Idade Média: formação e reinos bárbaros

  • Períodos da Idade Média
  • Quem eram os povos germânicos?
  • Reino Franco: dinastia merovíngia

    Com a queda do Império Romano do Ocidente em 476, a  Europa Ocidental mergulhou em intensos conflitos que resultaram ao longo do tempo na formação da Idade Média, um período da História que continua até o século XV, com grande influência da religião na vida cotidiana, na política e até sobre reis e imperadores.
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 PERÍODOS DA IDADE MÉDIA   
    A primeira fase da Idade Média vai de 476 até mais ou menos o ano 1100 é chamada de Alta Idade Média tendo como principais características:
  • Formação dos Reinos Bárbaros.
  • Ruralização 
  • Império Franco: dinastia merovíngia e carolíngia. 
  • Feudalismo.
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Imperador Carlos Magno
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     O segundo momento é conhecido como Baixa Idade Média,  inicia-se por volta do ano 1100 até o ano 1453 quando ocorre a queda de Constantinopla, antiga capital do Império Bizantino, império cristão do Oriente que é ocupada pelos muçulmanos. Esse período tem características como:
  • Cruzadas
  • Renascimento: cultural, urbano e artístico.
  • Crise do século XIV: fome, peste e guerra.
E por que não uma Cruzada?
Cruzados
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QUEM ERAM OS POVOS GERMÂNICOS?    
     Os povos germânicos eram chamados pelos romanos de povos bárbaros, porque esses povos viviam fora do império e não falavam o latim. Por volta do ano 200 os povos germânicos se aproximaram das fronteiras do Império Romano em busca de terras mais férteis.
Mapa da Europa com a localização e as rotas de ataque dos principais povos germânicos.
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    Nessa altura o Império Romano estava estagnado economicamente e necessitava de mão de obra para o campo e de soldados, nesse contexto várias tribos germânicas entraram pacificamente e foram aceitos pelos romanos, ao longo do tempo ocorre uma miscigenação e muitos germânicos entram para as fileiras da Legião Romana, outros atingiram a prosperidade econômica. 
Guerras Púnicas - Roma Antiga - Laifi
Legião Romana, exército de Roma Antiga.
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    Contudo os povos germânicos eram bem numerosos e os principais foram: francos, burgúndios, anglos, saxões, visigodos, hérulos, ostrogodos, suevos e os vândalos. Vários povos continuavam a viver fora das fronteiras do Império Romano e praticavam ataques a regiões e saques a cidades.
Genserico, rei dos vândalos saqueia Roma em 455.
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    Os povos germânicos organizavam-se de forma patriarcal, o chefe da família tinha grande importância social e a sociedade germânica era “rigidamente hierarquizada”, o topo da pirâmide social era a aristocracia que possuía a maior parte das terras, logo abaixo os homens livres guerreiros e por fim os escravos.
Sobre a relação entre bárbaros e romanos - Apaixonados por História
Aldeia germânica.
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    O historiador romano Tácito escreveu o livro A Germânia e destacou o caráter guerreiro desses povos. No princípio todos os homens livres eram guerreiros, mas nos períodos de paz eram ferreiros, artesãos, criadores de animais, agricultores, etc, com o tempo alguns se tornaram apenas guerreiros devido a frequência dos conflitos.
Saque de Roma em 410 pelos vândalos, obra de Joseph-Noël Sylvestre (1890).
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    Os guerreiros estavam próximos aos seus chefes tribais e por vínculos de lealdade, formando o comitatus, uma espécie de elite guerreira. Já os escravos também eram uma parcela importante, eram prisioneiros de guerra, devedores que se tornavam escravos ou filho de escravos. Na questão do direito era baseado no costume, não havia leis escritas (Direito consuetudinário).
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Guerreiro germânico.
