Povos Antigos: fenícios e persas

  • Fenícios: os grandes comerciantes do Mediterrâneo
  • Primeiro Império Persa (550 a.C.-330 a.C.)

FENÍCIOS: OS GRANDES COMERCIANTES DO MEDITERRÂNEO   
    Os fenícios foram um povo de origem semita que se instalaram em Canaã por volta de 1.500 a.C. onde atualmente situa-se o Líbano e partes da Síria e Palestina.
Mapa da Fenícia, as margens do Mar Mediterrâneo.
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    Eles fundaram  diversas cidades-Estados como Tiro, Sídon e Biblos, elas estavam localizadas na costa do Mar Mediterrâneo, favorecendo a principal atividade econômica do povo fenício, o comércio de diversas mercadorias como alimentos, tecidos, joias, metais e madeira..
Em vermelho, rotas comerciais dos fenícios.
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    O comércio gerou muita riqueza as cidades fenícias que começaram a manter entrepostos comerciais em outros pontos da Ásia, norte da África e Europa. A madeira era uma importante mercadoria, na região da Fenícia sendo abundante o cedro-do-líbano, essa madeira era utilizada para fazer embarcações.
O mítico Cedro do Líbano – Agência Boa Imprensa – ABIM
Cedro-do-líbano, nativa das montanhas da região mediterrânica, no Líbano, Síria, Turquia e Chipre.

