Idade Média: imperador Carlos Magno

  • Reino Franco: dinastia Carolíngia
  • Divisão do Império Carolíngio


    O governo de Carlos Magno marcou a consolidação do Reino Franco como o principal reino de origem germânica, ele expandiu seu território e criou novas relações de poder, apesar de tudo viu seu declínio no século IX, o que favoreceu a consolidação do feudalismo.
O império de Carlos Magno - Aula de História | Educabras
Reino Franco em 481.
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  REINO FRANCO: DINASTIA CAROLÍNGIA  
    O Reino Franco sob a dinastia carolíngia chega ao seu auge em 768 quando Carlos Magno subiu ao trono do reino, ele governou durante 46 anos e conseguiu realizar uma série de conquistas militares que resultaram em vastos territórios e povos sobre seu domínio, forçando vários a se converter ao cristianismo.
Imperador Carlos Magno, obra de Albrecht Dürer (1512).
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     Em 771 Carlos Magno venceu os lombardos tornando-se rei de várias áreas da Península Italica, sua aliança com a Igreja Católica levou ao Papa Leão III a coroar Carlos Magno no ano 800, como imperador do “novo” Império Romano do Ocidente, isso simbolizou uma “restauração” da grandeza de um império cristão.
A Coroação de Carlos Magno, obra de Friedrich Kaulbach (1903).
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    Mapa do Império Carolíngio. 
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    Sob domínio de um grande território, o imperador Carlos Magno dividiu seu império em condados, governados por pessoas de sua confiança, eles lhes prestavam juramento de fidelidade pessoal e recebendo em troca, terras e um título de nobre.
Relicário com o busto de Carlos Magno em Aachem (Alemanha).
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    Ainda existiram os ducados que eram territórios parcialmente livres, onde podiam ter suas leis, mas subordinado ao imperador e nas fronteiras do império situavam-se as marcas confiadas a marqueses que tinham poderes administrativos e militares.
Carlos Magno lutando contra os saxões.
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    Tanto condes, duques e marqueses recebiam também grandes áreas de terras, sendo um beneficio pelo cargo que ocupavam e da lealdade ao imperador, esse grupo formou uma elite, a nobreza medieval e eles tinham a função de administrar o território, arrecadar impostos, conservar estradas e pontes, exercício da justiça, o conde também possuía um auxiliar, o chamado visconde.
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    Rapidamente esses juramentos de fidelidade e comprometimento se espalharam pela sociedade medieval, foi o chamado sistema de vassalagem que era um ato de lealdade declarado por um nobre, em geral um cavaleiro (vassalo), a outro nobre (suserano) em uma cerimônia chamada de homenagem. O vassalo se comprometia em ajudar militarmente e financeiramente quando requisitado pelo suserano (senhor), em troca recebida um feudo.
Homenagem e Investidura na Idade Média – Clio na Internet
Cerimônia entre suserano e vassalo.
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    Para fiscalizar a atuação dos nobres que exerciam o poder local, o imperador Carlos Magno nomeava os chamados missi dominici que eram inspetores do rei e viajavam pelo território para controlar e fiscalizar os governos locais.
Missi dominici
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    A maior ameaça ao Império Carolíngio foi o avanço e consolidação do emirado islâmico na Península Ibérica, a Marca de Espanha servia como escudo contra ataques do exército muçulmano.
Mapa da Península Ibérica, com destaque ao emirado islâmico com capital na cidade de Córdoba (atual Espanha).
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    A Corte de Carlos Magno se reunia uma vez por ano, em uma assembleia chamada de Capítulo, nessas assembleias organizavam-se as leis para cada ano chamada de capitulares, as primeiras leis escritas da Idade Média, para os territórios originais do Império, preservaram-se o direito baseado nos costumes em várias ocasiões. 
Capitulares - Dicio, Dicionário Online de Português
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     Na área econômica chegaram a cunhar moeda, contudo existiam regiões com seu próprio sistema monetário e de pesos e medidas. A agricultura e o trabalho no campo pelos servos era a base de sustentação da economia carolíngia e consequentemente do período medieval, o excedente podia ser comercializado, mais isso restringindo-se ao continente e ao norte da Europa, já que os muçulmanos controlavam o Mar Mediterrâneo na época. 
Um denário de Carlos Magno datado de c. 812–814.
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    Também se desenvolveu o chamado Renascimento Carolíngio ou Renascença Carolíngia, quando criou-se várias escolas palatinas e mosteiros estimulando a tradução e a cópia de livros antigos, além de patrocinar o trabalho de artistas.
Evangelho do período carolíngio, na imagem São Mateus.
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     Muito do conhecimento da Antiguidade chegou até o século XXI graças a esse trabalho, destacamos os monges Alcuíno, Paulo, Diácono e o escritor Eginhardo.
Eginhardo, escritor e biógrafo de Carlos Magno. 
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DIVISÃO DO IMPÉRIO CAROLÍNGIO   
    Com a morte do imperador Carlos Magno em 814, o sucessor e seu filho Luís, o Piedoso realizou um governo fraco e em 843 o império foi dividido entre seus três filhos depois de muitos conflitos, foi o chamado Tratado de Verdum onde: Lotário ficava com a Itália e o sul da Germânia, Carlos, o Calvo passou a ser o rei da França e Luís, o Germânico – atual Alemanha. 
Mapa com as fronteiras do Tratado de Verdum (843).
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    Mas diante de governos fracos e a divisão do império, se consolidou uma maior autonomia nas regiões, foi no século IX que o feudalismo como sistema político descentralizado e também econômico baseado na agricultura e no sistema de vassalagem chegava ao seu auge.
Servo medievais
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     Na área que coube a Carlos, O Calvo na atual França, as mudanças políticas continuaram, os reis perderam cada vez mais capacidade, até que no século X o último rei da dinastia carolíngia faleceu sem deixar descendentes, assim toma o poder Hugo Capeto em 987, iniciando uma nova fase da história francesa, a Dinastia Capetiana.
Hugo Capeto, rei dos francos de 987 até 996.

Brasão utilizado pela dinastia capetiana, que governo a França até 1328.
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    Outros fatores que mexeram com a estrutura de poder na Europa Ocidental é a nova onda de invasões violentas, a leste com os povos húngaros (magiares).
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    O norte europeu sofreu com os constantes ataques dos vikings, em 911 o rei dos francos cedeu a um chefe viking Rollon o território conhecido como Normandia, assim Rollon tornou-se vassalo do rei franco.
Rollon, guerreiro viking tornou-se conde de Rouen (atual França) de 911 até 928.
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    Ao sul da Europa os muçulmanos (sarracenos) atacavam pela Península Ibérica e saqueavam a Península Itálica. Todas essas invasões aprofundaram um processo de interiorização e ruralização da Europa acelerando o processo de instauração do feudalismo. 
Sarracenos siglo xii xiii | Siglo xii, Arte militar, Epoca medieval
Guerreiros sarracenos, os islâmicos chegaram a dominar territórios do sul da Itália.
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