Era Vargas: Governo Constitucional de Vargas (1934-1937) e o Golpe do Estado Novo

  • Governo Constitucional de Vargas (1934-1937)
  • AIB
  • ANL e a Intentona Comunista
  • Golpe do Estado Novo

    Como Vargas foi eleito pela Assembleia Constituinte em 1934, ele tomou posse para o período conhecido como Governo Constitucional, denominado dessa forma porque tinha respaldo na Constituição promulgada em 1934, a primeira constituição brasileira considerada amplamente democrática.  
Questões de Concurso
Charge representando os momentos de Vargas no poder.
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GOVERNO CONSTITUCIONAL DE VARGAS (1934-1937)
    Getúlio Vargas, gaúcho foi eleito indiretamente pela Assembleia Constituinte, tendo o apoio de vários setores da sociedade, desde parte da elite brasileira disposta a mudanças visando a industrialização do país e também de camadas mais populares favorecida pelas recentes leis trabalhistas aprovadas.
Getúlio Vargas – Wikipédia, a enciclopédia livre
Presidente Getúlio Vargas eleito com 175 votos dos constituintes, assim manteve-se no cargo.
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    Em 1935, foi criado o programa “Programa Nacional”, para Vargas falar diretamente com o povo, divulgando as realizações do governo, foi um meio de propaganda das realizações do governo federal. Em 1938 o programa foi renomeado de “Hora do Brasil” (atual “A Voz do Brasil”).
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A década de 1930 marcou a expansão e consolidação do rádio como principal meio de comunicação, a “Era do Rádio”.
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    Mas o grande destaque desse momento é o choque entre duas correntes ideológicas influenciadas pelo Nazifascismo e do Comunismo. A Ação Integralista Brasileira - AIB (de orientação fascista) e a Aliança Nacional Libertadora - ANL (de orientação socialista/comunista).
Anauê!", Plínio Salgado e Sigma: Algo sobre o integralismo - A BOINA
Bandeira da AIB, com a letra sigma (somatório e integral).

ENEM BRASIL CADERNO 3 CAP 2
Cartaz de convocação para um comício da ANL.
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    A AIB – Ação Integralista Brasileira foi fundada em 1932 por seu líder Plínio Salgado e caracterizou-se pelas ideologias fascistas, invocando sempre a bandeira de luta contra o “perigo comunista” ou “ameaça vermelha”. 
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Plínio Salgado, o líder integralista.

Cartaz de propaganda integralista.
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    O grupo político da AIB defendia o nacionalismo extremado, um governo autoritário dirigido por um chefe e um partido político, predomínio dos interesses do Estado sobre o indivíduo, desse modo, a AIB conseguiu congregar elementos das altas e médias camadas sociais, do alto clero e parte dos militares.
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Desfile integralista em Blumenau/SC.
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    Tinham como lema: “Deus, Pátria e Família”; os membros da Ação Integralista Brasileira usavam “camisas verdes” e tinham uma saudação especial: “Anauê!”.
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Cartaz de propaganda integralista, com a saudação "Anauê!".

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Cartaz de propaganda integralista, visão anticomunista.
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    A AIB recebeu muitos adeptos na região sul do Brasil, devido a influências da ideologia nazifascista que chegava ao Brasil através dos imigrantes italianos e alemães que mantinham contato com a sua terra natal. Alguns teóricos do integralismo, como Gustavo Barroso, eram radicalmente antissemitas.
Quem são e que pensam os integralistas, que saíram das sombras com o  atentado ao Porta dos Fundos
Integralista tendo ao centro o líder Plínio Salgado.

Milícia da Ação Integralista Brasileira – Wikipédia, a enciclopédia livre
Gustavo Barroso
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    Em oposição a AIB, formou-se um grupo inicialmente bastante heterogêneo, a ANL – Aliança Nacional Libertadora criada em 1935 e composta principalmente por forças democráticas, comunistas, anarquistas e socialistas. Em pouco tempo o PCB que estava na ilegalidade, exerceu influência na ANL e Luís Carlos Prestes passa a ser o presidente de honra da agremiação política.
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Presidente de Honra da ANL, Luís Carlos Prestes que também era membro do PCB.