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    Na religião eles eram politeístas, assim adoravam vários deuses associados aos elementos da natureza. Na mitologia germânica os deuses mais conhecidos são:
  • Odin: principal deus pagão, considerado "Pai de Todos" e "O enviado do Senhor da Guerra".
  • Thor: deus nórdico, dos trovões e das batalhas.
O deus Thor em luta com os gigantes, obra de  Marten Eskil Winge (1872).
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    Na economia os germânicos passaram a sedentarizar-se, existiam trocas comerciais entre aldeias, destacando a produção de cereais (trigo, cevada, centeio, etc).
Cadeia do trigo aposta na retomada do crescimento em 2020 – Estadão Agro –  Media Lab
Trigo
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    Na política, estes povos organizavam-se em época de paz sob uma Assembleia de Guerreiros formada pelos homens adultos da tribo, onde a votação ocorria muitas vezes na base do grito e na vaia, mas em tempos de guerra era governada pelo Comitatus que era uma reunião de guerreiros em torno de um líder militar.
Povos Bárbaros - Toda Matéria
Povos germânicos.
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    Se em um primeiro momento houve integração entre germânicos e romanos, aos poucos várias tribos vieram com o espirito de conquistar terras e destruir o Império Romano, tanto que em 476 tínhamos o fim do Império Romano. No processo de invasão e formação dos reinos bárbaros, deu-se ao mesmo tempo, a "barbarização" das populações romanas e a "romanização" dos bárbaros.
Átila, rei do Hunos de 434–453 que arrasaram a Europa Ocidental, os hunos eram um povo nômade de origem asiática.
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     Após a queda de Roma temos uma Europa Ocidental com um novo mapa político:
Mapa da Europa por volta do ano 500. 
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    Os novos reinos “bárbaros” na parte econômica adotaram práticas mais germânicas, voltada para a agricultura, onde o comércio era de pequena importância, na política adotaram parcialmente a monarquia e métodos da administração romana, muitos povos adotaram o latim como língua oficial e progressivamente vários povos germânicos adotaram o catolicismo como religião oficial. 
Se o latim vulgar é uma língua oral, como temos registros de sua  existência? | Veni, vidi, vici
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 REINO FRANCO: DINASTIA MEROVÍNGIA  
    Na antiga província romana da Gália destacou-se um povo germânico, os francos que formaram o denominado Reino Franco governado pela dinastia merovíngia, homenagem a Meroveu, considerado primeiro rei franco.
  Medalha do século XVIII em homenagem ao rei Meroveu. 
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    O rei franco Clóvis é considerado o unificador dos povos francos, ele governou de 482 até 511 derrotando os povos rivais como os alamanos e visigodos, além de empurrar os burgúndios para o sul da Gália.
Clóvis, rei dos francos, obra de de François-Louis Dejuinne.
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    Foi devido a várias vitórias e a promessas durante a campanha militar, que o rei Clóvis se converter ao cristianismo romano, fato que ocorreu em 496 em Reims e passou a ser saudado como “novo Constantino” por ser o primeiro rei bárbaro a se converter a Igreja de Roma.
O Batismo de Clóvis, obra de Mestre de Saint Giles (por volta de 1500).
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    Em 732, os francos liderados pelo prefeito do palácio real Carlos Martel derrotaram os muçulmanos na Batalha de Poitiers, segurando a influência islâmica na Europa, tal vitória aproximou ainda mais o poder do Reino Franco e a Igreja Católica. 
Batalha de Poitiers em outubro de 732, obra de Charles de Steuben. 
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    Em 751, Pepino, o Breve, filho de Carlos Martel assumiu o trono e mandou para o exílio o último rei merovíngio, era o início da dinastia carolíngia, o principal feito de Pepino foi vencer os lombardos na Itália e ceder uma área de terras para o Papa, que criou os Estados Papais na região central da atual Itália.
Iluminura da coroação do rei Pepino, o Breve, o novo rei franco foi coroado por Bonifácio, arcebispo de Mainz.
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