- Governo Médici (1969-1974)
GOVERNO MÉDICI (1969-1974) Emílio Garrastazu Médici, general gaúcho, apoiou o Golpe Militar em 1964 quando era chefe da Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN) e de 1967-1969 foi o chefe do SNI – Serviço Nacional de Informações. Pertencente a linha-dura do Exército, seu nome foi aprovado pelo Congresso Nacional recebendo 293 votos, 85 congressistas se abstiveram ou não compareceram.
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O governo Médici ficou conhecido como o auge da repressão política por vezes é lembrado como os “Anos de Chumbo” devido ao aparato de tortura, censura e perseguição esteve a todo vapor, apoiado na legislação já que a Emenda Constitucional nº 1 de 1969 incluiu o AI-5 na constituição. Nas eleições de 1970 para a Câmara dos Deputados e Senado, resultou em ampla vitória para o partido do governo, a ARENA, além disso o país vivia o “milagre econômico”.
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A Guerrilha do Araguaia foi totalmente eliminada em 1974, a guerrilha urbana era o que levavam a maior preocupação do governo federal e os órgãos de repressão. Para obter informações praticamente institucionalizou a tortura como meio de obter confissões dos principais presos políticos.
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Carlos Marighela foi morto em novembro de 1969 em emboscada organizada pela repressão. Além de ataques a empresas e a bancos, a principal ação das organizações clandestinas em especial a VPR – Vanguarda Popular Revolucionária agora com Carlos Lamarca, foi o sequestro de outro embaixador, o suíço Giovanni Bucher em troca de 70 presos políticos.
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A VPR ainda tentou instalar-se no Vale do Ribeira (SP) uma guerrilha sem sucesso, o principal líder do grupo naquele momento era Carlos Lamarca que foi perseguido e morto no interior da Bahia em 1971 graças a informações de um agente do DOPS infiltrado.
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Com o aumento da repressão e radicalização política, a Igreja começa a contestar o uso da violência por parte do governo, iniciando a partir de 1968, uma postura mais voltada para as camadas sociais, menos favorecidas e a defesa dos direitos humanos.
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Enquanto isso, a economia o Brasil passava a destacar-se no cenário internacional, o chamado “milagre econômico” com um crescimento na faixa de 10% ao ano do PIB entre (1969-1974). Em 1970 ocorreu a última fase da política econômica que estabilizou a moeda, sendo relançado o Cruzeiro (Cr$).
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Nesse momento temos a internacionalização da economia brasileira, com sua plena abertura ao capital estrangeiro, o Brasil passou a ter facilidade de acesso ao crédito, assim teve-se o endividamento externo para obtenção da tecnologia estrangeira e na concentração de renda para criar um mercado consumidor.
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Ocorre uma explosão na produção e comercialização de itens eletroeletrônicos, automóveis, roupas, etc, são abertos os primeiros shopping centers e grandes redes de lojas varejistas. Uma maior expansão nas telecomunicações (Sistema Telebrás), do sinal de televisão e as propaganda de produtos e serviços pela televisão juntamente com a oferta de crédito aos consumidores são fatores importantes.
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O Brasil renegociou a dívida externa e buscou recursos para financiar obras, além disso incentivou as empresas produtoras de bens duráveis, a produzir para exportar, assim essas empresas são as que mais crescem, contudo os salários baixos não tem aumento proporcional ao “milagre econômico”.
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O governo Médici tendo como ministro da Fazenda Antônio Delfim Neto lançou o I PND - Plano Nacional de Desenvolvimento com objetivos de investimento no setor de transportes, telecomunicações, investimentos em ciência, tecnologia, expansão das indústrias naval, siderúrgica e petroquímica.
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Nos transportes, investimentos em pavimentação e construção de grandes obras (“obras faraônicas”) como a Ponte Rio-Niterói e a construção da Rodovia Transamazônica, além de incentivar empresas automobilísticas. No setor de energia criou a primeira usina nuclear a Angra I e firmou o Tratado de Itaipu com o Paraguai para a construção da Itaipu, maior usina hidrelétrica do mundo na época.
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No setor de telecomunicações criou-se a Telebrás - Telecomunicações Brasileiras S.A, que controlava todo o setor de telefonia com empresas subordinadas em cada estado. Na educação destacou-se o MOBRAL - Movimento Brasileiro de Alfabetização, que tinha o objetivo de proporcionar a jovens e adultos condições básicas de leitura, escrita e cálculo.
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Criado em 1970 o PIS (Programa de Integração Social) para funcionários da iniciativa privada e administrado pela Caixa e o PASEP (Programa de Formação de Patrimônio do Servidor Público), administrado pelo Banco do Brasil. Além disso, o Projeto Rondon com objetivo de promover através da colaboração de universitários voluntários e professores a realização de atividades sociais em áreas de difícil acesso e carentes do país.
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Em 1970 é fundado o INCRA - Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, mas pouco se preocupou com a reforma agrária. Ainda no governo Médici criou-se a Embrapa - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária com objetivo de estudo para aumento de produção agrícola, além disso promoveu acesso a crédito para aquisição de maquinário agrícola.
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A Petrobras inaugurava em 1972 uma nova refinaria de petróleo em Paulínia/SP. O governo orgulhava-se dos feitos, até porque o Brasil chegava a ser a 10º maior potência capitalista, assim a propaganda do governo intensificou-se nas mídias da época com slogans, músicas e vitórias.
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A vitória do Brasil na Copa do Mundo de 1970 e o tricampeonato é um exemplo da utilização de uma vitória esportiva para a promoção do nacionalismo e consequentemente do governo.
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A musica promovida para a Copa de 1970: Pra Frente Brasil autor Miguel Gustavo e uma música visando os jovens Eu te amo, Meu Brasil com interpretação Os Incríveis ganhou destaque naquele momento.
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Apesar de todo crescimento econômico, o Brasil ainda continuava bem desigual e com dificuldade de acesso à saúde, à educação e habitação.
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No final do governo Médici, o “milagre” já dava sinais de esgotamento, já que no exterior a crise do petróleo em 1973, triplicou o valor do barril de petróleo, sendo que o país dependia do petróleo importado, já que 80% dos combustíveis consumidos no Brasil vinham do exterior naquela época.
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