O cedro é representando na atual bandeira libanesa.
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     As cidades-Estados fenícias tinham um governo centralizado, normalmente em um rei, apoiado pelos comerciantes mais ricos, construtores de navios e donos de oficinas, utilizadas na produção de tecidos, joias feitas de vidro, etc.
Sarcófago de Airã, rei fenício de Biblos, no Museu Nacional de Beirute.
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    Mas a grande maioria da população era formada por uma classe mais pobre de trabalhadores livres, pequenos comerciantes, camponeses, artesãos e pescadores. Também existia pessoas escravizadas que atuavam em vários tipos de serviço no campo ou na cidade. 
Pendente de vidro de estilo fenício dos séculos IV a III a.C. na forma de uma cabeça.
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    Na religião, os fenícios eram politeístas, cultuando principalmente os deuses: Baal (senhor da chuva, trovão e da agricultura), Astarde que era deusa do céu, da fertilidade e da primavera; Eshmun, deus da saúde e da cura; Tanit, deusa protetora de Cartago e Melcart, deus responsável pela proteção da cidade de Tiro.
Busto de Tanit, encontrada em necrópole cartaginesa de Ibiza nas Ilhas Baleares (atual Espanha).
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    O artesanato das cidades fenícias era comercializado em grande quantidade, produzindo desde joias de ouro até armas feitas de ferro ou bronze. Esse povo também ficou conhecido como construtores de barcos, em especial o birreme e o trirreme, esse tipo de barco movido a vela e com duas ou três fileiras de remos deu mais rapidez ao barco.
Moeda fenícia retratando um navio de guerra e um hipocampo (criatura mitológica que lembra um cavalo marinho).
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    Os fenícios criaram várias colônias ao longo das suas rotas comerciais, a maior e mais famosa dessas cidades foi Cartago fundada em 814 a.C. no norte da África, ela tornou-se em pouco tempo um importante centro comercial do Mediterrâneo ocidental.
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Ruinas do antigo porto de Cartago.
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     Mas Cartago entrou em rota de colisão com a cidade de Roma, que também vinha se expandindo, disputas pelo controle da Sicília (ilha ao sul da Itália), as duas cidades se enfrentaram na Primeira Guerra Púnica (264 a.C.–241 a.C.) no qual Cartago saiu derrotada.
Representação artística de Cartago no seu auge, obra está no Museu Nacional de Cartago.
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    A rivalidade continuou e os cartagineses lançaram um ataque, iniciando a Segunda Guerra Púnica (218 a.C. – 201 a.C.) mas foram novamente derrotados. Com a cidade de Cartago já debilitada, ocorre uma guerra total (Terceira Guerra Púnica) e a cidade de Cartago é tomada pelos romanos e destruída em 146 a.C.
Hoplita cartaginense.
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 PRIMEIRO IMPÉRIO PERSA (550 a.C.-330 a.C.)   
    Por volta de 2.000 a.C a região do Oriente Médio era habitada por diversos povos, entre eles os medos e persas, inicialmente os persas foram subjugados por outros reinos mais fortes como o Reino Médio, mas em 550 a.C. sob liderança do rei Ciro II, os persas conseguiram vencer os medos e formar o Primeiro Império Persa, também conhecido como Império Aquemênida. 
Estandarte do Império Aquemênida.
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     Quando o rei persa Ciro II conquistou a cidade da Babilônia, os judeus que estavam no Cativeiro da Babilônia foram libertados e puderam voltar para Palestina e reconstruir o Templo de Jerusalém.
Ciro, o Grande, libertou os judeus do cativeiro babilônico para reassentar e reconstruir Jerusalém, ganhando-lhe um lugar de honra no judaísmo.
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     Sob comando do rei Dario I ocorreu uma expansão ainda maior, o Império Persa viveu seu auge naquele momento, compreendendo territórios dos atuais (Irã, Iraque, Síria, Turquia, Egito, Israel, Líbano, Afeganistão, Paquistão, Índia, etc)
Em amarelo máxima extensão do Primeiro Império Persa.
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    Para governar o extenso território, o rei Dario I dividiu o Império em províncias, chamadas de satrapias, cada uma governada por uma pessoa escolhidas pelo imperador (um sátrapa). Para interligar todas as regiões foram construídas uma rede de estradas e construiu uma nova capital persa, a cidade de Persépolis (A cidade dos persas). 
Ruinas do Palácio de Dario I, em Persépolis.
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     Com um império extenso, as trocas comerciais eram importantes, para facilitar esse processo o rei Dario I também criou uma moeda oficial cunhada de prata ou ouro, chamada de dárico
Esfinge alada do palácio de Dario, o Grande, em Susa. Atualmente no Museu do Louvre.
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    Desde aquela época os tapetes persas tinham grande importância na cultura e no modo de vida dos persas, no entanto as técnicas para produzir um tapete passou por diversas mudanças ao longo do tempo, mas o modo tradicional de produção permanece. Antes do valor artístico, os tapetes persas serviam aos povos como proteção do frio, nos momentos de orações, cobrir camas ou assentos, etc.
Tapete Persa Lilian 1,58x2,11 - Tenda dos Tapetes
Tapete persa.
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   Na religiosidade os persas adotaram o zoroastrismo, uma religião fundada no século VII a.C. pelo profeta Zaratustra (ou Zoroastro). A principal crença era baseada em duas divindades que eram gêmeas: Ahura Mazda que representava o bem, a luz e a verdade e Ahriman que representava o mal e a mentira. Essas duas divindades estariam em constante conflito. 
   Pintura dos acontecimentos da vida de Zoroastro.
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    Cada pessoa tinha a liberdade de escolher entre o bem e o mal, os persas acreditavam que após a morte existiria um julgamento e as pessoas boas seriam elevadas a um paraíso e as pessoas que tinham optado de caminho do mal eram conduzidas a um local de sofrimento. Os princípios do zoroastrismo influenciaram outras religiões.
Faravahar, símbolo dos povos iranianos antigos e do zoroastrismo.
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    O rei Dario I via as cidades-Estados gregas como uma ameaça a estabilidade de suas conquistas na Anátólia (região da atual Turquia), assim empreendeu sem sucesso uma tentativa de conquistar a Grécia Antiga, sendo derrotado na Batalha de Maratona (490 a.C.). Seu filho e sucessor o rei persa Xerxes I venceu com muito custo os gregos na conhecida Batalha de Térmopilas (480 a.C.), mas não conseguiu subjugar toda a Grécia.
Relevo rochoso do rei Xerxes I, localizado no Museu Nacional do Irã.
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    O Império Aquemênida estava se enfraquecendo devido a algumas disputas internas entre os satrapias, para complicar a situação em 334 a.C. o rei Alexandre III da Macedônia (Alexandre, o Grande) inicia um campanha militar com objetivo de conquistar o Império Persa, o que ocorre por volta de 330 a.C, com a morte de Dario III, o último rei persa.
Batalha de Isso, mosaico no Museu Arqueológico Nacional de Nápoles. Vitória macedônica.
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