Idade Média e o mundo islâmico

  • Idade Média na Europa
  • Península Arábica: localização e o politeísmo
  • Formação do Islamismo
  • Consolidação e expansão do Islã
  • Sunitas e Xiitas

IDADE MÉDIA NA EUROPA  
    Enquanto na Europa Ocidental ocorreu a formação do sistema político, econômico e social ligado ao feudalismo, no Oriente Médio surgiu uma nova religião monoteísta que em poucos séculos vai se expandir chegando ao continente europeu. Conflitos entre cristãos e islâmicos levaram até as  Cruzadas (1096-1272).
8 fatos bizarros sobre a Idade Média - Revista Galileu | Sociedade
Sociedade das Ordens.
01
PENÍNSULA ARÁBICA: LOCALIZAÇÃO E O POLITEÍSMO    
    A Península Arábica se localiza no Oriente Médio, na maior parte do seu território predomina um clima quente e árido, com desertos e estepes (vegetação rasteira que ocorre próximo a desertos). Essa região era habitada por vários povos que compartilhavam da mesma língua, o árabe, entre esses povos estão os beduínos que eram árabes nômades que viviam em clãs, criando camelos, carneiros, cabras e atuavam no comércio.
Mapa da Península Arábica.
02
     Havia também populações sedentárias, que se estabeleceram próximas a oásis ou ao litoral, tendo como a agricultura de subsistência e o comércio. Os povos da Arábia eram politeístas, em Meca reuniam-se os vários deuses em torno da Caaba onde encontra-se a Pedra Negra, que é venerada por ser trazida do céu por um anjo. 
Ilustração do século XIV, onde de Maomé e os anciãos do clã de Meca levando a Pedra Negra no lugar.
03
FORMAÇÃO DO ISLAMISMO   
     O mundo árabe transformou-se com a ascensão do Islamismo, seus seguidores também podem ser chamados de muçulmanos. Maomé (570-632) nasceu em Meca em uma família de comerciantes, ficou órfão muito cedo e foi criado por um tio, casou aos 25 anos e continuou seu trabalho como mercador, entrando em contado com outras culturas.
Profeta Maomé recitando o Alcorão em Meca, gravura do século XIV em um manuscrito otomano.
04
    De acordo com a tradição, em 610 aos 40 anos de idade, Maomé recebeu a visita do anjo Gabriel que revelou a ele a existência de apenas um Deus, Alá, ordenando-lhe a recitar os versos enviados por ele. Esses versos são a base para a criação do livro sagrado muçulmano, o Corão ou Alcorão
Alcorão do século XII no Museu Reza Abbasi, em Teerã no Irã.
05
    Ao ir para Meca pregar o monoteísmo, Maomé sofre grande resistência, por esse motivo ele tem que migrar (ou fugir) para a cidade de Iatreb (posteriormente chamada de Medina) em 622, esse episódio é conhecido como Hégira, marco inicial do calendário muçulmano.
Coronavirus: Saudi Arabia bars international pilgrims for Hajj - BBC News
Mapa atual da Arabia Saudita indicando as cidades de Meca, Medina, Riad e Jedah.
06
    Em Medina o profeta Maomé tornou-se o líder religioso e político, difundindo a nova religião e formando um novo exército.
Maomé e o sahaba (companheiros do profeta) avançando sobre Meca. Os anjos Gabriel, Michael, Israfil e Azrael, também estão na pintura do século XVI.
07
    Em 630 o exército islâmico conquista Meca e destrói os deuses politeístas da Caaba, deixando apenas a Pedra Negra e o culto a Alá, como único Deus. Depois dessa conquista  o islamismo se expandiu por toda Arábia.
2 milhões de pessoas iniciam peregrinação a Meca - Sputnik Brasil
Caaba, onde está localizada a Pedra Negra na Grande Mesquita de Meca.

