- Argentina: entre ditaduras e processos democráticos
- Uruguai: ditadura civil-militar e a democracia
- Operação Condor
A nova ditadura cívico-militar argentina, passou a ser liderada pelo general Jorge Videla entre 1976-1981, ele dissolve o Congresso Nacional e atua com grande repressão aos opositores, a chamada “guerra suja”, sendo que o número de pessoas desaparecidas durante essa ditadura argentina chega a 30 mil pessoas.
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Essas constantes prisões, mortes e desaparecimentos levou a denominar esse momento da história argentina também de terrorismo de Estado. Críticas ao regime cresceram a partir de 1981, a mais conhecida foram as Mães da Praça de Maio, sendo mães em busca de seus filhos desaparecidos, outros movimentos sindicais, estudantis e dos direitos humanos também passaram a se manifestar.
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Recorrendo ao patriotismo para ganhar prestígio, o governo argentino atacou e ocupou as Ilhas Malvinas, território britânico reclamado pelos argentinos desde o século XIX, iniciando assim a chamada Guerra das Malvinas de abril a junho de 1982. A resposta do governo britânico foi rápido e a derrota das Forças Armadas argentinas foi contundente. A partir daí o governo militar perdeu o pouco prestígio que tinha diante da sociedade.
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Após uma eleição parlamentar foi formado um Colégio Eleitoral de 1983 e por meio de uma eleição indireta sagrou-se vitorioso, Raúl Alfonsín da UCR – União Cívica Radical, era a volta da democracia na Argentina. O presidente Alfonsín governou o país enfrentando uma grave crise econômica devido a hiperinflação, protestos das vítimas da "guerra suja" que exigiam punições aos militares envolvidos com o desaparecimento de presos políticos, militares principalmente de baixa patente ameaçando revoltas contra possíveis processos, etc.
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Posteriormente os presidentes militares argentinos durante o período chamado “guerra suja” que cometeram crimes lesa-humanidade foram punidos, o presidente general Jorge Rafael Videla foi condenado a prisão perpétua em 2010, o mesmo ocorreu com o último presidente da ditadura argentina, o general Reynaldo Bignone.
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URUGUAI: DITADURA CIVIL-MILITAR E A DEMOCRACIA Durante o período de 1952 até 1967, o Uruguai foi governado por um Conselho Nacional, sendo abolida a figura de um presidente. Politicamente o país era controlado por um bipartidarismo, se alternando no poder desde o século XIX, o Partido Colorado e o Partido Nacional (conhecido também como Partido Blanco).
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Em 1964 é fundado o principal movimento de extrema-esquerda, o MLN-T - Movimento de Libertação Nacional - Tupamaros, que inicia a luta armada para implantar um regime de inspiração marxista-leninista, os principais líderes foram Raúl Sendic, Eleuterio Fernández Huidobro e Mauricio Rosencof e José Mujica. O grupo praticava atos sequestros e assaltos para financiar o movimento.
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Reformas institucionais levam a recriação do cargo de presidente em 1966. Em 1973 ocorre um autogolpe de Estado, quando o presidente Juan Maria Bordaberry com apoio dos militares fechou o Congresso Nacional, perseguiu sindicatos e aumentou a repressão a opositores. A ditadura civil-militar uruguaia manteve-se no poder até 1985.
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Com o desgaste da Guerra Fria e a abertura política na maioria dos países da América Latina, o último presidente general uruguaio Gregorio Álvarez aceita deixar o poder em 1985. Com o processo de abertura democrática, os Tupamaros abandonam a luta armada e nas eleições presidenciais de 1985 vence o candidato Júlio Maria Sanguinetti do Partido Colorado, o Uruguai voltava a ser uma democracia.
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OPERAÇÃO CONDOR Foi uma associação de sistemas repressivos do Brasil, Uruguai, Argentina, Chile, Paraguai e Bolívia, a primeira reunião ocorreu em 1975, inicialmente seriam trocadas informações de opositores, exilados, esquerdistas e grupos de luta armada. Em uma fase mais avançada da Operação Condor envolveu sequestros, assassinatos e atentados a opositores dos regimes autoritários constituídos, um dos casos mais conhecidos foi o atentado que resultou a morte do general aposentado Carlos Prats em Buenos Aires.
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