- Exploração de ouro nas minas
- Sociedade Mineradora
- Consequências para o Brasil Colonial
- Arte barroca no Brasil
EXPLORAÇÃO DE OURO NAS MINAS Nas minas de ouro existiam vários serviços dependendo da forma de exploração, no caso de uma lavra tinhamos:
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A exploração de ouro que ocorria nas chamadas galerias, eram escavações no interior dos morros e conforme o trabalho dos escravos fosse avançando os túneis eram escorados com estacas de madeira. Esse tipo de mineração era perigosa devido a possíveis desabamentos.
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Mas também existia as escavações feitas nas encostas das montanhas, chamadas de grupiara, nesse tipo de exploração os escravos escavavam nas encostas do morro com um almocafre (enxada pontiaguda).
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Quando existia água nesses morros a escavação era feita de modo que a água com minério e terra era canalizada para descer pela encosta do morro até um tanque de coleta (mundéu), esse tanque era forrado de couro de boi com objetivo de reter o ouro e deixar a água escorrer.
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Por fim, a forma mais comum nos primeiros anos da exploração de ouro era a chamada de ouro de aluvião, essa exploração não exigia grandes investimentos já que o ouro era retirado nas margens e do leito dos rios. O escravo ou garimpeiro independente utilizava uma bateia que era uma vasilha redonda e afunilada para separar o ouro da areia e do cascalho.
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Contudo a arrecadação de imposto (Quinto) sempre gerou grande tensão entre mineradores e a Intendência das Minas, assim o governo português estabeleceu em 1735 a Capitação onde todo minerador deveria pagar 17 gramas de ouro por cabeça de escravo que estivesse trabalhando na mineração, além de taxar os mineradores, passou-se a cobrar estabelecimentos comerciais e as pequenas manufaturas.
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Em 1751 foi adotado novamente, o chamado de Sistema de Finta sendo que toda região mineradora deveria pagar um montante de 100 arrobas anuais de ouro (1.500 Kg). 08 | ||
SOCIEDADE MINERADORA A sociedade mineradora era diferente do que se apresentava no restante do Brasil Colonial até aquele momento, porque a vida urbana passou a ter grande destaque com a formação de grandes cidades em Minas Gerais: Vila Rica (Ouro Preto), Congonhas do Campo, Mariana, Sabará e São João del Rei.
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Apesar de continuar sendo uma sociedade patriarcal, ela permitia em certa medida uma mobilidade social. No topo da pirâmide social estavam os grandes proprietários de lavras (ouro), os contratadores (diamantes), os altos funcionários do governo de Minas, os grandes comerciantes e os representantes da Coroa Portuguesa, que além do poder político auferiam participações na arrecadação realizada.
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Abaixo estavam as camadas médias: formadas por artesãos (carpinteiros, alfaiates, ourives), profissionais liberais (advogados, médicos), padres, garimpeiros, donos de vendas, roceiros e alguns artistas (entalhadores, músicos, pintores).
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Existiam os homens livres pobres: a grande maioria eram mestiços e negros alforriados ou forros, eles não tinham posição social definida. Muitos eram chamados pelas autoridades de vadios, pois perambulavam pelos arraiais pedindo esmola, comida, etc. Quando se precisava de pessoas para serviços pesados ou perigosos, esses homens eram procurados. Construíam ruas, estradas, presídios, faziam a segurança pessoal de ricos, etc.
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Na base da sociedade estavam os escravos africanos que faziam todo tipo de serviço braçal, em especial o trabalho nas minas. Alguns escravos que encontravam uma grande pepita de ouro, podiam ser recompensados e podiam até comprar sua alforria. Os escravos chegaram a representar 50% da população que vivia na região mineradora.
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CONSEQUÊNCIAS PARA O BRASIL COLONIAL O Brasil Colônia no século XVIII teve um aumento populacional significativo, a diversificação da sociedade, migrações internas, a urbanização do interior da colônia e o fortalecimento do poder administrativo português sobre a colônia.
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Outro fator é o desenvolvimento do comércio interno, incentivado principalmente para o abastecimento da região mineradora. Assim foram abertos caminhos, o mais antigo foi aberto pelos bandeirantes de São Paulo para as Minas Gerais (Caminho Velho das Gerais) e no ano de 1707 foi aberto o chamado Caminho Novo das Gerais que ligava Minas Gerais até a cidade do Rio de Janeiro.
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Os tropeiros eram os condutores de tropas ou comitivas de muares e cavalos entre as regiões de produção e os centros consumidores no Brasil (região sudeste). O Rio Grande do Sul vai se destacar a partir do século XVIII no fornecimento de gado bovino, cavalos, mulas para transporte, além do charque (carne-seca). As monções como já estudamos também continuavam suas expedições comerciais para o interior.
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Outra consequência de destaque foi o deslocamento do eixo produtivo do Nordeste para a região Sudeste do Brasil, tanto que em 1763 a capital do Brasil Colonial para a ser a cidade do Rio de Janeiro, a cidade ganhou importância crucial, porque seu porto escoava-se a produção aurífera brasileira e por onde chegava a maior parte das mercadorias vindas da Europa.
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ARTE BARROCA NO BRASIL O barroco é um estilo artístico que surgiu na Europa no final do século XVI. No Brasil Colonial o estilo desenvolveu-se em Minas Gerais, já que a capitania se tornou um dos mais importantes centros econômicos e urbanos daquela época. O barroco mineiro é considerado a primeira expressão artística brasileira nas artes, literatura, etc.
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O maior representante do barroco no Brasil foi o artista Antônio Francisco Lisboa, mais conhecido como Aleijadinho, ele nasceu em Vila Rica (Ouro Preto) por volta de 1730 e dedicou-se a elaboração de esculturas e a decoração de Igrejas na região das minas.
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Aos 40 anos de idade, Aleijadinho teve uma doença que dificultou seu trabalho, mesmo assim com auxílio de seus aprendizes ele concluiu a produção das esculturas, Os Doze Profetas, localizados na Igreja de Bom Jesus de Matosinhos na cidade de Congonhas/MG.
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