Iluminura turca do Siyer-i Nebi (século XIV) de Cadija e Maomé realizando o primeiro abdesto.
08
    CONSOLIDAÇÃO E EXPANSÃO DO ISLÃ
    Por volta de 631 grande parte dos povos da Arábia já estavam integrados a nova religião e a um império unificado, mas o profeta Maomé faleceu em 632. Sem regras claras para a sucessão, ocorreram disputas entre grupos rivais.
Domo da Rocha, templo islâmico situado em Jerusalém. Local sagrado onde Maomé alcançou o céu.
09
    Mesmo com conflitos internos, os exércitos islâmicos eram numerosos, lutavam bem e eram determinados para expandir sua fé. A difusão do islamismo está ligada ao conceito de jihad que significa “esforço pela glória de Deus” expressando a ideia geral em conhecer, entender e difundir o islamismo. 
Jihad - Dicio, Dicionário Online de Português
10


    Ainda em 632 assumiu o comando da comunidade islâmica, um amigo de Maomé. Abu Bakr, tornou-se califa (chefe) iniciando a era dos califas "corretamente guiados". Esse momento o império islâmico se expandiu conquistando praticamente todo Oriente Médio.
Ao centro  califa Abu Bakr, miniatura persa.
11
    Com a morte de Ali ibn Abi Talib em 661, o último califa “bem guiado”, assumindo o poder o califa sunita Muawiyah que era cunhado de Maomé e este fundou a Dinastia Omíada transferindo a sede do governo de Medina, para Damasco na Síria
Damasco, obra de Max Schmidt.
12
    Durante a Dinastia Omíada, o império islâmico expandiu-se até a Ásia Central, norte da África e a Península Ibérica. Diante da grande expansão territorial, foi estabelecido acordos de maneira de não se impor o Islã aos povos conquistados, conforme o Alcorão.
A expansão do islamismo.
13
     Assim judeus e cristãos formavam a dhimma (comunidade protegida) e pagavam uma taxa (jizya) onde reconheciam a primazia do islamismo e podiam continuar cultuando sua religião.
Mesquita-Catedral de Córdoba (atual Espanha), iniciada sua construção no século IX. 
14
    Ao longo do domínio Omíada criaram-se rivalidades entre os muçulmanos árabes e os muçulmanos não árabes, chamados de mawali (“convertidos”) que pagavam mais impostos, não podiam exercer cargos públicos e eram proibidos de praticarem algumas atividades, como comerciantes. 
Oração no Cairo, obra de Jean-Léon Gérôme.
15
    Em 750 ocorre uma grande revolta mawali liderada por Abu al-Abbas, parente distante de Maomé que derrotou o último governante Omíada. Assim formava-se o Califado Abássida com sede em Bagdá, cidade localizada no atual Iraque.
Monumento em homenagem a Abu Jaafar al-Mansur, segundo califa abássida em Bagdá.
16
    A Dinastia Abássida (750-1258) conseguiu um grande período de paz e desenvolvimento científico na medicina, matemática, astronomia, literatura e arquitetura.
Califa Harun al-Rashid recebendo uma delegação enviada por Carlos Magno em Bagdá, obra de Julius Köckert (1864).
17
    Na literatura, as obras a partir do século XI passaram a ser escritas em árabe e persa, incluindo cantigas de amor, poemas épicos e poesias. Um dos registros literários mais conhecidos é o livro As mil e uma noites composto por várias histórias.
Ilustração por Albert Robidat, sobre a história de Ali babá e os Quarenta ladrões.
18
    Os árabes também aperfeiçoaram o astrolábio e a bússola. Na matemática o estudioso Muhammad al-Khwarizmi é considerado o inventor da álgebra.
Estátua de al-Khwarizmi em frente à Faculdade de Matemática da Universidade de Tecnologia Amirkabir em Teerã, Irã.
19
SUNITAS E XIITAS   
    Após a morte de Maomé, ocorreu uma disputa política que resultou na criação de duas principais ramificações do islamismo:
  • Sunitas: o califa era um chefe, cujo dever era manter a paz e a justiça na comunidade, para esse grupo o califa deveria ser membro da tribo dos coraixitas (tribo de Maomé) que dominava Meca.
  • Xiitas:  defendem que a legitima sucessão de Maomé cabia aos descendentes de seu genro Ali e sua filha Fátima. A autoridade do Islã devia caber aos imãs, dirigentes espirituais da comunidade e não aos califas.
20
historiaemquadrinhos