PCB
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    A ANL recebeu adesões entre as camadas populares, intelectuais, e militares, tendo como presidente o ex-tenentista Herculino Cascardo. Os principais pontos do programa da ANL eram a suspensão do pagamento da dívida externa; realização da reforma agrária; nacionalização das empresas estrangeiras; formação de um governo popular; combatiam o imperialismo, o fascismo e o latifúndio.
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Sede da ANL no Rio de Janeiro.
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    O lema da ANL era “Pão, Terra e Liberdade”, o movimento cresceu rapidamente recebendo  muitos filiados entre março até julho de 1935, quando Luís Carlos Prestes lançou um manifesto que incitava a população a derrubar o governo Vargas, Prestes declarava “Todo poder a ANL!”.
Cartaz com o lema da ANL.
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    Vargas com apoio do Congresso Nacional aprovou a Lei de Segurança Nacional em abril de 1935, que possibilitava ao presidente da República uma atuação maior contra crimes de ordem política e social, destacando crimes militares e contra a segurança do Estado.
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Vargas
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    Temendo sofrer um golpe de estado, Vargas decreta em junho de 1935 o fechamento da ANL, assim o grupo político passou a ser ilegal quando tinha mais de 400 mil filiados.
Memorial da Democracia - Governo decreta ilegalidade da ANL
Jornal A Manhã noticiando o fechamento da ANL.
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    A reação de setores militares ligados a ANL foi a chamada Intentona Comunista que ocorreu em novembro de 1935, quando eclodiram rebeliões militares em quartéis das cidades de Natal/RN, Recife/PE e Rio de Janeiro/DF. O movimento foi desordenado, mas tinham como objetivo derrubar o governo Vargas.
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Resultado final no Quartel da Salgadeira em Natal/RN onde militares comunistas foram derrotados.
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    Todas as revoltas foram sufocadas pelas tropas do governo federal, os militares revoltosos foram presos juntamente com seus líderes. Luís Carlos Prestes foi preso em 1936 e condenado a 9 anos de prisão, também foi presa sua esposa Olga Benário que era alemã e judia, ela acabou extraditada para a Alemanha onde foi executada nas câmaras de gás
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Prisão de Luís Carlos Prestes.

Olga Benário - Biografia - UOL Educação
Olga Benário.
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     Diante da tensão gerada pela revolta comunista, o governo Vargas declarou estado de guerra, e foi criado o tribunal de segurança nacional e a comissão de repressão ao comunismo. Além disso, muitas pessoas passaram a defender a repressão política e o fechamento de instituições democráticas para conter a crise.
Era Vargas (1930-1945): Você conhece esse período? - Politize!
Charge com as fases do governo Vargas de 1930 ate 1937.
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    Para o ano de 1938, estavam previstas eleições presidenciais, onde os principais pré-candidatos eram Armando Sales de Oliveira (União Democrática Brasileira), representando o estado de São Paulo e as elites opositoras a Vargas, José Américo  de Almeida um ex-ministro da Viação que recebia apoio de Vargas e por fim Plínio Salgado, líder da AIB.
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Armando Sales de Oliveira, opositor a Vargas. 

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José Américo de Almeida, apoiado por Vargas.

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Plínio Salgado, candidato da AIB.
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    No meio dessa confusão, a luta contra o comunismo colaborou para unir parte dos oficiais das Forças Armadas em torno de um golpe que vinha sendo preparado por Vargas. Assim Olímpio Mourão Filho, um jovem militar que também era membro da AIB, entregou ao general Góis Monteiro o famoso Plano Cohen.
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Plano Cohen, o falso plano comunista de tomada do poder.

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Olímpio Mourão Filho, um dos envolvidos na criação do Plano Cohen.
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   O Plano Cohen consistia em um violento golpe de Estado preparado pelos comunistas que tomariam o poder com apoio da URSS e assassinariam várias autoridades políticas, religiosas, incendiariam casas e escolas. Em setembro de 1937 é divulgado o Plano Cohen para todo o país, criando um clima favorável para que Getúlio Vargas decretasse o Golpe do Estado Novo, fechando o Congresso Nacional e governando com plenos poderes.
Vargas ao centro com seus dois ministros militares.
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    Anos depois, o próprio mentor do Plano Cohen, Olímpio Mourão Filho declarou que o plano foi uma farsa sendo um projeto político de Vargas, parte dos militares e da burocracia civil que estavam com receio da oposição mais radicalizada, queriam criar um Estado estável e com poder centralizado, sendo essa uma das características da ditadura varguista que durou de 1937 até 1945.
Memorial da Democracia - Governo e Exército forjam Plano Cohen
Reportagem em 1937 no jornal Correio da Manhã.

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