- Divisão da Alemanha
- Alemanha Ocidental – capitalista
- Alemanha Oriental – socialismo real
Um das grande marcas que da Guerra Fria, foi a divisão de determinados países, agora veremos o caso da Alemanha, que além de perder territórios e sofrer com a expulsão de alemães das áreas perdidas, também acabou sendo dividida em duas áreas, uma capitalista e outra adotando o socialismo marxista-leninista. 01 | ||||
DIVISÃO DA ALEMANHA Na Conferência de Potsdam ficou oficialmente decidido que o território alemão e a capital alemã (Berlim) seriam divididas em quatro zonas de ocupação (britânica, norte-americana, francesa e soviética).
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Os EUA, França e Reino Unido aliaram-se para implementar nas áreas por eles controladas as políticas voltadas a reconstrução da Alemanha, criando uma nova Constituição e ajuda econômica do Plano Marshall.
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Desaprovando tal atividade os soviéticos impuseram um bloqueio total a Berlim Ocidental em 1948, assim apenas três corredores aéreos ficavam abertos para levar suprimentos a Berlim Ocidental, o bloqueio foi suspenso no ano seguinte.
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DUAS ALEMANHAS Diante da crescente tensão em 1949 criaram-se dois países: a República Federal da Alemanha (Alemanha Ocidental) aliada aos bloco capitalista e com capital em Berlim Ocidental e a cidade de Bonn e a outra a República Democrática Alemã (Alemanha Oriental) com capital em Berlim Oriental alinhada ao bloco socialista.
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ALEMANHA OCIDENTAL (CAPITALISTA) A Alemanha Ocidental foi criada baseada em uma república parlamentarista, democrática, multipartidária, imprensa livre com sede na cidade de Bonn (Berlim Ocidental estava isolada dentro do território socialista). No regime político alemão o presidente é o chefe de Estado e cabe ao chanceler (primeiro-ministro) a chefia do governo.
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O chanceler alemão de 1949 até 1963 foi Konrad Adenauer pertencente a CDU - União Democrata-Cristã que buscou inserir a economia alemã na ideia do Estado de bem-estar social, da defesa da paz, mas inserindo o país em organismos internacionais, como o bloco de defesa da Europa Ocidental, a Otan.
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A economia da Alemanha Ocidental recebeu ajuda do Plano Marshall para sua reestruturação após a Segunda Guerra, logo ganhando um grande impulso econômico.
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Outro momento importante da Alemanha foi sob o comando do chanceler Willy Brandt de 1969 até 1974, pertencente ao SDP - Partido Social-Democrata da Alemanha, ele defendeu a chamada Ostpolitik (Política do Leste) onde buscou uma aproximação com os países do Leste Europeu, mas sem reconhecer a Alemanha Oriental.
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Após a descoberta de um espião da Alemanha Oriental dentro do gabinete do chanceler Willy Brandt, ele teve que renunciar, assumiu em seu lugar Helmut Schmidt também do SDP que permaneceu no cargo de 1974 até 1982, o seu governo teve de enfrentar as crises do petróleo.
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A economia cresceu e se desenvolveram várias empresas multinacionais que conhecemos como: Volkswagen, Bayer, BMW, Bosch, Audi, Mercedes-Benz, Adidas, Puma, Porsche, Wella, Krupp, etc, mostrando a importância da economia alemã a nível europeu e mundial. 11 | ||
Em 1982 assume o poder como chanceler Helmut Kohl do CDU, ele adota a política baseada na ideia neoliberal e começa um processo de privatizações onde o governo alemão vende suas ações de diversas empresas. Kohl obteve destaque também em 1990, sendo o líder na unificação alemã e permaneceu no cargo até 1998.
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ALEMANHA ORIENTAL (SOCIALISTA) Criada sob tutela soviética passou a ser comandada pelo partido único denominado SED – Partido Socialista Unificado da Alemanha sob orientação do socialismo marxista-leninista, tendo Walter Ulbricht como secretário-geral do partido, ele chefiou a nação de 1950 até 1971.
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Ulbricht era alinhado a Stalin e implantou as reformas socialistas, como a nacionalização de todas as propriedades privadas e os planos quinquenais. Em 1953, estoura uma revolta popular em Berlin Oriental, mas através da força, a revolta foi sufocada e o líder alemão oriental aumentou a perseguição aos opositores.
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Na visão do governo socialista, Berlim Ocidental (capitalista) era um grande problema porque 2,6 milhões de pessoas da Alemanha comunista atravessaram para o lado capitalista entre 1949-1961, o que poderia a longo prazo diminuir a população economicamente ativa do lado alemão oriental, sendo necessário um controle da entrada e saída de pessoas do país.
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Sob ordens de Ulbricht, trabalhadores e soldados da Alemanha Oriental começaram a estender rolos de arames farpados nas ruas em agosto de 1961, separando o mundo capitalista e socialista.
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Nas sequencia foi construído um muro separando as duas áreas da cidade, o conhecido Muro de Berlim, tendo mais de 150 km de extensão e na sua versão mais alta, próximo a 4 metros de altura. O muro isolou Berlim Ocidental, mais de 3 mil pessoas foram presas tentando fugir para o Ocidente.
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A indústria alemã oriental era bem mais modesta, com menos desenvolvimento tecnológico, um exemplo é o famoso Trabant, um carro popular da Alemanha comunista, ele foi fabricado de 1957 até 1991 com poucas alterações.
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Em 1971 iniciava o governo de Erick Honecker, que permaneceu no cargo até 1989, para os padrões do Leste Europeu, a Alemanha Oriental era um país bem estruturado com o chamado “socialismo de consumo”, até porque não faltavam produtos.
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No final da década de 1980, a crise do socialismo real levou a deterioração econômica e política da Alemanha Oriental, Erick Honecker foi contra a glasnost e perestroika mas sucumbiu diante da onda de protestos que ocorreram em 1989, levando a queda do Muro de Berlim (aula sobre o fim da Guerra Fria) e a reunificação alemã que ocorreu na sequencia.
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