Vídeos - CLIQUE AQUI
Esquema resumido - CLIQUE AQUI

Idade Média: imperador Carlos Magno

  • Reino Franco: dinastia Carolíngia
  • Divisão do Império Carolíngio


    O governo de Carlos Magno marcou a consolidação do Reino Franco como o principal reino de origem germânica, ele expandiu seu território e criou novas relações de poder, apesar de tudo viu seu declínio no século IX, o que favoreceu a consolidação do feudalismo.
O império de Carlos Magno - Aula de História | Educabras
Reino Franco em 481.
01
  REINO FRANCO: DINASTIA CAROLÍNGIA  
    O Reino Franco sob a dinastia carolíngia chega ao seu auge em 768 quando Carlos Magno subiu ao trono do reino, ele governou durante 46 anos e conseguiu realizar uma série de conquistas militares que resultaram em vastos territórios e povos sobre seu domínio, forçando vários a se converter ao cristianismo.
Imperador Carlos Magno, obra de Albrecht Dürer (1512).
02
     Em 771 Carlos Magno venceu os lombardos tornando-se rei de várias áreas da Península Italica, sua aliança com a Igreja Católica levou ao Papa Leão III a coroar Carlos Magno no ano 800, como imperador do “novo” Império Romano do Ocidente, isso simbolizou uma “restauração” da grandeza de um império cristão.
A Coroação de Carlos Magno, obra de Friedrich Kaulbach (1903).
03
    Mapa do Império Carolíngio. 
04
    Sob domínio de um grande território, o imperador Carlos Magno dividiu seu império em condados, governados por pessoas de sua confiança, eles lhes prestavam juramento de fidelidade pessoal e recebendo em troca, terras e um título de nobre.
Relicário com o busto de Carlos Magno em Aachem (Alemanha).
05
    Ainda existiram os ducados que eram territórios parcialmente livres, onde podiam ter suas leis, mas subordinado ao imperador e nas fronteiras do império situavam-se as marcas confiadas a marqueses que tinham poderes administrativos e militares.
Carlos Magno lutando contra os saxões.
06
    Tanto condes, duques e marqueses recebiam também grandes áreas de terras, sendo um beneficio pelo cargo que ocupavam e da lealdade ao imperador, esse grupo formou uma elite, a nobreza medieval e eles tinham a função de administrar o território, arrecadar impostos, conservar estradas e pontes, exercício da justiça, o conde também possuía um auxiliar, o chamado visconde.
07
    Rapidamente esses juramentos de fidelidade e comprometimento se espalharam pela sociedade medieval, foi o chamado sistema de vassalagem que era um ato de lealdade declarado por um nobre, em geral um cavaleiro (vassalo), a outro nobre (suserano) em uma cerimônia chamada de homenagem. O vassalo se comprometia em ajudar militarmente e financeiramente quando requisitado pelo suserano (senhor), em troca recebida um feudo.
Homenagem e Investidura na Idade Média – Clio na Internet
Cerimônia entre suserano e vassalo.
08
    Para fiscalizar a atuação dos nobres que exerciam o poder local, o imperador Carlos Magno nomeava os chamados missi dominici que eram inspetores do rei e viajavam pelo território para controlar e fiscalizar os governos locais.
Missi dominici
09
    A maior ameaça ao Império Carolíngio foi o avanço e consolidação do emirado islâmico na Península Ibérica, a Marca de Espanha servia como escudo contra ataques do exército muçulmano.
Mapa da Península Ibérica, com destaque ao emirado islâmico com capital na cidade de Córdoba (atual Espanha).
10


