- Governo Juscelino Kubitschek (1956-1961)
- Governo Jânio Quadros (1961)
GOVERNO JUSCELINO KUBITSCHEK (1956-1961) Juscelino Kubitschek, foi governador de Minas Gerais (1951-1955) era filiado ao PSD e foi apoiado pelo PTB. Seu lema de campanha ficou bastante conhecido: “50 anos de progresso em 5 de governo” (50 anos em 5). JK foi eleito com 35,6% dos votos, em segundo lugar Juarez Távora (UDN) com 30,2% e em terceiro Adhemar de Barros (PSP) com 25,7%. Para o cargo de vice-presidente foi eleito João Goulart (PTB) com 44,2%.
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O governo de JK teve que inicialmente lidar com duas revoltas do baixo oficialato das Forças Armadas contra sua posse. A primeira foi a Revolta de Jacareacanga (1956) que ocorreu no Pará onde os militares revoltosos tomaram a base aérea e a outra foi a Revolta de Aragarças (1959) em Goiás, os dois movimentos foram rapidamente sufocados, posteriormente JK vai anistiar os revoltosos.
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O presidente JK conseguiu acalmar os ânimos na ala militar, suspendeu a censura à imprensa, teve grande capacidade de dialogar com o Congresso e atender a diferentes demandas sociais.
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Na economia tinha um plano bem ambicioso, conhecido como Plano de Metas que constituía investimentos em cinco áreas como: energia, transporte, indústria, alimentação e educação. No total eram cinco áreas com trinta metas, durante a campanha eleitoral foi acrescida mais uma meta, a construção da nova capital do Brasil no Brasil Central.
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Esse projeto político-econômico ficou conhecido como nacional-desenvolvimentismo ou desenvolvimentismo. O governo continuou investindo na indústria pesada e na geração de energia de modo a possibilitar o avanço da industrialização, nesse ponto JK era próximo a política varguista.
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Mas JK, discordava de Vargas no ponto da captação de investimentos, o governo JK acelerou a industrialização liberando a entrada de capital estrangeiro com base na Instrução Sumoc 113. Essa instrução facilitava a importação de máquinas e equipamentos pelas empresas estrangeiras aqui instaladas e dava isenção fiscal por um período.
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Atraídas pela política governamental várias empresas multinacionais de diversos setores se instaram no país, destacamos o setor automobilístico com unidade fabris da Volkswagem (ALE), Willys-Overland (EUA), Scania-Vabis (SUE), Mercedes Benz (ALE), Massey Fergusson (EUA) e Valmet (FIN).
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São criados órgãos para gerir os investimentos e o desenvolvimento nessas áreas como o GEIA – Grupo Executivo da Indústria Automobilística e o GEICON – Grupo Executivo da Indústria de Construção Naval.
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As metas relativas à energia e a transporte e infraestrutura apresentaram ótimos resultados:
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A 31º meta, a meta-síntese do Plano de Metas foi a construção de Brasília que foi aprovada no Congresso, assim a Novacap - Companhia Urbanizadora da Nova Capital empresa de capital misto começou as obras em 1957 com base no projeto urbanístico de Lúcio Costa e arquitetônico de Oscar Niemayer.
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Para a construção da capital foram mobilizados muitos trabalhadores que foram chamados de candangos, na maioria migrantes do nordeste brasileiro.
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A capital federal (Brasília) foi inaugurada em 21 de abril de 1960.
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Tínhamos uma grande contradição, apesar do grande desenvolvimento econômico de vários setores, não conseguiu melhorar a qualidade de vida da maioria das pessoas. Como a maioria dos investimentos ficou no Sudeste, na região Nordeste diante da situação complicada o governo criou a Sudene – Superintendência para o Desenvolvimento do Nordeste, mas pouco foi feito naquele momento histórico.
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O fim do governo JK é marcado por um grande endividamento externo, o governo rompeu com o FMI por não conseguir novos empréstimos, assim busca empréstimos em bancos privados e permite a emissão de papel moeda (cruzeiro). No final o resultado é uma alta taxa de inflação (30%), desvalorização dos salários e diminuição do poder de compra.
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GOVERNO JÂNIO QUADROS (1961) Jânio Quadros com um forte apelo popular, apresentava-se como o candidato dos pobres e moralista. O jingle de campanha foi “varre, varre vassourinha, varre a corrupção”. Nas eleições de 1960, Jânio Quadros filiado ao pequeno PTN – Partido Trabalhista Nacional e com apoio da UDN vence com 48,2%, em segundo lugar Henrique Teixeira Lott (PSD) com 32,9% e em terceiro Adhemar de Barros (PSP) com 19,5% dos votos.
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O vice-presidente eleito foi João Goulart (PTB) com 36,1% dos votos, ele pertencia a chapa opositora a Jânio Quadros. Além disso o partido do presidente tinha pouca base no Congresso Nacional com 7 deputados federais e estava dependente da UDN, mas logo Jânio rompeu com o líder udenista Carlos Lacerda que começou critica-lo.
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A situação econômica era complicada, assim são congelados os salários, desvalorização da moeda, corta subsídios federais para os estados e municípios e corta subsídios ao petróleo e ao trigo, o que leva ao aumento desses produtos. Por fim recorre ao FMI para renegociar a dívida externa brasileira.
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Criticava o Congresso Nacional e governava por “bilhetinhos”. Ele aprovou a proibição das rinhas de galo, da fabricação e comercialização de lança-perfume, foram proibidos o uso de biquínis em praias e das corridas de cavalo em dias de semana.
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Na política externa afirma independência do Brasil perante a Guerra Fria, é a chamada PEI – Política Externa Independente reatando relações diplomáticas com a URSS e a China comunista. Em agosto de 1961 ele condecorou o ministro de Cuba, Ernesto Che Guevara com a Ordem do Cruzeiro do Sul e ainda foi organizada uma missão política e econômica para a visita a China de Mao Tsé-tung, que foi chefiada pelo vice-presidente João Goulart.
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A UDN saiu do governo e Carlos Lacerda iniciou uma campanha contra Jânio dizendo que ele estaria promovendo um “Golpe socialista”. Em 25 de agosto de 1961, Jânio ele surpreendeu com um pedido de renúncia indicando que “forças terríveis” haviam levado ao pedido, acredita-se que Jânio imaginou um “espetáculo de renúncia”, o qual mobilizaria a população em seu favor e ele voltaria ao poder, mas o Congresso Nacional aceitou prontamente a renúncia.
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