- Segundo Governo Vargas (1951-1954)
- Governo provisório do presidente Café Filho (1954-1955)
- Presidente Café Filho (1955): 4 dias no poder
- Presidente Nereu Ramos (1955-1956): o legalista
SEGUNDO GOVERNO VARGAS (1951-1954) Getúlio Vargas candidatou-se pelo PTB, experiente politicamente com um jingle de campanha “Bota o retrato do velho outra vez; bota no mesmo lugar”, ele vence as eleições presidenciais de 1950 com 48,7% dos votos, em segundo lugar ficou Eduardo Gomes (UDN) com 29,6% e em terceiro Cristiano Machado (PSD) com 21,4%.
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Nessas eleições Vargas aliou-se com o PSP que detinha grande influência em São Paulo, o seu vice-presidente Café Filho (PSP) foi eleito (lembrando que eram realizadas eleições separadas para os dois cargos). O discurso de Vargas era populista, prometendo que o povo subiria com ele os degraus do Palácio do Catete, defendendo a industrialização e a ampliação das leis trabalhistas.
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Inicialmente seu mandato ficou marcado como conciliador ao ser apoiado por grandes massas populares e por vários setores da grande burguesia. Se de um lado ele é considerado “pai dos pobres” apoiando o movimento operário, defendendo as leis trabalhistas e uma política nacionalista, por outro muitos se referem como “mãe dos ricos” incentivando indústrias e investimentos estrangeiros em alguns determinados setores.
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Logo o país politicamente ficaria dividido em dois grupos principais em relação ao gerenciamento da indústria e o desenvolvimento nacional:
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Na economia é lançado em 1952 o Plano Lafer (Plano Nacional de Reaparelhamento Econômico) com objetivo desenvolver a petroquímica, siderurgia, transportes, energia e técnicas agrícolas, mas não foi aprovado no Congresso.
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No mesmo ano foi aprovada a criação do BNDE - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (atual BNDES) que visava captar recursos para o desenvolvimento da indústria nacional, principalmente na área da indústria de base. Nesse momento também crescia a campanha visando a nacionalização da exploração do petróleo, assim o Estado brasileiro deveria deter o controle desse setor da economia, a campanha ficou conhecida pelo seu slogan “O petróleo é nosso”
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Ainda em 1952, o Brasil assina um acordo militar com os EUA, mas não torna-se um alinhado automático, tanto que não envia tropas para a Guerra da Coreia.
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Depois de muito debate, em 1953 é aprovada a criação da Petrobras – Petróleo Brasileiro S.A que detém o monopólio da exploração e do refino de petróleo no Brasil. A criação da empresa frustrou interesses de grandes grupos internacionais na época.
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Ainda em 1953, Vargas enviou para o Congresso a Lei dos Lucros Extraordinários que visava controlar o envio de lucros das multinacionais para suas matrizes no exterior, mas a lei não foi aprovada. No ano seguinte ele envia um projeto para a criação de uma empresa estatal com o objetivo desenvolver o setor de produção de energia elétrica (Eletrobrás), mas ela também não foi aprovada.
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Nesse mesmo ano, Getúlio Vargas passa a ter sua popularidade em baixa devido ao aumento dos preços dos alimentos e dos alugueis que subiam mais do que os salários. A reação popular resultou em protestos, saques a armazéns e greves, como a Greve dos 300 mil em 1953 e ao mesmo ano explodia no Rio de Janeiro, Santos e Belém a conhecida Greve dos Marítimos.
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Para solucionar a situação, Vargas nomeia para o cargo de ministro do Trabalho, o também gaúcho João Goulart (PTB), o novo ministro chegou a negociar um reajuste mas ao final ele propôs um aumento de 100% no valor do salário mínimo gerando revolta dos empresários, da oposição (UDN) e de vários grupos militares.
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Ainda em fevereiro de 1954, o Manifesto dos Coronéis protestava e advertia o presidente Vargas por que haviam infiltrados elementos comunistas em seu governo. O ministro João Goulart foi demitido do cargo, mas o presidente Vargas autorizou um aumento de 100% do salário mínimo em 01 de maio de 1954.
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Vargas nesse momento sofre oposição da elite nacional e do capital estrangeiro, na mídia sofria constantes críticas dos jornais O Estado de S. Paulo, O Globo e Tribuna da Imprensa este último dirigido por Carlos Lacerda (UDN) que escrevia: “Um corrupto com um governo de corruptos”. Apenas o jornal Última Hora defendia o governo Vargas.
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Em agosto de 1954, Carlos Lacerda (UDN) opositor de Vargas sofre o Atentado da Rua Tonelero na cidade do Rio de Janeiro, Lacerda ficou levemente ferido, mas seu segurança, o Major Rubens Vaz, da Aeronáutica acabou falecendo. Isso gerou uma forte reação da oposição e da Aeronáutica.
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Foi autorizada pela Aeronáutica a abertura de um inquérito na base aérea do Galeão, logo denominada de República do Galeão. As investigações levaram a constatação que os envolvidos estavam ligados ao chefe da guarda pessoal do presidente Vargas, Gregório Fortunato. Inicia-se uma pressão para que Vargas renuncie o cargo de presidente da República.
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Em 22 de agosto, as Forças Armadas lançam o Manifesto do Generais exigindo o afastamento de Vargas até concluir-se o inquérito sobre a morte do Major Rubem Vaz. Vargas não renúncia e no dia 24 de agosto de 1954 suicida-se com um tiro no coração e deixando uma carta-testamento, declarando “Serenamente dou o primeiro passo no caminho da eternidade e saio da vida para entrar na história.”.
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GOVERNO TRANSITÓRIO DO PRESIDENTE CAFÉ FILHO (1954-1955) O vice-presidente assume o poder, Café Filho era potiguar e filiado ao PSP. No seu governo foi aprovada a Instrução 113 da SUMOC (Superintendência da Moeda e do Crédito), por meio do qual facilitou a entrada de capitais estrangeiros no país.
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Ainda ocorreram as eleições presidenciais em 1955 onde sagrou-se vitorioso Juscelino Kubistchek (PSD) com 35% e como vice-presidente João Goulart (PTB) com 44% dos votos. A UDN e setores militares de oposição não estavam aceitando a vitória de JK. Em 8 de novembro de 1955 o presidente Café Filho pede o afastamento do cargo por motivo de doença.
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PRESIDENTE CARLOS LUZ: 4 DIAS NO PODER Assumiu provisoriamente a presidência, Carlos Luz, presidente da Câmara dos Deputados que apesar de ser do PSD tinha sido contra a candidatura de JK. Para barrar o plano de impedir a posse de JK articulou-se o Movimento de 11 de novembro, quando o ministro da Guerra, general Henrique Teixeira Lott comandou o cerco ao Palácio do Catete e a outros prédios públicos com apoio do Exército, o presidente provisório Carlos Luz acabou fugindo da capital.
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PRESIDENTE NEREU RAMOS: O LEGALISTA Diante do fato, assume a presidência da República, o presidente do Senado, o catarinense Nereu Ramos (PSD) que garante a legalidade e a posse de Juscelino Kubitschek e João Goulart (Jango) em 31 de janeiro de 1956.
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