    A Corte de Carlos Magno se reunia uma vez por ano, em uma assembleia chamada de Capítulo, nessas assembleias organizavam-se as leis para cada ano chamada de capitulares, as primeiras leis escritas da Idade Média, para os territórios originais do Império, preservaram-se o direito baseado nos costumes em várias ocasiões. 
Capitulares - Dicio, Dicionário Online de Português
11
     Na área econômica chegaram a cunhar moeda, contudo existiam regiões com seu próprio sistema monetário e de pesos e medidas. A agricultura e o trabalho no campo pelos servos era a base de sustentação da economia carolíngia e consequentemente do período medieval, o excedente podia ser comercializado, mais isso restringindo-se ao continente e ao norte da Europa, já que os muçulmanos controlavam o Mar Mediterrâneo na época. 
Um denário de Carlos Magno datado de c. 812–814.
12
    Também se desenvolveu o chamado Renascimento Carolíngio ou Renascença Carolíngia, quando criou-se várias escolas palatinas e mosteiros estimulando a tradução e a cópia de livros antigos, além de patrocinar o trabalho de artistas.
Evangelho do período carolíngio, na imagem São Mateus.
13
     Muito do conhecimento da Antiguidade chegou até o século XXI graças a esse trabalho, destacamos os monges Alcuíno, Paulo, Diácono e o escritor Eginhardo.
Eginhardo, escritor e biógrafo de Carlos Magno. 
14
DIVISÃO DO IMPÉRIO CAROLÍNGIO   
    Com a morte do imperador Carlos Magno em 814, o sucessor e seu filho Luís, o Piedoso realizou um governo fraco e em 843 o império foi dividido entre seus três filhos depois de muitos conflitos, foi o chamado Tratado de Verdum onde: Lotário ficava com a Itália e o sul da Germânia, Carlos, o Calvo passou a ser o rei da França e Luís, o Germânico – atual Alemanha. 
Mapa com as fronteiras do Tratado de Verdum (843).
15
    Mas diante de governos fracos e a divisão do império, se consolidou uma maior autonomia nas regiões, foi no século IX que o feudalismo como sistema político descentralizado e também econômico baseado na agricultura e no sistema de vassalagem chegava ao seu auge.
Servo medievais
16
     Na área que coube a Carlos, O Calvo na atual França, as mudanças políticas continuaram, os reis perderam cada vez mais capacidade, até que no século X o último rei da dinastia carolíngia faleceu sem deixar descendentes, assim toma o poder Hugo Capeto em 987, iniciando uma nova fase da história francesa, a Dinastia Capetiana.
Hugo Capeto, rei dos francos de 987 até 996.

Brasão utilizado pela dinastia capetiana, que governo a França até 1328.
17
    Outros fatores que mexeram com a estrutura de poder na Europa Ocidental é a nova onda de invasões violentas, a leste com os povos húngaros (magiares).
18
    O norte europeu sofreu com os constantes ataques dos vikings, em 911 o rei dos francos cedeu a um chefe viking Rollon o território conhecido como Normandia, assim Rollon tornou-se vassalo do rei franco.
Rollon, guerreiro viking tornou-se conde de Rouen (atual França) de 911 até 928.
19
    Ao sul da Europa os muçulmanos (sarracenos) atacavam pela Península Ibérica e saqueavam a Península Itálica. Todas essas invasões aprofundaram um processo de interiorização e ruralização da Europa acelerando o processo de instauração do feudalismo. 
Sarracenos siglo xii xiii | Siglo xii, Arte militar, Epoca medieval
Guerreiros sarracenos, os islâmicos chegaram a dominar territórios do sul da Itália.
20
historiaemquadrinhos

Vídeos - CLIQUE AQUI
Esquema resumido - CLIQUE AQUI

Idade Média: formação e reinos bárbaros

  • Períodos da Idade Média
  • Quem eram os povos germânicos?
  • Reino Franco: dinastia merovíngia

