (representações de deuses metade humanos e parte animais), destacamos abaixo alguns deuses:
  • : deus Sol, principal deus até a fusão com Amon.
  • Amon: deus criador em Tebas.
  • Amon-Rá: fusão dos dois deuses no Novo Império, sendo a principal divindade. Criador do Universo.
    Amon-Rá
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  • Osíris: deus da eternidade, governava a vida após a morte.
  • Ísis: deusa esposa e irmã de Osíris, responsável pela ressureição de Osíris.
  • Hórus: deus do céu.
    Osíris

    Hórus
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    A característica mais marcante da religião egípcia é o culto da vida após a morte, representado e ilustrado nos rituais de mumificação. Os egípcios acreditavam que a pessoa deveria comparecer ao Tribunal de Osíris para ser julgado.
Tribunal de Osíris
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    Essa crença de vida após a morte levou ao conhecimento de anatomia e medicina para a conservação dos corpos através da mumificação. A medicina se desenvolveu, eles tratavam fraturas, usavam anestésicos, realizavam pequenas cirurgias, como a de catarata.
Howard Carter examinando o sarcófago do faraó Tutancâmon.
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    A escrita egípcia foi criada com a escrita hieroglífica, mas com o passar do tempo desenvolve-se e ficou mais simplificada através da escrita hierática e por fim na escrita demótica.
Pedra da Roseta, seu texto foi crucial para a compreensão moderna dos hieróglifos egípcios.
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