    Com a queda do Império Romano do Ocidente em 476, a  Europa Ocidental mergulhou em intensos conflitos que resultaram ao longo do tempo na formação da Idade Média, um período da História que continua até o século XV, com grande influência da religião na vida cotidiana, na política e até sobre reis e imperadores.
Nani Humor: A HISTÓRIA MAL CONTADA - A QUEDA DO IMPÉRIO ROMANO
01
 PERÍODOS DA IDADE MÉDIA   
    A primeira fase da Idade Média vai de 476 até mais ou menos o ano 1100 é chamada de Alta Idade Média tendo como principais características:
  • Formação dos Reinos Bárbaros.
  • Ruralização 
  • Império Franco: dinastia merovíngia e carolíngia. 
  • Feudalismo.
Charlemagne | Criador de Vikings fará série sobre Carlos Magno | Mythologica
Imperador Carlos Magno
02
     O segundo momento é conhecido como Baixa Idade Média,  inicia-se por volta do ano 1100 até o ano 1453 quando ocorre a queda de Constantinopla, antiga capital do Império Bizantino, império cristão do Oriente que é ocupada pelos muçulmanos. Esse período tem características como:
  • Cruzadas
  • Renascimento: cultural, urbano e artístico.
  • Crise do século XIV: fome, peste e guerra.
E por que não uma Cruzada?
Cruzados
03
QUEM ERAM OS POVOS GERMÂNICOS?    
     Os povos germânicos eram chamados pelos romanos de povos bárbaros, porque esses povos viviam fora do império e não falavam o latim. Por volta do ano 200 os povos germânicos se aproximaram das fronteiras do Império Romano em busca de terras mais férteis.
Mapa da Europa com a localização e as rotas de ataque dos principais povos germânicos.
04
    Nessa altura o Império Romano estava estagnado economicamente e necessitava de mão de obra para o campo e de soldados, nesse contexto várias tribos germânicas entraram pacificamente e foram aceitos pelos romanos, ao longo do tempo ocorre uma miscigenação e muitos germânicos entram para as fileiras da Legião Romana, outros atingiram a prosperidade econômica. 
Guerras Púnicas - Roma Antiga - Laifi
Legião Romana, exército de Roma Antiga.
05
    Contudo os povos germânicos eram bem numerosos e os principais foram: francos, burgúndios, anglos, saxões, visigodos, hérulos, ostrogodos, suevos e os vândalos. Vários povos continuavam a viver fora das fronteiras do Império Romano e praticavam ataques a regiões e saques a cidades.
Genserico, rei dos vândalos saqueia Roma em 455.
06
    Os povos germânicos organizavam-se de forma patriarcal, o chefe da família tinha grande importância social e a sociedade germânica era “rigidamente hierarquizada”, o topo da pirâmide social era a aristocracia que possuía a maior parte das terras, logo abaixo os homens livres guerreiros e por fim os escravos.
Sobre a relação entre bárbaros e romanos - Apaixonados por História
Aldeia germânica.
07
    O historiador romano Tácito escreveu o livro A Germânia e destacou o caráter guerreiro desses povos. No princípio todos os homens livres eram guerreiros, mas nos períodos de paz eram ferreiros, artesãos, criadores de animais, agricultores, etc, com o tempo alguns se tornaram apenas guerreiros devido a frequência dos conflitos.
Saque de Roma em 410 pelos vândalos, obra de Joseph-Noël Sylvestre (1890).
08
    Os guerreiros estavam próximos aos seus chefes tribais e por vínculos de lealdade, formando o comitatus, uma espécie de elite guerreira. Já os escravos também eram uma parcela importante, eram prisioneiros de guerra, devedores que se tornavam escravos ou filho de escravos. Na questão do direito era baseado no costume, não havia leis escritas (Direito consuetudinário).
Free worldwide shipping deal ends onday. Code = August 2017 Gallic cavalry  artwork. | Celtic warriors, Ancient warfare, Ancient celts
Guerreiro germânico.
09
    Na religião eles eram politeístas, assim adoravam vários deuses associados aos elementos da natureza. Na mitologia germânica os deuses mais conhecidos são:
  • Odin: principal deus pagão, considerado "Pai de Todos" e "O enviado do Senhor da Guerra".
  • Thor: deus nórdico, dos trovões e das batalhas.
O deus Thor em luta com os gigantes, obra de  Marten Eskil Winge (1872).
10


    Na economia os germânicos passaram a sedentarizar-se, existiam trocas comerciais entre aldeias, destacando a produção de cereais (trigo, cevada, centeio, etc).
Cadeia do trigo aposta na retomada do crescimento em 2020 – Estadão Agro –  Media Lab
Trigo
11
    Na política, estes povos organizavam-se em época de paz sob uma Assembleia de Guerreiros formada pelos homens adultos da tribo, onde a votação ocorria muitas vezes na base do grito e na vaia, mas em tempos de guerra era governada pelo Comitatus que era uma reunião de guerreiros em torno de um líder militar.
Povos Bárbaros - Toda Matéria
Povos germânicos.
12
    Se em um primeiro momento houve integração entre germânicos e romanos, aos poucos várias tribos vieram com o espirito de conquistar terras e destruir o Império Romano, tanto que em 476 tínhamos o fim do Império Romano. No processo de invasão e formação dos reinos bárbaros, deu-se ao mesmo tempo, a "barbarização" das populações romanas e a "romanização" dos bárbaros.
Átila, rei do Hunos de 434–453 que arrasaram a Europa Ocidental, os hunos eram um povo nômade de origem asiática.
13
     Após a queda de Roma temos uma Europa Ocidental com um novo mapa político:
Mapa da Europa por volta do ano 500. 
14
    Os novos reinos “bárbaros” na parte econômica adotaram práticas mais germânicas, voltada para a agricultura, onde o comércio era de pequena importância, na política adotaram parcialmente a monarquia e métodos da administração romana, muitos povos adotaram o latim como língua oficial e progressivamente vários povos germânicos adotaram o catolicismo como religião oficial. 
Se o latim vulgar é uma língua oral, como temos registros de sua  existência? | Veni, vidi, vici
15
 REINO FRANCO: DINASTIA MEROVÍNGIA  
    Na antiga província romana da Gália destacou-se um povo germânico, os francos que formaram o denominado Reino Franco governado pela dinastia merovíngia, homenagem a Meroveu, considerado primeiro rei franco.
  Medalha do século XVIII em homenagem ao rei Meroveu. 
16
    O rei franco Clóvis é considerado o unificador dos povos francos, ele governou de 482 até 511 derrotando os povos rivais como os alamanos e visigodos, além de empurrar os burgúndios para o sul da Gália.
Clóvis, rei dos francos, obra de de François-Louis Dejuinne.
17
    Foi devido a várias vitórias e a promessas durante a campanha militar, que o rei Clóvis se converter ao cristianismo romano, fato que ocorreu em 496 em Reims e passou a ser saudado como “novo Constantino” por ser o primeiro rei bárbaro a se converter a Igreja de Roma.
O Batismo de Clóvis, obra de Mestre de Saint Giles (por volta de 1500).
18
    Em 732, os francos liderados pelo prefeito do palácio real Carlos Martel derrotaram os muçulmanos na Batalha de Poitiers, segurando a influência islâmica na Europa, tal vitória aproximou ainda mais o poder do Reino Franco e a Igreja Católica. 
Batalha de Poitiers em outubro de 732, obra de Charles de Steuben. 
19
    Em 751, Pepino, o Breve, filho de Carlos Martel assumiu o trono e mandou para o exílio o último rei merovíngio, era o início da dinastia carolíngia, o principal feito de Pepino foi vencer os lombardos na Itália e ceder uma área de terras para o Papa, que criou os Estados Papais na região central da atual Itália.
Iluminura da coroação do rei Pepino, o Breve, o novo rei franco foi coroado por Bonifácio, arcebispo de Mainz.
20
historiaemquadrinhos

Vídeos - CLIQUE AQUI
Esquema resumido - CLIQUE AQUI